Jumper Brasil discute – Extensões prévias

Integrantes do site debatem as recentes renovações de contrato dos atletas vindos do draft de 2011

Fonte: Integrantes do site debatem as recentes renovações de contrato dos atletas vindos do draft de 2011

A última sexta-feira marcou o fim do prazo para extensões contratuais prévias com os novatos de 2011 escolhidos na primeira rodada do draft. Nove jovens jogadores tiveram seus vínculos alongados até a data limite e estão garantidos em suas equipes pelas próximas temporadas: Kyrie Irving, Kenneth Faried, Markieff Morris, Marcus Morris, Nikola Vucevic, Alec Burks, Kemba Walker, Ricky Rubio e Klay Thompson. Outros atletas importantes, como Kawhi Leonard e Jimmy Butler, não chegaram a acordos e vão testar o mercado como agentes livres restritos no ano que vem.

Por isso, hoje, o Jumper Brasil reuniu seus integrantes e o convidado especial Vitor Camargo, do blog Two-Minute Warning, para comentar as negociações fechadas e fracassadas entre os principais calouros de 2011. Quais foram os melhores negócios? Os piores? E quais pegaram a gente de surpresa? Nossa equipe opina…

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1. De uma forma geral, qual você julga ter sido a melhor extensão contratual prévia assinada?

Ricardo Stabolito Jr.: Markieff Morris. Ele foi um dos melhores reservas da última temporada e acaba de ser alçado ao quinteto inicial. Mais um bom ano e poderia tornar-se um problema para o Suns em um mercado pré-disparada de CAP. Basicamente, o pivô assinou o mesmo contrato de Taj Gibson com o Bulls – só que dois ou três anos depois. Bom valor.

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Lucas Vian: Kemba Walker. Trata-se de um armador com ótima média de pontos e crescente produção em outros aspectos do jogo que estende contrato até 2019 a um valor comparável com o mercado de anos anteriores – não o atual. Sua permanência é excelente e prepara um ótimo futuro para o Hornets.

Gustavo Freitas: Kyrie Irving. Não pelo valor em si, até porque o teto salarial pós-acordo de televisão deve cobrir, mas principalmente pela chance do Cavaliers manter seus talentos por mais cinco anos em seu novo “supertime”.

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Kaio Kleinhans: Nikola Vucevic. Ele é um pivô muito bom e sabemos que encontrar talento nesta posição é sempre difícil. O Magic mantém um titular bom e confiável com o acerto. Além disso, acredito que algumas equipes poderiam oferecer contrato máximo ao atleta na próxima offseason.

Vitor Camargo: Não acho nenhuma das extensões particularmente boa, pois o mercado está inflacionado. Mas eu diria que o novo contrato de Nikola Vucevic parece cada vez melhor em comparação com o resto. Se Walker vale US$12 milhões anuais e Klay Thompson ganhará US$17 milhões, um pivô capaz de anotar 16 pontos e 12 rebotes por jogo a US$13 milhões parece um bom negócio.

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2. E qual seria a pior entre todas?

Ricardo Stabolito Jr.: Ricky Rubio. Grande talento, passador mais criativo da liga, mas esse contrato é uma aposta enorme. O espanhol não consegue pontuar (não arremessa e não finaliza bem próximo da cesta) em uma das melhores eras de armadores da história da NBA. Se não melhorar bastante, Minnesota estará pagando salário absurdo por alguém que não chega nem perto disso dos melhores.

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Lucas Vian: Marcus Morris. Apesar da figura “irmãos Morris” ser forte no Suns, ele não teve temporadas boas o bastante para valer uma extensão. Caso bem diferente de seu “mano”, Markieff, que vem se provando cada vez mais importante para a equipe do Arizona.

Gustavo Freitas: Ricky Rubio. Ele simplesmente ainda não provou ser um grande jogador. Ajudará o Timberwolves com seus passes, mas joga tudo para o alto com seus arremessos e defesa bem questionável. O elenco é muito jovem e vários atletas vão acabar saindo por conta de um contrato assim na folha salarial.

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Kaio Kleinhans: Alec Burks, sem sombra de dúvida. Os valores foram muito altos para um jogador que ainda não se provou na NBA. Mesmo no Jazz em reconstrução, ele sofreu bastante para conseguir se firmar na condição de titular.

Vitor Camargo: Alec Burks. É um sólido atleta de rotação de quem gosto, mas US$42 milhões parece dinheiro demais para alguém que nunca foi mais do que uma peça de composição de elenco em um time muito ruim.

