Miami Heat
2012-13: 66-16, 1° na conferência Leste
Playoffs: campeão, vencendo o San Antonio Spurs em sete jogos
Técnico: Erik Spoelstra
GM: Pat Riley (cinco temporadas, cinco classificações para os playoffs, três títulos de divisão, dois títulos de conferência, dois títulos da NBA)
Destaques: LeBron James, Dwyane Wade, Chris Bosh
Elenco
15- Mario Chalmers, armador
30- Norris Cole, armador
21- Roger Mason, armador
3- Dwyane Wade, ala-armador
34- Ray Allen, ala-armador
22- James Jones, ala-armador
6- LeBron James, ala
31- Shane Battier, ala
9- Rashard Lewis, ala
8- Michael Beasley, ala
1- Chris Bosh, ala-pivô
40- Udonis Haslem, ala-pivô
11- Chris Andersen, pivô
50- Joel Anthony, pivô
20- Greg Oden, pivô
Quem chegou: Roger Mason, Michael Beasley, Greg Oden
Quem saiu: Mike Miller, Juwan Howard, Josh Harrellson, Terrel Harris
Campeão nas últimas duas temporadas, o Miami Heat chega em busca do tri com a mesma base do título de 2012-13, além das adições do ala Michael Beasley, do ala-armador Roger Mason, e do pivô Greg Oden. E é nesta força do grupo em que o técnico Erik Spoelstra se apoia para seguir triunfando. LeBron James, dono de quatro prêmios MVP nos últimos cinco anos, fez outra vez a melhor temporada de sua carreira. Não por menos, o melhor jogador da atualidade ainda quer evoluir. Recentemente, James falou sobre melhorar o seu aproveitamento nos lances livres.
A única dúvida real é sobre a condição física de Dwyane Wade, que vez ou outra encontra-se no estaleiro por conta de constantes lesões no joelho. Wade, de 31 anos, teve queda de produção ofensiva nas últimas cinco temporadas, e isso acentuou-se com a chegada de Chris Bosh e James.
Ray Allen deveria ter uma estátua em frente ao ginásio só por conta daquele arremesso de três, que colocou o Heat nos trilhos para mais uma conquista. Allen, um dos melhores de todos os tempos nos arremessos de longa distância, está com 38 anos e esta parece ser a última temporada, já que seu contrato vai até o fim de 2013-14.
Aliás, esses contratos podem significar o fim de uma era na Flórida.
Nada menos que cinco jogadores, entre eles, James, Wade, e Bosh, possuem a opção em seus acordos em que podem deixar o Heat após esse ano. Acredita-se que LeBron esteja aguardando a evolução física do camisa 3 para permanecer. Caso contrário, boatos de que ele irá para Cleveland, ganham notoriedade.
O perímetro
Mario Chalmers, apesar de criticado, segue como o armador principal. Sendo bom ou não, Chalmers é o titular há várias temporadas e garante uma ótima defesa e com um grande aproveitamento no arremessador de três. Na última temporada, ele converteu 40.9% nos tiros de longa distância.
Há dez anos no Miami Heat, o astro Dwyane Wade é o sinal dos tempos. Wade jamais conseguiu atuar em todos 82 jogos de uma temporada regular, mas nos últimos dois anos, quando ficou de fora de 30 embates, essa situação parece estar se agravado. A contusão no joelho é crônica e isso o fez perder velocidade e explosão. Para um jogador que não possui a característica do arremesso de três, a situação começa a se agravar sensivelmente.
LeBron James é o nome a ser batido na NBA de hoje. Três vezes finalista nas últimas três temporadas com o Heat, James teve o seu melhor ano em aproveitamento de arremessos, de três pontos e nos rebotes em 2012-13, contrastando com Wade, que teve a pior performance de sua carreira desde a sua estreia na Liga.
As opções no banco são boas, começando por Ray Allen. O veterano é o jogador com o maior número de cestas de três pontos na história da NBA (2.857 conversões) e tem um aproveitamento de 40.1%. Allen, que já foi campeão no Boston Celtics, espera finalizar a carreira com mais um título.
