Previsão da temporada – Dallas Mavericks

Reforçado, time comandado por Rick Carlisle tenta correr por fora entre os candidatos ao título

Fonte: Reforçado, time comandado por Rick Carlisle tenta correr por fora entre os candidatos ao título

Dallas Mavericks

2013-14: 49-33, 8º lugar na conferência Oeste
Playoffs: eliminado na primeira rodada pelo San Antonio Spurs em sete partidas
Técnico: Rick Carlisle (sétima temporada)
GM: Donnie Nelson (13ª temporada)
Destaques: Dirk Nowitzki e Monta Ellis

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Time-base: Jameer Nelson – Monta Ellis – Chandler Parsons – Dirk Nowitzki – Tyson Chandler

Elenco

14 – Jameer Nelson, armador
20 – Devin Harris, armador
2 – Raymond Felton, armador
33 – Gal Mekel, armador
11 – Monta Ellis, ala-armador
1 – Ricky Ledo, ala-armador
25 – Chandler Parsons, ala
9 – Jae Crowder, ala
24 – Richard Jefferson, ala
7 – Al-Farouq Aminu, ala
41 – Dirk Nowitzki, ala-pivô
6 – Tyson Chandler, pivô
35 – Brandan Wright, pivô
5 – Bernard James, pivô
4 – Greg Smith, pivô

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Quem chegou: Jameer Nelson, Raymond Felton, Chandler Parsons, Richard Jefferson, Al-Farouq Aminu, Tyson Chandler, Greg Smith
Quem saiu: José Calderón, Shane Larkin, Vince Carter, Wayne Ellington, Shawn Marion, DeJuan Blair, Samuel Dalembert

 

Desde que foi campeão da NBA, em 2011, o Mavericks passou a mudar muito seu elenco de ano para ano na esperança de manter sua flexibilidade financeira e contratar um astro para atuar ao lado de Dirk Nowitzki. Os texanos passaram a construir legítimos times de aluguel, com vários contratos de curta duração, para estar sempre em condições de assinar com os maiores agentes livres da offseason. O insucesso no processo de recrutamento de Deron Williams, Dwight Howard, Carmelo Anthony e LeBron James provou, porém, que esse não poderia ser o caminho para Dallas voltar a conquistar um título. A chave está em trocas e realizar investimentos mais precisos do que a concorrência.

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O Mavs já pareceu deixar a estratégia de lado na temporada passada, ao optar por assinar vínculos de maior duração com jogadores como José Calderón e Monta Ellis. E o relativo sucesso nos playoffs deste ano, quando levou o futuro campeão San Antonio Spurs a sete jogos na primeira rodada, provou que a montagem de um plantel mais sólido era melhor do que se “agarrar” à pequena chance de trazer um astro. Por isso, as várias mudanças deste ano parecem muito diferentes de anos anteriores: após muito tempo, os movimentos sinalizam a intenção de competir de imediato no topo do Oeste.

Com as chegadas de Tyson Chandler e Chandler Parsons, Dallas elevou instantaneamente o talento em duas das posições mais carentes do quinteto titular em anos recentes. Raymond Felton e Jameer Nelson repõem e até expandem as opções do técnico Rick Carlisle para a armação. Al-Farouq Aminu traz uma necessária presença defensiva ao banco de reservas. O Mavericks perdeu jogadores importantes, mas parece ter dado um passo à frente.

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https://www.youtube.com/watch?v=bn0yb2D1hqk

O perímetro

O Mavericks perdeu três partes importantes de sua rotação de perímetro na última temporada. José Calderón foi um dos motivos pouco celebrados pelo espaçamento de quadra da equipe, convertendo 45% de suas tentativas de longa distância. Vince Carter era o sexto jogador do time e mais um chutador de elite. Shawn Marion, embora em declínio técnico, ainda era um defensor extremamente engajado e versátil. É questionável se todas estas lacunas foram preenchidas na offseason, mas os texanos têm alternativas para superar as ausências.

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Carlisle pretende manter o time atuando em alta velocidade ao alternar os três armadores do elenco (Nelson, Felton e Devin Harris) em quadra. Eles não são chutadores tão calibrados quanto Calderón, mas são mais criativos operando no pick and roll e possuem capacidade superior de quebrar defesas. A intenção é manter o ataque acelerado e agressivo a partir das múltiplas opções na posição um. Além disso, assim como o espanhol, o titular Nelson (em especial) é capaz de atuar sem a bola nas mãos com Monta Ellis – que domina a rotação de ala-armador após sua provável melhor temporada na NBA.

