Jumper Brasil discute – Retornos que fazem a diferença?

Integrantes do site analisam quanto alguns dos atletas que ainda não estrearam na temporada podem ajudar seus times a subirem de qualidade

Fonte: Integrantes do site analisam quanto alguns dos atletas que ainda não estrearam na temporada podem ajudar seus times a subirem de qualidade

A grande notícia da NBA neste fim de semana foi o retorno do astro Kobe Bryant aos treinos no Los Angeles Lakers, após sete meses recuperando-se de cirurgia no tendão de Aquiles. Para a torcida, a volta do ídolo é o reforço mais importante do time na busca por melhorar a campanha de somente cinco vitórias em 12 partidas. Assim como os angelinos, várias equipes aguardam a recuperação de atletas fundamentais para alcançar seu verdadeiro potencial.

O Jumper Brasil reuniu cinco de seus integrantes para tentar analisar o impacto que alguns destes retornos podem ter em equipes que vivem diferentes momentos. Quem pode fazer a diferença para seu time? Nossa equipe opina.

 

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1. Com Rajon Rondo, o Celtics torna-se candidato a vaga nos playoffs?

Kaio Kleinhans: Sim. A grande questão para mim é até que ponto o Celtics tem interesse em classificar-se aos playoffs. Será que não preferem a fórmula do tanking, muito bem explicada aqui no Jumper pelo Gustavo Lima? Não acredito que o time queira chegar lá, mas, se quiser, tem chances, sim. Embora não seja tão forte quanto antes, a conferência Leste é fraca.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. A concorrência pela oitava vaga do Leste pode ter muitos times, mas não é forte. Em condições, Rondo resolve um dos grandes problemas de Boston neste início de campanha (executar jogadas, criar arremessos) e, por si só, pode ser o diferencial em uma briga repleta de equipes “não tão boas”.

Gustavo Freitas: Sim. Olha como o Leste está bagunçado e o Celtics não é tão ruim quanto eu esperava. Tudo bem, o time passa longe de ser forte, mas acaba sendo competitivo em uma conferência fraca.

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Gustavo Lima: Não. Rondo vai voltar (em janeiro, quem sabe) sem ritmo de jogo e não vai mudar muito o panorama da equipe. A verdade é que o Celtics não montou um time para chegar aos playoffs, mesmo em uma conferência Leste recheada de times medianos.

Luiz Fernando Teixeira: Talvez. Afinal, Rondo pode te dar 15 pontos e dez assistências todas as noites. O Celtics não montou, porém, um elenco com qualidade o bastante para que, com o armador, consigam alcançar os playoffs. Ainda assim, como a conferência Leste é muito fraca, o Celtics pode beliscar a oitava vaga.

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2. Verdadeiro ou falso: o Nuggets é um time de pós-temporada no Oeste com Danilo Gallinari?

Kaio Kleinhans: Verdadeiro. Eu acredito que, com Gallinari, o Nuggets coloca-se no segundo escalão do Oeste ao lado de times como Timberwolves, Blazers, Pelicans, Mavericks e Lakers na disputa por uma das vagas.

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Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Aos poucos, o Nuggets está encontrando o rumo e Gallinari seria uma necessária adição ao ataque da equipe, com seu arremesso de longa distância e versatilidade. A questão é que existem uns 11 ou 12 times de pós-temporada no Oeste e, evidente, só oito vagas. Ter qualidade no papel não será o bastante.

Gustavo Freitas: Verdadeiro. O Nuggets teve uma piora nesta temporada, com a saída de George Karl. Normal para um time que teve o mesmo treinador por tanto tempo. Mas, com Gallinari, a equipe tem um ganho de qualidade – especialmente, nas bolas de três.

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Gustavo Lima: Falso. O Nuggets está mais fraco nesta temporada (saíram Andre Iguodala, George Karl). Enquanto isso, outros times do Oeste (Mavericks, Rockets, Pelicans, Blazers) reforçaram-se e possuem elenco mais qualificado do que Denver. Com ou sem Gallinari, a equipe dificilmente chegará à pós-temporada.

Luiz Fernando Teixeira: Falso. Gallinari é bom jogador, mas não tem essa bola toda. O Nuggets não vem bem nesta temporada e não é a volta do italiano que mudará isso, mas sim uma mudança completa de mentalidade e planejamento por parte de Brian Shaw.

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3. Os retornos de Glen Davis e Tobias Harris são o bastante para consolidar o Magic na briga pelos playoffs do Leste?

Kaio Kleinhans: Não. Gosto desta base do Magic. Acho muito empolgante e é o segundo time que mais tenho assistido. Mas ainda não é uma equipe de playoff e nem acredito que franquia queira isso. Com certeza, eles pensam em conseguir uma boa escolha no draft e adicionar mais um bom jovem talento ao elenco.