Norris Cole é o reserva de Chalmers. Recentemente, ele teve seu nome envolvido em especulações para ser negociado. Cole é outro jogador com boa capacidade nos arremessos, mas que ainda precisa evoluir.
Defensivamente, o Heat tem em Shane Battier uma das principais referências. Aos 35 anos, o ala pouco aparece nas estatísticas, mas sua importância é inquestionável.
No elenco ainda estão James Jones e Roger Mason, ambos especialistas nos tiros de longa distância. Mason chega para o lugar do anistiado Mike Miller.
O garrafão
O que o garrafão do Miami Heat apanhou nas finais do Leste, não está escrito. Contra o Indiana Pacers, Chris Bosh, Chris Andersen, e Udonis Haslem, sofreram com as investidas pesadas de Roy Hibbert e David West. Por pouco o time da Flórida não fica pelo caminho.
Há anos existe a mesma reclamação: o Heat precisa de um armador confiável e um pivô que ocupe bem os espaços, sabendo produzir dos dois lados da quadra. A diretoria parou em Mario Chalmers na armação, enquanto Bosh se viu obrigado a atuar ainda mais próximo do garrafão. Haslem foi o titular ao seu lado no ano passado, mas para triunfar novamente, é preciso de algo a mais.
E pensando nisso, Pat Riley trouxe Greg Oden. Tudo bem, vamos partir do princípio que Oden não consegue manter-se saudável e não entra em quadra desde o dia 5 de dezembro de 2009. Já se vão quase quatro anos que a primeira escolha do draft de 2007 não joga. Talento, tem. Se puder contribuir, mesmo que por dez minutos, será um grande reforço.
Chris Andersen ressurgiu do nada e ajudou seus companheiros na fase de playoffs. Ótimo defensor, Andersen tem uma energia que parece não acabar nunca. Inocentado de um crime que praticamente o tirou do Denver Nuggets, o atleta é um dos favoritos dos fãs de Miami.
Joel Anthony é um bom defensor, sabe pegar alguns rebotes e nada além disso. Seu interminável contrato parece ser mais de gratidão do que de qualquer outra coisa. Detalhe: ele terá uma opção de $3.8 milhões de dólares em 2014-15. Alguém acha que ele vai testar o mercado?
Rashard Lewis é um veterano que tem uma ótima capacidade ofensiva, especialmente nos arremessos de três. Está em seu segundo ano de Heat.
Já Michael Beasley, pode atuar tanto como ala quanto ala-pivô. Segunda escolha do próprio Heat em 2008, Beasley é o caso típico de jogador que, por conta do comportamento fora de quadra, não tornou-se um astro. Agora, tenta a redenção em Miami, com menos tempo de quadra e mais responsabilidade. Ao menos, é o que se espera.
Análise geral
Outro título é o que se espera em 2013-14. Qualquer coisa que não seja o campeonato, será tratado como fracasso. A base do elenco é a mesma das últimas três finais, com poucas alterações no banco de reservas. Erik Spoelstra mostrou evolução desde a sua contratação como técnico e pode fazer do Miami Heat um time ainda melhor.
Com LeBron James, Dwyane Wade, e Chris Bosh, é certo que a equipe da Flórida busca a perfeição. O restante elenco foi melhorado e tecnicamente hoje é o melhor da NBA. Alguns podem incluir o Brooklyn Nets e o San Antonio Spurs nessa disputa, mas separados, os três jogadores citados seriam astros em qualquer outro time. Imagine os três juntos. Bem, não precisa. Já vimos o que deu certo e errado.
Na temporada passada o Heat bateu o Indiana Pacers na final do Leste e posteriormente superou o San Antonio Spurs. Nas duas séries houve um equilíbrio enorme, o que fez muito bem para a Liga. Apostar é meio que um tiro no escuro antes do início de 2013-14, mas esses são os três principais candidatos a terminar a temporada com o troféu. Vai depender de quem estará completo a partir de abril.
Previsão: 1° lugar na conferência Leste