Jumper Brasil discute – Recém-aposentados no Hall da Fama

Integrantes do site analisam a possibilidade de ídolos recentes da liga serem eleitos para o “templo máximo” do esporte

Fonte: Integrantes do site analisam a possibilidade de ídolos recentes da liga serem eleitos para o "templo máximo" do esporte

Para a tristeza de muitos fãs da NBA, um grupo notável de atletas anunciou a aposentadoria das quadras nos últimos meses. Ídolos que atraíram legiões de novos torcedores para a liga nas décadas de 1990 e 2000 estão saindo de cena e chegou a hora de adotarmos uma nova postura. É o momento de relembrar os feitos desses astros, avaliar o legado que deixam ao jogo e determinar o lugar deles entre os melhores da história.

O Jumper Brasil reuniu cinco de seus integrantes para tentar fazer este complexo exercício nesta semana. Todos são grandes jogadores e trilharam uma história brilhante na NBA, mas será que foram excepcionais o bastante para entrar, por exemplo, no Hall da Fama? Nossa equipe opina.

 

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1. Você acha que Grant Hill será eleito para o Hall da Fama?

Gustavo Lima: Sim. Embora não tenha sido campeão e passou um bom tempo parado por lesos, Hill disputou 18 temporadas na NBA e conquistou feitos como sete participações no Jogo das Estrelas e uma eleição para o quinteto ideal da temporada (1997). Sem contar sua medalha de ouro olímpica, em 1996. Foi um monstro na época em que defendia o Pistons.

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Luiz Fernando Teixeira: Sim. O início de carreira de Hill, no Detroit Pistons, foi simplesmente espetacular. Ele foi o “LeBron James antes de LeBron James”, uma evolução de Scott Pippen que atuava como point forward. Lesionou-se várias vezes no Orlando Magic e nunca mais foi o mesmo, mas, de alguma forma, ainda jogou em nível decente até os 40 anos. Trata-se de um dos melhores de sua geração e merecia ter sido campeão, só que foi “traído” pelo corpo.

Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Enquanto teve condições físicas ideais, Hill foi um dos melhores jogadores da liga e um indiscutível All-star. Se sua trajetória na NBA não for o bastante – e pode realmente não ser –, a brilhante carreira universitária por Duke (três finais de Torneio da NCAA, dois títulos nacionais, camisa aposentada) e o ouro olímpico em 1996 fecham a conta.

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Kaio Kleinhans: Espero que sim. Hill é um dos meus jogadores favoritos de sempre e um dos grandes motivos para ser o fã de basquete que sou. Pela bola jogada, ele tem boas chances de entrar. Todos que o acompanharam entre sua primeira temporada e (mais ou menos) 2002 sabem disso. Uma pena ter enfrentado tantas lesões.

Gustavo Freitas: Creio que sim. Apesar das graves contusões que quase acabaram com sua carreira, Hill foi um dos melhores jogadores em seu tempo. Eu não pensaria duas vezes para elegê-lo, até porque ainda foi para o Jogo das Estrelas depois de sua pior fase. Pena que, no fim, tornou-se “apenas” um ótimo defensor – e isso só porque era realmente de outro nível.

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2. Verdadeiro ou falso: Jason Kidd e Allen Iverson vão ser eleitos no primeiro ano de elegibilidade?

Gustavo Lima: Verdadeiro. Kidd foi calouro do ano, campeão da NBA, bicampeão olímpico, dez vezes All-star, selecionado para quinteto ideal da temporada em cinco oportunidades e por aí vai. Já disse que ele é o segundo na história da NBA em assistências e roubos de bolas?  Já Iverson foi para 11 Jogos das Estrelas e MVP em 2001. Os dois merecem ser eleitos no primeiro ano de elegibilidade.

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Luiz Fernando Teixeira: Verdadeiro. Iverson e Kidd simbolizaram uma era na NBA, mesmo que com estilos diferentes. Enquanto o primeiro decidia na individualidade, o segundo fazia melhor todos ao seu redor. No mano a mano, ninguém parava Iverson no auge. Os times de Kidd eram quase imbatíveis quando estava no auge da carreira. Ambos devem, sim, entrar para o HOF logo na primeira oportunidade.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Ao seu modo, cada um deles alcançou o mais alto grau de excelência na NBA. É possível que Kidd tenha sido o armador mais completo da história e isso fala por si só. Iverson desafiou os padrões da NBA do ponto de vista físico, técnico e cultural. Seu estilo de jogo torceu narizes, mas sua qualidade estava acima de qualquer suspeita e comandou um dos últimos bem sucedidos “exércitos de um homem só” da liga.

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Kaio Kleinhans: Verdadeiro. Ambos fizeram história na NBA, marcaram época. Kidd é um dos melhores armadores da história e o que fez com aquele New Jersey Nets no início da década passada foi absurdo. Já Iverson foi MVP e também carregou praticamente sozinho um time às finais da liga. Vai merecer, sim, essa nomeação.

Gustavo Freitas: Verdadeiro para Kidd, que sempre foi “queridinho” de imensa maioria. Sua liderança e números em quadra o fizeram um dos melhores armadores das últimas décadas. Terminou a carreira com um título, o que acaba ajudando a eleger. Iverson já será um caso mais complicado. Por mais que gostasse de seu estilo, ele sempre foi um jogador difícil e terminou sua carreira na NBA sem, efetivamente, uma conclusão.

