Jumper Brasil Discute – Movimentações do mercado

Integrantes do site e convidados opinam sobre o que aconteceu de melhor e pior na offseason até o momento

Fonte: Integrantes do site e convidados opinam sobre o que aconteceu de melhor e pior na offseason até o momento

O primeiro mês de offseason está chegando ao fim e muitos dos principais agentes livres do ano já resolveram seus futuros na NBA – saídas, renovações e mudanças de time. Equipes contrataram grandes reforços e perderam ótimos atletas. Boatos continuam circulando e o mercado permanece a todo vapor para trocas. O jogo ganha novos contornos e a corrida contra os atuais campeões, San Antonio Spurs, começa a se desenhar.

Por isso, hoje, o Jumper Brasil reuniu seus integrantes e dois convidados especiais (Luís Araújo, do portal iG, e Vinícius Veiga, do Spinball Net e Extratime) para comentar o que aconteceu e o que ainda pode acontecer no mercado até o início da temporada. Quem fez boas movimentações? Quem não foi tão bem? Nossa equipe opina…

 

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1. Tirando LeBron James no Cleveland Cavaliers, qual foi a melhor contratação desta offseason?

Gustavo Freitas: Chandler Parsons no Mavericks. Por mais que eu tenha gostado de Lance Stephenson no Hornets e Luol Deng no Heat, acho que o ex-ala do Rockets é um cara que pode fazer diferença no estilo de jogo do novo time. É um jogador completo, um facilitador.

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Luís Araújo: Carmelo Anthony seguindo no Knicks. Sob o comando de Phil Jackson, os nova-iorquinos têm boas chances de montarem um time bem competitivo no ano que vem, quando muitos contratos grandes terminam e terão grande alívio financeiro. Garantir a manutenção de um grande astro como Carmelo no elenco é meio caminho andado.

Luiz Fernando Teixeira: Paul Pierce no Wizards. Ele vai ter sua última chance de brigar pelo segundo anel sendo um dos veteranos em uma jovem equipe. Além disso, finalmente jogará com um velho amigo de infância: Andre Miller. O ala não deve ser tão útil quanto Trevor Ariza na defesa, mas há esperanças que Otto Porter e Glen Rice Jr. finalmente “estreiem” nesta temporada e façam o “trabalho sujo” quando necessário.

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Vinícius Veiga: Pau Gasol no Bulls. Se Joakim Noah, sem arremessadores por perto, teve uma grande temporada passando a bola, o espanhol chega para aprimorar ainda mais a movimentação de bola da equipe com um contrato acessível. Agora, também com Doug McDermott, Chicago terá ótimos passes vindos de várias posições.

Ricardo Stabolito Jr.: Lance Stephenson no Hornets. O ala-armador é exatamente o que Charlotte precisava: um segundo atleta que pode trabalhar com a bola nas mãos, com um arremesso respeitável, defende todas as posições de perímetro e cria oportunidades para si mesmo e outros. Isso sem contar que o contrato foi realmente muito bom.

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2. E qual foi a negociação fechada que mais te surpreendeu, você nunca teria previsto antes de ser anunciada?

Gustavo Freitas: Channing Frye no Magic. Não pelo ala-pivô, que é um bom arremessador, mas pelo contrato. Ele deixou um acordo de US$6 milhões anuais querendo uma oferta de maior duração, mas disposto a aceitar um belo corte salarial. Acabou com um contrato de US$32 milhões por quatro anos. Como isso aconteceu? Incrível!

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Luís Araújo: Carlos Boozer no Lakers. É um ala-pivô que pode contribuir para qualquer time com algo como 15 pontos e dez rebotes por jogo, só não entendi porque os angelinos foram atrás dele. Não é uma posição carente do elenco e ele pode “comer” minutos preciosos de Julius Randle, um dos melhores novatos da temporada universitária. Enfim, não entendi.

Luiz Fernando Teixeira: Josh McRoberts no Heat, pelo salário que foi. Mesmo que a equipe tenha utilizado pela mid level exception, o ala-pivô não me parece ser tão valioso assim. Terá que fazer valer o apelido de “JeBron McJames” dos tempos de Orlando Magic, por ser uma espécie de LeBron genérico.

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Vinícius Veiga: Lance Stephenson no Hornets. É verdade que Charlotte está em ascensão, mas longe de ser um grande mercado para conseguir uma transferência dessas. Ele veio de uma ótima temporada e assinou um contrato curto por “somente” US$27 milhões. Esperava mais dinheiro para o ala-armador.

Ricardo Stabolito Jr.: Paul Pierce no Wizards. Eu não te conheço, mas sei que você está mentindo se disser que esperava isso. É uma reposição interessante para a saída do ala Trevor Ariza, mas totalmente inesperado.

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3. No lugar do Cavs, você cederia Andrew Wiggins em uma troca por Kevin Love?

Gustavo Freitas: Jamais. Você tem o melhor prospecto do ano, o provável melhor armador jovem da liga e, para completar, tem a volta do melhor jogador da NBA há alguns anos. Você quer tocar nesta base? Eu nunca o faria. Por mais que Love seja um astro, há a chance de se criar até mesmo uma dinastia aqui. Sim, uma dinastia.