Com um contrato de US$46 milhões recém-assinado, Parsons será o titular da posição três e traz um importante upgrade em relação a Marion na pontaria de longa distância. Excelente arremessador, ele vai trazer algo que a equipe carecia bastante: um chutador nas alas, para “balancear” Ellis. Ainda traz o bônus de ser um bom passador e dinamizar o ataque sempre que necessário. No banco de reservas, Carlisle tem três opções diferentes para a reserva da ala que vai dar-lhe a oportunidade de moldar-se ao oponente: Richard Jefferson é o veterano chutador, Al-Farouq Aminu traz defesa combinada à condição atlética e Jae Crowder seria o jovem com um skillset mais diversificado. O ano deverá provar quem vai se consolidar como a principal alternativa.

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O grande desafio do perímetro de Dallas será encontrar um substituto para Carter. Trata-se de um elenco ainda sem um sexto jogador definido e, ao longo das últimas duas temporadas, o veterano provou-se – mais do que só um pontuador – uma das principais opções da equipe criando arremessos para companheiros, operando com a bola nas mãos e aproveitando bloqueios. Neste sentido, provavelmente, é provável que vejamos Ellis atuando mais com a segunda unidade para replicar tais habilidades e aliviar a pressão nos armadores.

 

https://www.youtube.com/watch?v=KVzJoSE3iV4

O garrafão

Dirk Nowitzki dispensa comentários. O ídolo da franquia não é apenas a principal referência técnica do Mavs, mas também o maior responsável por “abrir” a quadra com a ameaça que representa nos chutes de longa distância. Não é à toa que sua parceria no pick and roll com Ellis, um dos principais infiltradores da NBA, foi uma das mais produtivas da NBA na última temporada. Mesmo na reta final da carreira, ele ainda é um chutador de elite que consegue criar separação para os defensores por conta de ótimo trabalho de pernas, técnica e um dos mais impecáveis fadeaways da história do jogo.

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Ao seu lado, ele terá um inegável aumento de qualidade com o retorno de seu companheiro do título de 2011: Tyson Chandler. O ex-pivô do New York Knicks é superior a Samuel Dalembert nos dois lados da quadra, um finalizador inteligente ao redor da cesta e oferece a proteção de aro que a equipe carecia desde sua saída. A questão física é um ponto de interrogação, mas ele sobe o time de Dallas de patamar. E Brandan Wright, saindo do banco, deverá continuar a ser um dos trunfos pouco comentados da rotação de Carlisle: excelente operando no pick and roll nos dois lados da quadra e com explosão para pontuar dentro do garrafão em movimento. Ele ganhou tempo de quadra de Dalembert ao longo do ano passado e pode ser a alternativa para descansar o veterano titular na campanha regular.

Bernard James e Greg Smith têm tudo para permanecerem no elenco em papeis menores, complementares: enquanto o primeiro é um protetor de aro e especialista em tocos, o segundo pontua com maior facilidade e possui maior rodagem como integrante de rotação regular na NBA.

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Análise Geral

Após três temporadas, o Dallas Mavericks parece finalmente estar pronto para defender seu título de verdade: a franquia abdicou da competição nos últimos anos e, agora, possui uma equipe mais próxima do que deveria ter tido depois da conquista do campeonato. Este não é um elenco favorito ao título, mas parece um “azarão” interessante e estranhamente parecido com aquele grupo que surpreendeu a NBA em 2011. É um time de veteranos provados sob o comando de um dos mais brilhantes técnicos da liga em que, cada jogador ao seu modo, complementa Nowitzki.

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Há questões que precisam ser resolvidas, porém, antes que possam brigar por um anel: as mudanças no elenco comprometem o entrosamento da equipe, não há um substituto para Vince Carter no banco de reservas, as rotações ainda precisam de definição. No entanto, quando se analisa que o Mavs já teve o segundo ataque mais eficiente da liga na última temporada (109 pontos anotados a cada 100 posses de bola), é impossível não imaginar que vão destruir defesas noite após noite com um ritmo mais rápido e um melhor arremessador na posição de ala (Chandler Parsons).

O sucesso de Dallas como candidato ao título vai ser, provavelmente, definido pelo rendimento no outro lado da quadra. Com clara vocação ofensiva, a equipe acabou apenas na 22ª posição em eficiência defensiva na última temporada. O elenco perdeu seu defensor mais versátil em Shawn Marion, mas ganhou um protetor de aro com Tyson Chandler – e esta, de uma forma geral, parece ser a peça fundamental para se montar um sistema de marcação decente na NBA. Será divertido acompanhar o Mavericks, mas campeões não são apenas divertidos. Eles precisam resolver jogos tanto no ataque, quanto na defesa.

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Previsão: 5º colocado na conferência Oeste.

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