Procura-se: o basquete de Danny Green

O ala-armador do Spurs precisa voltar a jogar como na temporada passada quando retornar de lesão

Fonte: O ala-armador do Spurs precisa voltar a jogar como na temporada passada quando retornar de lesão

“Só que agora, Green chegou em um outro patamar. Não, não estou dizendo que ele é um astro, mas sim, que está jogando como um. Com médias de 18.0 pontos e 4.0 rebotes, além de improváveis 65.8% de aproveitamento nos arremessos de três. Você pode até achar estranho e não gostar dessa possibilidade, porém Green é um sério candidato ao prêmio de MVP das Finais”

Quem escreveu isso sobre Danny Green foi o nosso glorioso Carlos Gustavo “Mastô” Freitas, logo após o jogo 5 das Finais da NBA de 2013, quando o San Antonio Spurs fez 3-2 sobre o Miami Heat  e estava a um passo do quinto título da franquia, o que coroaria o trabalho de Gregg Popovich, a longevidade de Tim Duncan e faria todos os esqueceram a pós-temporada horrível de Manu Ginobili.

Mas aí, isso aconteceu no jogo 6, e será lembrado por anos:

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http://www.youtube.com/watch?v=paJWuS0VykY

Embora o herói, com méritos, seja Ray Allen, esse também foi o jogo em que um LeBron James-sem-bandana-cobrindo-a-careca jogou em um Marshawn Lynch’s Beast Mode e anotou um triplo-duplo com 32 pontos, 10 rebotes e 11 assistências. Allen só marcou nove pontos.

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Ginobili também conseguiu estragar tudo para o Spurs ao cometer dois desperdícios ridículos no último minuto da prorrogação, e é bom lembrar dos dois tocos de Chris Bosh em arremessos do Spurs que poderiam ter selado a vitória no fim, ou de Ray Allen sendo clutch mais uma vez ao matar os dois últimos lances livres…

Mas eu divago em um Jogo 6, e antes que resolva falar do jogo 7 paro por aqui, afinal o tema do artigo é outro: Danny Green, que deve retornar à franquia de San Antonio no próximo mês, já que se recupera de uma fratura no dedo.

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Após as Finais, Green parece ter esquecido a velha forma de jogar basquete e vem batalhando contra a irregularidade nesta temporada. Seu aproveitamento nos arremessos (41.7%) é o pior desde o ano de calouro, e nas tentativas de três pontos ele está abaixo dos 40% desde o seu segundo ano de  Spurs – 38.4%.

Ele, que foi titular em todos os jogos de 2012-13, havia começado a perder a titularidade para Marco Belinelli, que chegou à equipe para esta temporada. Nenhum absurdo, já que Green tinha médias pífias de 7.4 pontos por jogo, contra mais de 10 do italiano.

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Mas o que aconteceu ao Spurs para que o ala-armador tivesse uma queda de rendimento tão grande? O sistema de jogo não teve nenhuma mudança drástica, pelo contrário: evoluiu ainda mais para o que lhe favorecia, com Tony Parker sendo o maestro e Duncan deixado uma referência tão grande no ataque.

http://www.youtube.com/watch?v=Ub8P1gezWmY

Green teria ainda mais liberdade para se movimentar sem a bola, receber o passe e arremessar (como Kyle Korver no Atlanta Hawks, por exemplo), mas o que aconteceu foi ele perder espaço na rotação, errar arremessos que não errava e ser esquecido.

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No elenco do Spurs, não houve tanta mudança assim também. Além da chegada de Bellinelli, Gary Neal deixou o time, trocando seis por meia dúzia. Ginóbili voltou a jogar em alto nível vindo do banco de reservas, sendo até um bom candidato ao prêmio de Melhor Sexto Homem do ano novamente, mas nada disso justifica a queda de rendimento de Green.

Eu queria terminar o artigo chegando à uma conclusão sobre o que aconteceu com o basquete de Green, mas não achei. O Spurs soube contornar a sua má fase (como era de se esperar), mas com certeza ele pode aumentar ainda mais o poder de fogo da equipe quando voltar de lesão.

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