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Luís Araújo: Não. Love é ótimo e o garrafão do Cavs precisa de produção ofensiva se quiser deixar o time “redondo” para disputar o título na próxima temporada. Mas Wiggins é a primeira escolha de um dos drafts mais promissores dos últimos tempos. Pode ser um mau negócio em longo prazo.

Luiz Fernando Teixeira: Não. O potencial de Wiggins é imenso e LeBron se disse disposto a ter paciência. Colocar os dois em quadra parece ser a melhor opção, pois o calouro poderia servir como uma estepe defensiva e “poupar as pernas” do astro. Com Love, isso não existe. Sem contar a chance do calouro “explodir” em Minnesota e “assombrar” o Cavs por anos.

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Vinícius Veiga: Não. Wiggins tem tudo para ser um dos melhores jogadores da liga e não dá para esquecer que LeBron já não é mais nenhum menino. O calouro pode dar uma “aliviada” na carga que o astro terá nos próximos anos. É fato que o jovem precisa da bola nas mãos para se desenvolver, mas sua presença defensiva deverá fazer a diferença de imediato.

Ricardo Stabolito Jr.: Não. Se a conversa fosse meramente técnica, é lógico que faria: Love é o astro que todos esperam, mas ninguém sabe se Wiggins será um dia. O problema é ter três contratos máximos no mesmo elenco. O San Antonio Spurs acabou de provar que não adianta “empilhar” astros e não pensar em reposição confiável ou flexibilidade para contratar.

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4. Quem foi a equipe que mais piorou com as mudanças da offseason até agora?

Gustavo Freitas: Rockets. Não perdeu nenhuma estrela, mas ficou sem Chandler Parsons, Jeremy Lin e Omer Asik. Não conseguiu acertar com ninguém de peso e ainda abriu mão de três ótimos jogadores. Sonhou com Carmelo Anthony e Chris Bosh, acordou com Trevor Ariza.

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Luís Araújo: Nets, talvez. Dois titulares já deixaram a equipe: Paul Pierce e Shaun Livingston. Parece um time que está andando para trás, cada vez mais longe do título enquanto outros se candidatam ao topo do Leste.

Luiz Fernando Teixeira: Pistons. A chegada de Stan Van Gundy ainda não parece ter resolvido os problemas do elenco, Brandon Jennings não inspira confiança e a indecisão quanto ao futuro de Greg Monroe não faz bem a ninguém.

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Vinícius Veiga: Heat. Eles contrataram um all star em Luol Deng e o versátil Josh McRoberts, mas, quando se perde um jogador como LeBron, a queda de produção é inevitável. Não há quem possa substituí-lo, dentro e fora de quadra. Miami continua com um time competitivo, mas, sem o astro, a vida será bem mais complicada por lá.

Ricardo Stabolito Jr.: Pacers. Lance Stephenson é uma perda quase irreparável (Rodney Stuckey é uma boa tentativa) para um Indiana que viu o Leste se “abrir” e teria sua grande chance de avançar às finais. O ala-armador era o “sopro” (entendedores entenderão) de criatividade e o ataque da equipe vai ficar ainda mais complicado – para não dizer sofrível. Tanto faz trazer vários arremessadores se não tiver quem crie os arremessos.

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5. E, para você, quem se deu melhor com as movimentações?

Gustavo Freitas: Posso queimar a língua aqui, mas estou gostando muito do Pistons. Manteve a base titular, recheou o elenco de arremessadores e, agora, pode trocar Josh Smith ou fazer algum negócio com Greg Monroe. Se tem um tópico em que estou indo na contramão de todo mundo é Detroit. Acho mesmo que vai dar certo.

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Luís Araújo: Além do Cavs, por motivos óbvios, destacaria Mavericks e Bulls. Dallas “pegou” Tyson Chandler, um dos melhores defensores de aro da liga, e Chandler Parsons é uma ótima arma ofensiva para atormentar defesas. Já o Bulls ficou sem Carmelo, mas adicionou Gasol e Nikola Mirotic – um ala-pivô com ótimo arremesso de longa distância. Eles se juntam a Joakim Noah e Taj Gibson para formar um garrafão cheio de possibilidades.

Luiz Fernando Teixeira: Raptors. Até o momento, eles só mantiveram o mesmo grupo do ano passado – que pecou pela inexperiência nos playoffs. Mas seus principais rivais no Leste estão se desfazendo na offseason e, por isso, em minha opinião, são candidatos fortes às finais de conferência.

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Vinícius Veiga: Realmente gostei do que o Bulls fez até agora. Pegaram um chutador nato no draft em Doug McDermott e trouxeram o bom Nikola Mirotic da Europa, o que alivia a carência crônica de pontuadores do elenco. Ainda tem a chegada de Pau Gasol, que aumenta a ótima movimentação de bola no garrafão. Chicago está mais refinado e com a mesma mentalidade defensiva, vencedora de Tom Thibodeau.

Ricardo Stabolito Jr.: Bem, tirando o Cavs? Provavelmente, o San Antonio Spurs. O atual campeão “driblou” algumas negociações complicadas e manteve seu elenco quase intacto (falta apenas a renovação com Aron Baynes, que é agente livre restrito). E ainda tem a mid level exception inteira para investir em um último reforço significativo.

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