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Ricardo Stabolito Jr.: Não. O Magic também teve um começo “digno” na última temporada e caiu de produção após o 25º jogo. A tendência é que o time ainda não esteja preparado. Glen Davis e Tobias Harris não são jogadores capazes de mudar essa realidade.

Gustavo Freitas: Não duvido de mais nada. Se a pergunta fosse feita antes do início da temporada, eu diria um sonoro “não”. Mas com equipes de quem esperava uma melhora sensível (Cavs e Wizards) sem bom desempenho no momento, não duvido de mais nada.

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Gustavo Lima: Sim. Glen Davis não acrescenta muita coisa, mas, se repetir o desempenho espetacular do fim da temporada passada, Harris tem tudo para ser uma peça importante. O Magic até pode chegar aos playoffs em um Leste cheio de equipes medianas, mas eu não apostaria minhas fichas nisso. A franquia quer mais uma escolha de loteria no próximo draft para dar prosseguimento à reconstrução do elenco.

Luiz Fernando Teixeira: Sim. Glen Davis foi muito bem no início da temporada passada e Harris foi o melhor jogador do Magic no fim da campanha. Com ambos em quadra e Victor Oladipo se adaptando à NBA, o time pode brigar pela última vaga do Leste.

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4. Verdadeiro ou falso: o Pacers tem mais a perder do que a ganhar com a volta de Danny Granger.

Kaio Kleinhans: Verdadeiro. Granger é um jogador de alto nível, all star, mas sua volta vai complicar o time. A formação teria que ser alterada com seu retorno, a equipe precisaria se adaptar ao seu estilo de jogo e Paul George poderia ter que sair de sua posição atual para viabilizar a reestreia do contundido. Ideal seria o Pacers arrumar uma boa troca por Danny, aproveitando seu alto contrato expirante.

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Ricardo Stabolito Jr.: Falso. Uma equipe sempre tem a ganhar com o retorno de um scorer consolidado e experiente como Granger. Em especial, quando falamos em um grupo que tem dificuldades para pontuar com estabilidade. Basta saber gerir sua volta. Não é talento demais, mas sim talento mal gerido que faz mal a um time.

Gustavo Freitas: Verdadeiro, acredite se quiser. O time está muito bem montado com Paul George na ala e Lance Stephenson como ala-armador. Granger pode contribuir, claro. Mas essa volta possivelmente afetaria o bom momento dos dois titulares.

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Gustavo Lima: Falso. Tudo bem que o time está entrosado sem Granger. Mas, em condições físicas adequadas, o ala será uma peça muito útil vindo do banco de reservas – principalmente, nos playoffs. Acredito que Lance Stephenson vai continuar sendo o titular da posição, mesmo com a volta do veterano.

Luiz Fernando Teixeira: Tudo depende de como Granger vai voltar. Não o vemos saudável em quadra há quase duas temporadas. Como será que sua presença afetará a rotação do Pacers? Como tirar muitos de Stephenson e George agora? Ele vai aceitar jogar bem menos do que quando era titular?

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5. Se Kobe realmente voltar antes do Natal, o Lakers entra na disputa por uma vaga nos playoffs?

Kaio Kleinhans: Sim. Tem times que me deixam curioso sobre as pretensões atuais e futuras. Em minha opinião, o Lakers deveria pensar mais no draft deste ano, que traria mais benefícios do que uma classificação aos playoffs. Mas, se o interesse é em pós-temporada, pode chegar sim – como citei anteriormente, ficando naquele segundo grupo do Oeste na briga por duas ou três vagas.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. O Lakers passa longe de ser o melhor time entre o pessoal que briga pelas últimas vagas do Oeste, mas deu alguns sinais (até inesperados) de força aqui e ali. Quando o dia é bom, o ataque flui e se tornam perigosos. Vou dar este crédito ao Kobe. Lembrando sempre que há muitas equipes “boas o bastante” para pegar playoffs no Oeste.

Gustavo Freitas: Sim. Kobe é um dos maiores nomes da NBA nas últimas décadas e até que o Lakers não está fazendo tão feio quanto imaginava em sua ausência. Se a equipe continuar vencendo as partidas em casa, as chances aumentam bastante quando o astro retornar.

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Gustavo Lima: Não. O Lakers não vai aos playoffs com o elenco atual. A franquia precisa tirar da cartola alguma troca para qualificar o grupo e, quem sabe, pensar em pós-temporada. Kobe sozinho não dará jeito na falta de qualidade. Além disso, ninguém sabe se ele voltará jogando no mesmo nível das últimas temporadas.

Luiz Fernando Teixeira: Quando Kobe voltar, o que vamos ver será o que já vimos entre 2004 e 2007: ele tentando carregar uma equipe horrorosa nas costas até os playoffs. A diferença é que está velho, voltando de uma lesão gravíssima e o Oeste está mais forte do que nunca. Não acho que o Lakers classifique. Mas ninguém achava que a equipe fosse ser o fracasso que foi na temporada passada e o que aconteceu?

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