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3. Entre os atletas elegíveis que não receberam extensão, qual foi a decisão mais surpreendente?

Ricardo Stabolito Jr.: Tristan Thompson. Por ter o mesmo empresário de LeBron James, eu esperava que o Cavaliers fosse “cuidar” da sua situação agora para agradar o astro. A julgar pelo ótimo início de temporada do ala-pivô, teria sido um bom negócio para os dirigentes de Cleveland também evitar que testasse o mercado em 2015.

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Lucas Vian: Iman Shumpert. Ele é um atleta com enorme potencial que poderia ser garantido por um valor menor agora. No entanto, o Knicks está guardando dinheiro para conseguir agentes livres de peso na próxima offseason.

Gustavo Freitas: Kawhi Leonard. Acho que só pode ser o ala. Deve seguir em San Antonio, de qualquer forma, mas achei estranho seu acordo não ser acertado logo. Ele foi o MVP das finais e, talento, todos sabem que tem.

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Kaio Kleinhans: Jimmy Butler. Eu esperava que o Bulls fosse garantir sua permanência logo, já que o ala-armador vem mostrando a cada dia que será uma peça muito importante para as pretensões presentes e futuras da franquia.

Vitor Camargo: Kawhi Leonard. Todo mundo sabe que alguém vai oferecer contrato máximo ao ala na próxima offseason e todos sabem também que o Spurs vai igualar. Já que é inevitável, achei que iria ganhar a extensão agora como uma “recompensa”.

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4. Verdadeiro ou falso: tivesse sido escolha de primeira rodada em 2011, Chandler Parsons receberia os mesmos US$70 milhões por quatro temporadas de Klay Thompson.

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Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Sem comparar um jogador ou outro, essa é a pista que o mercado passa. Os padrões financeiros dos contratos atuais indicam que o Rockets ou algum outro time, em 2015, ofereceria um contrato máximo. Ele teria um ano a mais para tomar uma decisão e só precisaria ter mais paciência.

Lucas Vian: Falso. Thompson desenvolveu-se melhor na NBA do que Parsons, a meu ver. Creio que a diferença seria pequena, mas o ala do Rockets não chegaria aos US$70 milhões.

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Gustavo Freitas: Verdadeiro. A diferença de salário anual entre os dois é muito pequena. Então, a julgar pelo que jogou em Houston e recebeu em Dallas, verdadeiro.

Kaio Kleinhans: Falso. Pelo menos, quero acreditar que falso. Para mim, o contrato de Thompson é um absurdo aceitável por ser uma peça fundamental do Warriors em uma das posições mais carentes da NBA atualmente. Parsons não teria esta vantagem ao seu lado.

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Vitor Camargo: Falso. O problema de Parsons era simples: o Rockets não o via como um franchise player e não queria pegá-lo como tal. O Warriors, por outro lado, vê Thompson como um. A questão está muito mais na conjuntura dos times do que na posição em que foram escolhidos no draft.

 

5. Mais de 1/3 dos jogadores elegíveis tiveram seus contratos alongados, um número alto. Isto diz muito sobre a qualidade do draft de três anos atrás?

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Existem outros fatores, como o gigantesco aumento por vir no CAP, mas é preciso ter qualidade no recrutamento para alcançar um número tão alto de extensões. Não tem como acontecer isso em uma classe “fraca”. O mais interesse é que, dos nove, só dois foram escolhas TOP 10 em 2011. Então, a qualidade veio de “baixo”.

Lucas Vian: Sim. É uma classe boa, com grandes nomes e alguns jogadores que ainda vão brilhar mais na NBA. Mas drafts como o atual, por exemplo, tem mais potencial e tudo para superá-lo em termos de extensões contratuais.

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Gustavo Freitas: Sim, pode ser. O recrutamento não tinha cara de ser tão forte na época, mas, para se ter uma ideia, Jimmy Butler foi a 30ª escolha dele. Parsons e Isaiah Thomas só apareceram na segunda rodada. Do TOP 20, só dois jogadores não estão na NBA hoje. Foi, no fim das contas, excelente.

Kaio Kleinhans: Nem tanto, mas foi um bom draft. Apesar das críticas na época, os jogadores acabaram virando a situação e tornaram-se úteis para suas equipes – como provam as boas renovações de forma antecipada.

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Vitor Camargo: Não. A meu ver, isso diz muito mais sobre os times valorizando cada vez mais o desenvolvimento de jogadores e a diversidade de opções no elenco. Isso sem contar que as equipes esperam um gigantesco salto no salary cap muito em breve, o que incentiva os gastos.

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