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Na última offseason, Jimmy Butler teve uma proposta de extensão contratual prévia de quatro temporadas e mais de US$40 milhões nas mãos. Muitos disseram que o ala-armador deveria aceitar a oferta, mas ele recusou e decidiu – como o próprio definiu – “apostar em si mesmo”. Até agora, a “aposta” revela-se mais do que certa: ele iniciou a temporada em altíssimo nível, com as melhores médias da carreira nas principais categorias estatísticas. Um desempenho tão satisfatório que causa entusiasmo até no comedido Tom Thibodeau.
“Jimmy tem sido incrível, simplesmente fantástico. Ele é um astro e faz um grande trabalho nos dois lados da quadra. Já atuou em quatro posições para nós nesta temporada. Ele é esperto, persistente e entrega tudo o que a equipe precisa para vencer”, elogiou o técnico, que aponta o jogador de 25 anos como um dos principais fatores para o Bulls permanecer competitivo nas ausências eventuais de Joakim Noah, Taj Gibson, Pau Gasol e Derrick Rose.
Não demorou muito para repórteres contarem a Butler que seu treinador havia o chamado de “astro” e a reação normal de qualquer um seria encher o peito ao receber tamanho elogio. O jovem atleta, porém, não se sentiu confortável. Vindo da pobreza e sempre subestimado por onde passou, ele não se vê ou quer ser visto como uma estrela do esporte.
“Eu não sou um astro. Sou um bom coadjuvante em uma equipe muito, muito boa. Gosto de coadjuvantes, dos role players. ‘Astro’ é uma palavra que nunca está ou vai estar ao lado do meu nome”, cravou o ala-armador, que já possui dez atuações de 20 ou mais pontos em 14 partidas disputadas nesta temporada. Na campanha passada, ele havia registrado apenas cinco performances nesta faixa de pontuação.
Entre seus feitos neste início de ano, Butler quebrou o recorde de pontos da carreira nas partidas contra Indiana Pacers e Denver Nuggets. Mas ele não ficou feliz com as marcas pessoais. “Sinceramente, eu só quero vencer. Nós perdemos os duelos em que marquei 32 pontos, sabia? Eu prefiro marcar só uns dois jogos e vencer todos os jogos, todos os dias”, finalizou, reforçando seu perfil “antiastro”.