Semifinais da Conferência Leste: Miami Heat (2º) x (6º) Brooklyn Nets
Confrontos na temporada: Brooklyn 4-0 Miami
01/11 – Nets 101×100 Heat
10/01 – Nets 104×95 Heat
12/03 – Nets 96×95 Heat
08/04 – Nets 88×87 Heat
Datas do confronto
Jogo 1: 6/05, em Miami
Jogo 2: 8/05, em Miami
Jogo 3: 10/05, em Brooklyn
Jogo 4: 12/05, em Brooklyn
Jogo 5 *: 14/05, em Miami
Jogo 6 *: 16/05, em Brooklyn
Jogo 7 *: 18/05, em Miami
* se necessário
Miami Heat (54-28)
Campanha nos playoffs: 4-0 contra o Charlotte Bobcats
Maior sequência de vitórias: dez (de 12/11 a 01/12)
Maior sequência de derrotas: três (de 07 a 15/01; 04 a 09/03; 12 a 16/04)
Time-base
Mario Chalmers (PG)
Dwyane Wade (SG)
LeBron James (SF)
Udonis Haslem (PF)
Chris Bosh (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Ray Allen (SG)
Norris Cole (PG)
Chris Andersen (PF/C)
Shane Battier (SF/PF)
Técnico: Erik Spoelstra
Líderes (temporada regular)
Pontos: LeBron James (27.1)
Rebotes: LeBron James (6.9)
Assistências: LeBron James (6.4)
Roubos de bola: LeBron James (1.6)
Tocos: Chris Andersen (1.3)
Líderes (playoffs)
Pontos: LeBron James (30.0)
Rebotes: LeBron James (8.0)
Assistências: LeBron James (6.0)
Roubos de bola: LeBron James (2.3)
Tocos: Chris Andersen (1.3)
Brooklyn Nets (44-38)
Campanha nos playoffs: 4-3 contra o Toronto Raptors
Maior sequência de vitórias: 5 (de 16/11 a 24/11)
Maior sequência de derrotas: 5 (de 16/01 a 26/01)
Time-base
Deron Williams (PG)
Shaun Livingston (SG)
Joe Johnson (SF)
Paul Pierce (PF)
Kevin Garnett (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Marcus Thornton (SG)
Alan Anderson (SG)
Andrei Kirilenko (SF/PF)
Andray Blatche (PF)
Mason Plumlee (C)
Técnico: Jason Kidd
Líderes (temporada regular)
Pontos: Joe Johnson (15.8)
Rebotes: Kevin Garnett (6.6)
Assistências: Deron Williams (6.1)
Roubos de bola: Deron Williams (1.5)
Tocos: Mason Plumlee (0.8)
Líderes (playoffs)
Pontos: Joe Johnson (21.6)
Rebotes: Kevin Garnett (5.4)
Assistências: Deron Williams (5.6)
Roubos de bola: Paul Pierce (1.4)
Tocos: Mason Plumlee (0.9)
Análise do confronto
O Miami Heat foi a única franquia que varreu o seu oponente (Charlotte Bobcats) na primeira rodada dos playoffs de 2014 – já considerado um dos melhores de todos os tempos na NBA. Já o Brooklyn Nets foi uma das cinco equipes que precisaram de sete jogos para derrotar o adversário (Toronto Raptors), chegando à segunda rodada pela primeira vez desde a mudança de ares.
O atual bicampeão da liga encontra uma condição semelhante à do último ano, quando varreu o Milwaukee Bucks no primeiro round e esperou que o Chicago Bulls vencesse quatro jogos de sete disputados contra o mesmo Nets para começar a segunda rodada. Então, foram surpreendidos por uma das atuações históricas de Nate Robinson e perderam o primeiro jogo da série, para depois “varrerem em cinco jogos” os rivais.
Em 2014, o Heat contou com a sorte para facilitar o que já não devia ser muito difícil: a lesão que limitou Al Jefferson pelo Bobcats. O pivô sofreu com uma fascite plantar desde o primeiro jogo, mas ainda assim foi capaz de 18.7 pontos, 9.3 rebotes e 1.7 tocos contra o baixo time de Miami, que não contou apenas com Chris Andersen como pivô de ofício.
Não que um Jefferson saudável fosse capaz de dificultar muito a série para o Heat, que sobrou na série, apanhando um número surpreendente de rebotes ofensivos e cometendo pouquíssimos desperdícios de bola. Quanto ao time utilizado, o que mais chamou a atenção foi a ausência de Shane Battier para a inclusão de James Jones na rotação.
Jones, especialista nos arremessos de longa distância, ocupa há anos o posto de 12º jogador do Heat, mas na série contra o Bobcats ele teve média de 16 minutos por partida, acertando 43.8% dos seus arremessos. Já o veterano Battier ficou em quadra por apenas dois minutos durante os quatro jogos. Não se sabe se isso é estratégia de Erik Spoelstra para descansar o ala de 35 anos ou não.
Por falar em veteranos, o Nets está cheio deles. Um dos times mais caros da história da NBA tem média de 32.4 anos entre os seus titulares, e quase não conseguiu superar o talentoso e inexperiente time do Raptors. Muito por conta da inconstância dos seus jogadores.
Deron Williams passou longe de apresentar o basquete que encantava a liga nos tempos de Utah Jazz, sofrendo para marcar Kyle Lowry e Greivis Vásquez, além de não ser decisivo no ataque. Esse papel coube a Joe Johnson, mas o ala-armador não passa a sensação de confiança que deveria aos torcedores, tanto que o nível do time até chegou a melhorar em alguns momentos quando Alan Anderson e Marcus Thornton entravam em quadra.
Mas quem precisa ser regular são os veteranos Paul Pierce e Kevin Garnett. Apesar de Pierce ser o responsável pela vitória nos jogos 1 (série de arremessos no último quarto) e 7 (toco em Lowry que selou o placar), ele teve médias baixíssimas. KG nem se fala, foi uma sombra do jogador do passado, apesar de sua presença ainda impor respeito na defesa.
Na temporada regular, o Nets varreu o Heat, vencendo os quatro jogos, mas nenhum com facilidade. Três deles foram definidos por apenas um ponto, e o outro precisou de duas prorrogações para terminar. Por conta disso, os fãs da franquia de Nova York não podem achar que seu time é tão favorito assim sobre Miami, que tem um ciclo de superação em pós-temporadas após a formação do Big Three e não vai permitir que a derrota escape nos últimos segundos.
O cansaço do Nets por ter jogado sete jogos pode ser determinante por conta disso.
Por fim, a série pode marcar o fim de uma das rivalidades mais legais e involuntárias do basquete recente: Paul Pierce x LeBron James. Desde os tempos de Cleveland Cavaliers e Boston Celtics, os alas (que invariavelmente tem que se marcar) já duelaram em 25 jogos de playoffs, com 13 vitórias para James e 12 para Pierce. Com Pierce cada vez mais próximo da aposentadoria, 2014 pode ser a última pós-temporada em que eles se enfrentam.
Previsão: Miami Heat 4×1 Brooklyn Nets