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Tony Parker abriu mão de suas férias neste ano para exorcizar um dos últimos “fantasmas” de sua brilhante carreira. O armador respondeu ao chamado da seleção da França para a disputa do seu sétimo Eurobasket e tentar dar finalmente o primeiro título continental de basquete ao país. E, no talento e na insistência, conseguiu. Por isso, o triunfo na decisão contra a Lituânia (80 a 66), no último domingo, foi a realização de um sonho pessoal – e de toda uma nação.
“Essa conquista é muito emocionante, pois estávamos perseguindo isso há dez anos. Você vai perdendo e chegando cada vez mais próximo. Agora, nós fizemos história. O primeiro título é sempre o mais bonito”, afirmou o ídolo francês, que foi eleito o MVP da competição e formou o quinteto ideal do torneio ao lado de Goran Dragic (Eslovênia), Bojan Bogdanovic (Croácia), Linas Kleiza (Lituânia) e Marc Gasol (Espanha).
O técnico do San Antonio Spurs, Gregg Popovich, foi uma pessoa que acompanhou de perto a busca de mais de uma década de Parker pela glória com a camisa da seleção. Até por isso, ele fez questão de entrar em contato com o comandado ao término do Eurobasket. “Eu disse duas coisas a Tony. A primeira é que estava incrivelmente feliz por ele ter ajudado seu país a vencer um título. A segunda é que estava orgulhoso de seu desenvolvimento como jogador”, revelou.
É lógico que alcançar uma meta individual revigora qualquer atleta. Jogar mais onze jogos em nível internacional após quase 90 partidas na última temporada da NBA, porém, não ajuda a saúde física de um jogador de 31 anos. O armador sabe disso e já pensa nos reflexos do fato de ter abdicado das férias de 2013 em seu futuro com o time nacional francês.
“Honestamente, eu não sei se irei ao Mundial da Espanha. Fisicamente, tudo isso foi muito difícil para mim. Estou muito cansado. Foi uma longa temporada, então é complicado dizer agora se terei condições ou não de atuar no ano que vem. Tudo depende de como vou me sentir”, explicou o astro do Spurs, que já possuía três títulos de campeão da NBA e cinco convocações para o Jogo das Estrelas no currículo.
Com o campeonato inédito conquistado para a França, Parker já parece ter feito tudo o que podia pela seleção. É hora de aposentar e abrir espaço para os mais jovens, certo? Pense duas vezes. “Em 2015 e 2016, eu jogarei certamente. Já falei que continuo até as Olimpíadas”, avisou, planejando sua provável despedida com a camisa nacional no Rio de Janeiro.