Revisão da temporada – Cleveland Cavaliers

Cleveland Cavaliers Todos os números Resultado final: Não se classificou para os playoffs Temporada regular: 19-63, 5° na divisão Central, 15° na conferência Leste Maior invencibilidade: Três jogos – entre 5 e 9 de novembro Maior jejum de vitórias: 26 jogos – entre 20 de dezembro e 9 de fevereiro Média de público como mandante: […]

Fonte:

Cleveland Cavaliers

Todos os números

Resultado final: Não se classificou para os playoffs
Temporada regular: 19-63, 5° na divisão Central, 15° na conferência Leste
Maior invencibilidade: Três jogos – entre 5 e 9 de novembro
Maior jejum de vitórias: 26 jogos – entre 20 de dezembro e 9 de fevereiro
Média de público como mandante: 20.112 pessoas (97.8% da capacidade)
Maior salário: Antawn Jamison, $ 13.358.905 dólares
Pontos por jogo: 95.5 (25°)
Pontos sofridos por jogo: 104.5 (23°)
Rebotes por jogo: 40.3 (22°)
Assistências por jogo: 21.0 (19°)
Bloqueios por jogo: 4.2 (27°)
Roubadas de bola por jogo: 6.6 (27°)
Erros de ataque por jogo: 13.7 (20°)
Porcentagem de arremessos convertidos: 43.4% (29°)
Porcentagem de lances livres convertidos: 74.5% (25°)
Porcentagem de arremessos de três pontos convertidos: 34.2% (23°)
Maior pontuação: 126, contra o Los Angeles Clippers no dia 11 de fevereiro
Menor pontuação: 57, contra o Los Angeles Lakers no dia 11 de janeiro
Maior pontuação sofrida: 129, contra o Minnesota Timberwolves no dia 4 de dezembro
Menor pontuação sofrida: 81, contra o Milwaukee Bucks no dia 24 de novembro
Maior cestinha em um jogo: 35 pontos, Antawn Jamison, duas vezes
Maior reboteiro em um jogo: 20 rebotes, J.J. Hickson contra o Chicago Bulls no dia 22 de janeiro
Maior assistente em um jogo: 14 assistências, Mo Williams contra o New York Knicks no dia 18 de dezembro  

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Ginásio: Quicken Loans Arena (capacidade para 20.562 pessoas)
Técnico: Byron Scott (Uma temporada, 19-63)

Movimentações no elenco:

9 de julho de 2010: Recebeu uma escolha de segunda rodada dos drafts de 2011 e 2012, uma escolha de primeira rodada dos drafts de 2013 e 2015 do Miami Heat por LeBron James.
26 de julho de 2010: Recebeu Ramon Sessions, Ryan Hollins e uma escolha de segundo round do draft de 2013 do Minnesota Timberwolves por Delonte West e Sebastian Telfair.
24 de fevereiro de 2011: Recebeu Baron Davis e uma escolha de primeira rodada do draft de 2011 do Los Angeles Clippers por Mo Williams e Jamario Moon.
24 de fevereiro de 2011: Recebeu Semith Erder e Luke Harangody do Boston Celtics por uma escolha de segunda rodada do draft de 2013.
Assinou com Joey Graham e Alonzo Gee como agentes livres.
Assinou com Samardo Samuels e Manny Harris como novatos sem terem sido escolhidos no draft.

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A temporada

A decisão de LeBron James de deixar o Cleveland Cavaliers não deixou só os torcedores da equipe furiosos. A imprensa e o mundo se virou contra o “filho de Ohio”, por ter ido para o Miami Heat. James deixou de ser o queridinho da mídia, ganhando status de persona non grata em todo o mundo. Passado isso, o Cavs precisou começar do zero. Além de perder James, a equipe ficou sem os veteranos pivôs Shaquille O’Neal e Zydrunas Ilgauskas. Esse último, saiu do time depois de 14 anos em Cleveland.

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O mais afetado pela mudança de James, foi claramente o armador Mo Williams, que considerava o ex-camisa 23 um de seus grandes amigos.

Sem muito o que fazer na temporada, o Cavs teve um início até surpreendente, vencendo quatro de suas primeiras sete partidas. Entretanto, quando percebeu que a coisa não era bem por aí, passou a perder jogos consecutivos. Entre o dia 30 de novembro e 9 de fevereiro, o time venceu somente um de seus 37 embates. Ficou evidente a falta de um líder, de um jogador de melhor qualidade que Antawn Jamison ou o próprio Williams.

