Portland Trail Blazers
Temporada 2012-13: 33-49, 11º na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Terry Stotts
Gerente-geral: Neil Olshey
Destaques: LaMarcus Aldridge, Damian Lillard e Nicolas Batum
Elenco
#0- Damian Lillard, armador
#25- Mo Williams, armador
#3- C.J. McCollum, armador
#17- Earl Watson, armador
#2- Wesley Matthews, ala-armador
#5- Will Barton, ala-armador
#23- Allen Crabbe, ala-armador
#88- Nicolas Batum, ala
#1- Dorell Wright, ala
#18- Victor Claver, ala
#12- LaMarcus Aldridge, ala-pivô
#41- Thomas Robinson, ala-pivô
#19 – Joel Freeland, ala-pivô
#42- Robin Lopez, pivô
#11- Meyers Leonard, pivô
Quem chegou: Mo Williams, C.J. McCollum, Earl Watson, Allen Crabbe, Dorell Wright, Thomas Robinson e Robin Lopez
Quem saiu: Eric Maynor, Nolan Smith, Sasha Pavlovic, Luke Babbitt, Jared Jeffries e J.J. Hickson
O Blazers iniciou a temporada com um técnico novo, um armador novato como titular e baixas expectativas. Mas a equipe revelou-se uma boa surpresa: iniciou a campanha com 20 vitórias em 35 partidas e só não lutou por uma das últimas vagas nos playoffs até o fim do ano porque ter o pior banco de reservas da NBA cobrou seu preço dos (cansados) titulares na reta final. O time ganhou apenas sete dos 25 jogos decisivos.
Por isso, enquanto muitos davam mais atenção aos rumores sobre a saída do astro LaMarcus Aldridge, os dirigentes do Oregon entraram na offseason com a clara intenção de construir um banco de reservas que pudesse apoiar o (competente) quinteto titular. Uma olhada na lista de quem chegou e saiu do Blazers nos últimos meses comprova que a qualidade geral do elenco aumentou, assim como o leque de alternativas para o técnico Terry Stotts.
A única mudança entre os titulares foi a saída do agente livre J.J. Hickson e a chegada do pivô Robin Lopez. A “troca” acontece por um bom motivo: defesa no garrafão. Na última temporada regular, o time de Portland terminou como quem mais cedeu pontos e proporcionou o segundo maior aproveitamento na área pintada aos adversários na NBA. Lopez passa longe de ser uma unanimidade entre os torcedores, mas é conhecido por ser um bom defensor próximo à cesta.
A última temporada deu confiança ao Blazers de que, com um elenco melhor, dá para ser um dos oito melhores do Oeste. Percebe-se que o time trabalhou na offseason visando chegar lá em 2014.
O perímetro
Damian Lillard, Wesley Matthews e Nicolas Batum são os titulares do perímetro do Blazers. O primeiro, melhor novato da última temporada, tenta dar sequência ao sucesso inicial que vem fazendo na NBA. Já Matthews e Batum formam dupla de bons arremessadores e defensores. Obviamente, o entrosamento de um ano atuando juntos é um ponto positivo que o trio carrega para o início desta temporada. O que realmente muda é o banco.
Titular durante a maior parte da carreira, Mo Williams chega ao Blazers para assumir a função de sexto jogador e oferecer a experiência de um atleta que já foi finalista da liga com o Cavs. O novato C.J. McCollum também terá espaço na rotação, mas, contundido, não está à disposição de Stotts para os primeiros meses de campanha. Escolha de segunda rodada do time no draft de 2012, Will Barton deve ganhar novas chances com a lesão. Outro calouro, Allen Crabbe, é mais uma alternativa que o técnico pode testar.
A reserva de Batum pode ganhar contornos mais nebulosos. Dorell Wright, mais um defensor atlético com bom arremesso, foi contratado para ser a opção natural de reserva da posição e também pode atuar como ala-pivô em formações mais baixas. No entanto, o espanhol Victor Claver está há mais tempo na franquia e tudo indica que também vai ter algum espaço na rotação.
O garrafão
Não é mistério para ninguém que Robin Lopez e LaMarcus Aldridge serão os titulares do time no início da campanha. A capacidade defensiva e jogo centralizado no garrafão do pivô tende a ajudar o ala-pivô, que até foi criticado em alguns momentos da temporada passada por jogar longe demais da área pintada e ficar muito limitado aos arremessos de média distância. Com um atleta que “mora” no garrafão, ele poderá atuar mais desta maneira sem deixar a defesa comprometida.
Apesar da boa pré-temporada de Joel Freeland, a tendência é que os jogadores que saiam do banco de reservas para recompor sejam o pivô Meyers Leonard e o recém-contratado ala-pivô Thomas Robinson. Ambos foram escolhas TOP 10 no recrutamento do ano passado, mas não tiveram campanhas de destaque e precisam mostrar serviço. O primeiro é criticado por sua imaturidade e pouco empenho defensivo, enquanto o segundo acabou sendo trocado duas vezes em um ano de NBA e tentará um reinício em Portland.
Análise geral
O Blazers foi um dos times que entraram no mercado para se reforçar pontualmente, ciente das áreas em que precisava de melhorias. Contratou com critério, não fez loucuras e buscou as boas oportunidades que o período de agência livre ofereceu. A franquia acredita que sua base (Aldridge, Batum, Matthews, Lillard) tem fôlego para liderar a equipe rumo a uma vaga nos playoffs. E, na verdade, é provável que tenham razão.
Como ficou provado no ano passado, banco de reservas pode fazer a diferença. Geralmente, faz. E, agora, Portland tem um. Pode contornar lesões – que sempre surgem no decorrer da campanha –, poupar jogadores e variar formações. O trabalho de todos deve ficar mais fácil. Mas a vaga passa longe de ser uma garantia: o Oeste tem 12 equipes com chances de estar na pós-temporada.
O Blazers tem plenas condições de estar nos playoffs e, mais importante, parece realmente interessado na (às vezes, menosprezada) oitava vaga da conferência. Terá, porém, que lutar para chegar lá com times também qualificados.
Previsão: 8º lugar na conferência Oeste
