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Dallas Mavericks (49-33)
MVP do time na temporada: Dirk Nowitzki – 21.7 pontos, 6.9 rebotes, 2.7 assistências e 39.8% de aproveitamento nos arremessos de longa distância.
Pontos positivos:
– O Mavericks teve um dos três ataques mais eficientes da última temporada, anotando 109.0 pontos a cada 100 posses de bola. Foi um sistema ofensivo agradável de acompanhar, com um elenco veterano tomando decisões inteligentes em quadra.
– A principal chave para o potente ataque de Dallas foi o passe. A equipe foi a sexta que mais distribuiu assistências em média (23.6) e em posses terminadas em passes decisivos (18.1%). Seis de cada dez cestas do time nesta temporada vieram de assistências.
– Após campanha repleta de problemas físicos, Dirk Nowitzki retornou a sua melhor forma na última temporada. O ala-pivô segue como um dos jogadores ofensivos mais eficientes da liga aos 36 anos. Ainda consegue criar separação para os defensores e precisa de pouco espaço para pontuar.
– Muitos contestaram a contratação de Monta Ellis, mas ele calou os críticos em quadra. O ala-armador revelou-se o melhor parceiro de Nowitzki em anos e, provavelmente, fez sua melhor temporada na NBA. Terminou no TOP 20 da temporada em pontos, assistências e roubos de bola por jogo.
– Ninguém complicou mais a vida do campeão San Antonio Spurs nos playoffs do que o Mavs. Ainda na primeira rodada, a equipe comandada por Rick Carlisle foi a única que chegou a liderar uma série contra o rival texano e levou-o até o sétimo jogo.
Pontos negativos:
– A potência ofensiva não se repetiu no outro lado da quadra: a defesa de Dallas cedeu 105.9 pontos a cada 100 posses de bola, nono pior índice da temporada em eficiência.
– O Mavericks teve um dos elencos mais veteranos da NBA e, apesar do bom rendimento no âmbito geral, a idade foi sentida em alguns aspectos. Além da ineficiência na defesa, o time registrou apenas o 18º maior número de posses de bola por partida (95.7). Ou seja, ritmo lento.
– Se a rotação de armadores era uma incógnita que funcionou bem, os pivôs foram um sério problema para o Mavs. A posição cinco esteve meio “aberta” a temporada inteira. O titular Samuel Dalembert, em especial, teve mais uma temporada apagadíssima.
– Os números condenam o garrafão texano. A equipe pegou só 48.8% dos rebotes em suas partidas, sétimo menor índice da temporada. Os oponentes ainda converteram 61.6% dos arremessos em torno da cesta, quarta maior porcentagem cedida entre os 30 times da liga.
– Em um Oeste repleto de times mais fortes, jovens e/ou talentosos, o Mavericks tem claras limitações competitivas pensando em curto, médio e longo prazo.
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Análise
Antes de uma equipe que derrubou adversários no ataque, o Mavericks foi consciente de suas limitações como elenco. Este foi um grupo bem veterano, sem exímios protetores de aro e/ou especialistas defensivos, que não tentou “brigar” contra sua natureza e soube compreender o que tinha de melhor. Eles superaram um desempenho defensivo abaixo da média com um sistema ofensivo de elite, que funcionou muito bem na maior parte da campanha.
O Mavs usou seus vários jogadores com capacidade de atuar com a bola nas mãos (Monta Ellis, José Calderón, Vince Carter, Devin Harris) para executar pick and rolls – em especial, com Nowitzki – e abrir as defesas adversárias. Poucas duplas mereceram tanto destaque e causaram mais dificuldades nos P&Rs quanto Ellis e Nowitzki. A preocupação com ambos gerava espaços para outros atletas e somente o Spurs teve melhor aproveitamento nos arremessos de longa distância na temporada regular do que os comandados de Carlisle.
Sabendo dessa informação, o Mavericks criou problemas para o Spurs nos playoffs fechando as linhas de passe para os arremessadores – algo que, bem feito e sincronizado, não exigiu tanto do físico de veteranos – e permitindo que o oponente tentasse ganhar jogando no “um contra” um ou com P&R simples. Ou seja, fora do seu estilo. Se você tiver a consciência de que título era um objetivo surreal, ter causado o maior castigo ao campeão já foi uma vitória para Dallas.
Futuro
Mark Cuban foi ao mercado para reforçar seu time e parece que o Mavericks subiu um degrau no Oeste. Tyson Chandler é um protetor de aro consagrado que, se conseguir ficar saudável, deve melhorar a defesa de Dallas pura e simplesmente por sua presença. Calderón (45% de aproveitamento para três na última temporada) será uma ausência sentida, mas as chegadas de Jameer Nelson e Raymond Felton reforçam a rotação e a possibilidade da equipe correr, sair com velocidade e aumentar o ritmo ofensivo – o que, baseado na eficiência registrada neste lado da quadra, será um ganho teórico.
No entanto, tirado a peso de ouro do Houston Rockets, o grande reforço que chega é Chandler Parsons. Ele é bem mais jovem do que o restante do grupo, mas seu arremesso e versatilidade ofensiva se encaixam muito bem com o que vimos do ataque de Dallas na temporada passada. Mesmo que não seja um defensor como Marion, o Mavericks dá prioridade natural à produção ofensiva. Esta é a identidade: eles ganham partidas no ataque, não na defesa.
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