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O brasileiro Anderson Varejão se destacava, com médias de 9.1 pontos e 9.7 rebotes, quando se machucou em janeiro, e não voltou a atuar mais. Sobrou espaço para J.J. Hickson aparecer, e ele não decepcionou, com médias de 14.8 pontos e 9.5 rebotes como titular (66 partidas). No entanto, Hickson foi trocado ao fim da temporada por Omri Casspi, do Sacramento Kings.

Mo Williams foi negociado no meio da temporada, e chegou o baleado Baron Davis, que esteve muito aquém de seu melhor nível.

O técnico Byron Scott não teve muito o que fazer, a não ser terminar o ano com as peças que tinha: Ryan Hollins e Alonzo Gee entre os titulares. Até que a campanha de 19 vitórias e 63 derrotas não foi tão ruim quanto era imaginado.

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O draft 2011

O Cleveland Cavaliers teve a primeira escolha no draft, e escolheu o ótimo armador Kyrie Irving, de Duke. A equipe ainda teve a quarta opção, e foi de Tristan Thompson, de Texas. Em uma troca, o Cavs obteve o ala-pivô Milan Macvan, da Sérvia. Irving pode começar a temporada como reserva de Baron Davis, ou ainda há a opção de Byron Scott escalar os dois no time titular. Thompson deverá brigar com Omri Casspi por minutos em quadra, mas ocasionalmente poderá jogar na posição quatro. Macvan talvez nem chegue a fazer parte do elenco.

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O perímetro

Um desastre. Primeiro, Mo Williams era o armador titular, mas claramente desmotivado, fazia sua pior temporada em Cleveland quando foi trocado. Nem nos arremessos de três, que era uma de suas principais referências, Williams não teve sucesso (26.5%). Depois, chegou Baron Davis, e já em um estágio de declínio na carreira, pouco adicionou ao time, com 13.9 pontos e 6.1 assistências. Ao menos, Ramon Sessions teve uma temporada mais consistente, mesmo atuando por pouco mais de 26 minutos por jogo.

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Daniel Gibson, ex-vencedor do torneio de três pontos, não soube aproveitar suas chances, e mesmo com seu melhor ano da carreira, atingiu somente 11.6 pontos, porém com sólidos 40.3% de eficiência nos tiros de longa distância. Anthony Parker, já rodado, é um bom defensor, teve queda de rendimento em seus arremessos, uma de suas principais características.

O Cavs ainda contou com Jamario Moon, que era titular na ala até ser superado por Joey Graham. Depois, Moon foi para o Los Angeles Clippers com Mo Williams. A vaga no quinteto titular ficou sem que ninguém conseguisse atuar com frequência. Antawn Jamison deslocou-se da posição de ala-pivô para jogar como ala. Suas constantes contusões acabaram atrapalhando, e Jamison participou de apenas 56 partidas.

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Christian Eyenga, do Congo, teve uma temporada bem discreta, com 6.9 pontos e 2.8 rebotes.

O garrafão

Com Anderson Varejão, o Cavs até tinha um jogador de referência dentro do garrafão. Tudo bem que Varejão não tem habilidade para liderar um time no ataque, mas é na defesa que ele se destaca. Ele conquistou dez ou mais rebotes em 16 de seus 31 embates disputados. Além disso, obteve 38 bloqueios. Sua contusão no tendão do tornozelo direito deixou o time sem o que fazer na posição. Sobrou para J.J. Hickson jogar deslocado e ele foi muito bem nos rebotes.

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Ryan Hollins, um pivô sem qualquer cacoete de jogador de basquete, foi titular em 16 ocasiões. O resultado: 11 derrotas.

Luke Harandogy e Semith Erden chegaram após troca com o Boston Celtics. O primeiro ainda teve boas participações, mas o turco atuou em apenas quatro jogos.

Análise geral

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Os números não mentem. O Cleveland Cavaliers teve uma temporada horrível, mas não a pior de todos os tempos. Com 19 vitórias, o time superou as campanhas de 1970-71 e 1981-1982 (15 vitórias e 67 derrotas), e 2002-03 (17 vitórias e 65 derrotas). Mas só não teve a pior campanha da NBA em 2010-11 porque joga na conferência Leste.

Para ter uma ideia, o Cavs jogou 30 partidas contra times do Oeste. Venceu quatro. Então a torcida pode colocar as mãos pro céu por isso. Ou não.

O Cavaliers não teve estrutura para levar a temporada. Perdeu seu principal jogador de todos os tempos em uma decisão um tanto lastimável. Shaquille O’Neal e Zydrunas Ilgauskas saíram junto. Virou um saco de pancadas ambulante. Parecia jogar outro tipo de categoria, que não lembrou nada a NBA.