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3. Você votaria pela introdução de Rasheed Wallace no Hall da Fama?

Gustavo Lima: Não. O recordista de faltas técnicas na NBA não merece ser eleito para o Hall da Fama. O motivo? Ele não foi um jogador tão talentoso assim para entrar no rol dos melhores.

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Luiz Fernando Teixeira: Sim, mas só depois de uns 20 anos de elegibilidade. Ele foi um bom jogador e peça-chave em um time campeão, mas vários outros também foram e não estão no Hall. Ainda assim, Wallace é um ícone que deve ser lembrado um dia, mesmo que por causa do excesso de faltas técnicas ou do clássico “Ball don’ lie!”.

Ricardo Stabolito Jr.: Não. Wallace foi muito bom jogador e conquistou um merecido título da NBA, mas simplesmente não está neste patamar de excelência. Simples assim.

Kaio Kleinhans: Não sei. Wallace foi um jogador espetacular, de quem gostava muito, mas não sei se votaria em sua entrada no Hall da Fama. Tenho grandes dúvidas. Vi muita gente melhor e mais impactante, para ser sincero.

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Gustavo Freitas: Não. Mas é uma situação estranha. Wallace era um ícone mais por sua imposição do que qualquer outra coisa. Tirando todas as “máscaras”, porém, ainda estava ali um excelente jogador – com técnica apuradíssima e muito talento. Sabe aquela sensação de que um cara poderia ter feito uma carreira melhor? É o que penso sobre Rasheed.

 

4. Tracy McGrady merece ser um HOF?

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Gustavo Lima: Não. Simples: McGrady não tem feitos suficientes para ser incluído no rol dos melhores de todos os tempos.

Luiz Fernando Teixeira: Sim. McGrady era uma máquina de fazer pontos. Ainda marcava bem e era um passador regular. Mas estava sempre no lugar errado, na hora errada. Foi pro Magic justo quando Hill se contundiu e teve que carregar um time horroroso. Chegou ao Rockets com o corpo de Yao Ming (e o seu próprio) começando a dar sinais de fraqueza. Vagueou pela liga, China e, quando tudo indicava que seria campeão pelo Spurs, Ray Allen empatou aquele jogo 6 e estragou a festa. Se não fosse o azar, ele seria lembrado com ainda mais respeito.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. McGrady foi um dos talentos mais sensacionais que assisti jogar. Talvez, o mais sensacional. Eu acredito que, por um curto período de tempo, ele foi o melhor jogador da NBA. Protagonizou o maior feito individual que vi como fã de basquete. Não foi um “vencedor”, mas nunca teve um elenco campeão – ou saudável – em mãos também. Poucos dizem isso. Se o Hall da Fama se vangloria de ser um rol dos melhores da história, eles precisarão passar por cima das obviedades e encontrar um lugar para “T-Mac”.

Kaio Kleinhans: Sim. McGrady foi um jogador fantástico e pensar nele é lembrar aquela famosa virada do Rockets contra o Spurs. Ele foi um dos melhores que vi na sua posição, sem dúvida alguma.

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Gustavo Freitas: Acho que sim. Por onde passou, McGrady foi um jogador espetacular. Até mesmo quando já não era mais o mesmo, as câmeras estavam voltadas para ele. Como Grant Hill, “T-Mac” teve a carreira prejudicada por lesões crônicas. Aquele jogo contra o Spurs, os 13 pontos em 35 segundos, jamais será esquecido.

 

5. Quem será o próximo futuro integrante do Hall da Fama a se aposentar?

Gustavo Lima: Escolha difícil… Tim Duncan, que, provavelmente, vai se aposentar ao final desta temporada. Outros três nomes fortes aqui são: Ray Allen, Steve Nash e Kevin Garnett, outros veteranos que merecem ser HOFs.

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Luiz Fernando Teixeira: Tim Duncan e Steve Nash. A temporada passada foi, provavelmente, o último suspiro de Duncan e acredito que deva se aposentar no ano que vem. Já Nash está jogando como se tivesse 40 anos – e ele tem. Já deu!

Ricardo Stabolito Jr.: Ray Allen. Com Steve Nash firme com a ideia de jogar até 2015, o ala-armador do Heat pode ser o próximo na fila da aposentadoria. É possível que ele não seja um caso de eleição no primeiro ano, mas, por suas marcas históricas como arremessador, vai ser inevitavelmente introduzido em algum momento.

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Kaio Kleinhans: Kevin Garnett. Ele deve jogar mais uma ou duas temporadas apenas e é um atleta que, com certeza, será introduzido no Hall da Fama em seu primeiro ano elegível.

Gustavo Freitas: Existem vários que podem se aposentar em breve, como Tim Duncan, Kevin Garnett e Kobe Bryant. Obviamente, os três merecem a honra pelo que fizeram em suas brilhantes carreiras. Mas acho que eles ainda vão segurar ao máximo o anúncio da aposentadoria, pois todos querem mais um título antes de parar.

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