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O torcedor – Marcelo Urbano – Cleveland Cavaliers Brasil

Após sete anos sendo comandados por LeBron James, o Cavs veio para sua primeira temporada sem o jogador, tendo assim pouca expectativa em cima da equipe. Além dele, Cavs acabou perdendo Shaquille O’Neal, Zydrunas Ilgauskas, Delonte West e também o técnico Mike Brown, destruindo assim uma base e começando uma nova era.

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Na offseason, devido à alta folha salarial que a equipe possuía, o Cavs pouco pode se mexer para recompor todas essas peças. Chris Grant fez apenas uma troca, onde chegou Ramon Sessions e Ryan Hollins, e pequenas contratações na agência livre onde chegou a equipe os alas Joey Graham e Manny Harris, além do pivô Samardo Samuels. O time também trouxe da Europa o jogador selecionado na primeira rodada do draft de 2009, o ala Christian Eyenga. Na minha concepção, a melhor coisa que o Cavs fez nesse período foi a contratação de Byron Scott para ser o novo técnico da equipe.

Não esperava de forma alguma que a equipe ganhasse apenas 19 jogos, e ainda mais, que iria perder 26 jogos seguidos. Apesar de sempre sonhar com algo a mais, minha expectativa era a equipe ficar entre a décima e décima terceira colocação no Leste. O inicio da temporada, dentro dos limites da equipe, foi bom. Após 16 jogos a equipe tinha um recorde de sete vitórias e nove derrotas, mas foi ali após derrotas contra o Boston Celtics e Miami Heat que a equipe se perdeu totalmente. Contando com essas partidas foram dez jogos sem vencer, quando a equipe venceu, voltou a ter uma grande sequência de derrotas, a qual ficou marcada como a maior nos esportes americanos. Durante esse período, o Cavs também perdeu muitos jogadores por contusão, chegou a ficar sem talvez, três dos principais jogadores da equipe, que eram Mo Williams, Antawn Jamison e Anderson Varejão. Um mês positivo para a equipe na temporada foi de fevereiro, não pelos resultados obtidos, mas sim pelas trocas acertadas que Chris Grant realizou um pouco antes do fim do período para trocas. Chegaram ao time Baron Davis, Semih Erden e Luke Harangody, mas o melhor foi ter adquirido o direito de uma escolha no draft na primeira rodada, escolha que mais tarde se transformaria em Kyrie Irving.

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A partir desse mês as coisas melhoraram para o Cavaliers, alguns jogadores mostraram evolução no seu jogo, a equipe começou a ganhar as partidas e assim trouxe mais esperança aos torcedores. Um dos motivos dessa melhora foi Baron Davis, que ao contrário do que muitos acreditavam, o jogador chegou ao Cavs com um bom espírito, e fez excelentes partidas pela equipe, tanto começando do banco quanto iniciando elas como titular. Contando somente os jogos após o fim de semana das estrelas, a equipe ficou com um recorde de nove vitórias e 17 derrotas, algo bem melhor do que o recorde na primeira parte da temporada. Existiram algumas vitórias curiosas durante o ano, e que deram uma certa felicidade momentânea aos torcedores do Cavaliers. O time conseguiu vitórias em cima do então atual campeão da NBA, Los Angeles Lakers, e também em cima de LeBron James e o Miami Heat.

A equipe acabou terminando a temporada com 19 vitórias e 63 derrotas, algo abaixo de minha expectativa, mas de certa forma, normal para o elenco e as dificuldades que a equipe passou durante a temporada. Apesar de tantos momentos ruins vividos pela franquia, os torcedores do Cavaliers continuam apoiando a equipe, algo que foi fácil de se ver durante os jogos no Quicken Loans Arena.

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Titulares

PG: Baron Davis – 13.9 pontos, 6.1 assistências (pelo Cavs)
SG: Anthony Parker – 8.3 pontos, 37.9% nos três pontos
SF: Antawn Jamison – 18.0 pontos, 6.7 rebotes
PF: J.J. Hickson – 13.8 pontos, 8.7 rebotes
C: Anderson Varejão – 9.1 pontos, 9.7 rebotes, 1.2 bloqueio, 52.8% nos arremessos

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Principais reservas

SG/PG: Daniel Gibson – 11.6 pontos, 3.0 assistências, 40.3% em três pontos
PG: Ramon Sessions – 13.3 pontos, 5.2 assistências
SF: Christian Eyenga – 6.9 pontos, 2.8 rebotes
SF: Alonzo Gee – 7.4 pontos, 3.9 rebotes (pelo Cavs)
PF/C: Samardo Samuels – 7.8 pontos, 4.3 rebotes
C: Luke Harangody – 6.2 pontos, 4.2 rebotes (pelo Cavs)

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