Na próxima semana, a NBA completa dois meses de mercado reaberto. Os elencos já estão quase fechados para a reapresentação das equipes e o início dos treinos de pré-temporada. Quase. Ainda há atletas sendo contratados e, para quem está a fim de “garimpar”, tem gente disponível em condições de contribuir. O Jumper Brasil entrou de cabeça no fim das listas de agentes livres para encontrar quem podem ser os jogadores úteis em busca de uma vaguinha na liga.
Hoje, é dia de fecharmos a série com os pivôs. Dez atletas novamente, sendo que a turma de calouros de 2013-14 não conta. Todos têm lugar na NBA? Quase impossível. Se tivessem, já estariam contratados. Mas é possível que ainda haja quem valha a pena no meio desta última lista.
Lá vamos nós, uma última vez: pivôs.
1. Cole Aldrich
Aldrich mal conseguiu jogar em seus três primeiros anos na NBA, mas o motivo não é limitação técnica. Ele simplesmente não consegue permanecer em quadra por excesso de faltas. As 7.4 faltas cometidas a cada 48 minutos na última temporada foram a segunda maior marca da liga. Mas, quando tem tempo de quadra, o jovem faz o que sabe com competência: defende, pega rebotes e joga para a equipe. Aos 24 anos, ainda tem pernas e mentalidade para ser um bom role player entre os profissionais. Só precisa evitar as faltas.
Interesse? Realizou treinos recentes para Kings, Pistons e Knicks. Muito provável que assina com um dos três antes da pré-temporada.
2. Hamed Haddadi
As ótimas performances pela seleção iraniana sempre deram a pista de que Haddadi podia ser um pivô útil escondido no fim do banco do Grizzlies. No final da temporada passada, em curta passagem pelo Phoenix Suns, provou que pode jogar na NBA – mesmo que apenas minutos limitados. Pega rebotes, bloqueia arremessos e não é nulo ofensivamente. Acaba de dominar mais um Campeonato Asiático.
Interesse? Knicks e Pelicans seriam dois dos times que consideram sua contratação.
3. Earl Barron
Barron conseguiu cavar um lugar para si na NBA. Não para em um time, mas, ao menos, está no cenário da liga e consolidou seu nome. Pega rebotes, arremessa de média distância e não compromete na defesa. Não é algo absurdo pensar que possa ser sólida quarta opção de uma rotação de garrafão para uma franquia.
Interesse? Pacers, Pelicans, Sixers e (lógico) Knicks estariam interessados nos seus serviços.
4. Henry Sims
Sims é um sleeper. Era forte candidato ao prêmio de calouro do ano e ser selecionado para um dos quintetos ideais da última temporada da D-League quando aceitou oferta financeiramente irrecusável das Filipinas. Formado em Georgetown, o atleta de 23 anos tem recursos técnicos, não foge do jogo físico e exibe bons instintos nos dois lados da quadra. Mais cedo ou mais tarde, a NBA vai descobrir que ele tem espaço.
Interesse? Pode fazer parte do elenco de pré-temporada do Cavs.
5. Eddy Curry
Entra ano, sai ano e Curry continua sendo comentado. Ele era tido como “carta fora do baralho” em 2012, mas voltou do nada com uma surpreendente pré-temporada por Spurs/Mavs. Depois, “destruiu” a competição na Liga Chinesa: 23.0 pontos e 10.1 rebotes em 29.6 minutos por jogo. Todos querem seguir acreditando no veterano porque, apesar de tudo (falta de compromisso, excesso de peso, vida agitada fora de quadra), trata-se de um pivô muito bom.
Interesse? Quando retornou da China, ele recebeu vários contatos de times da NBA. Agora, o mercado esfriou.
6. Jason Collins
Collins é uma alternativa segura para fechar elencos que ganhou ainda mais simpatia ao redor da liga ao mostrar coragem para assumir ser homossexual. Você sabe exatamente o que está adquirindo quando o contrata: um bom defensor em minutos limitados que, com a experiência de 12 temporadas na NBA, sempre foi uma presença positiva no dia-a-dia.
Interesse? O Nets tem interesse declarado, mas já está com elenco cheio. Em caso de lesão de alguns dos pivôs, ele deve levar seus talentos para o Brooklyn.
7. Fab Melo
O Grizzlies anunciou a dispensa de Melo nesta sexta-feira. Ele tem potencial para ser muito útil protegendo o aro entre os profissionais. O brasileiro é alto, atlético, ágil e liderou a D-League em média de tocos na última temporada. Só que é difícil avaliar o impacto que pode ter na NBA quando só jogou 36 minutos pelo Celtics.
Interesse? É possível que já tenha um novo time no início da próxima semana.
8. Chris Wilcox
Wilcox já provou ser um jogador útil durante a carreira. Defende, faz o trabalho sujo e tem mais desenvoltura ofensiva do que muitos dos cones que jogam de pivô por aí. No pior dos dias, ele gasta seis faltas como vontade. No entanto, sua situação física preocupa franquias: acaba de fazer uma cirurgia no pulso e ficou afastado da temporada 2011-12 por problemas cardíacos.
Interesse? Times estão intimidados por todos os problemas com que ele ainda lida. Precisa provar estar recuperado e em melhor forma do que na temporada passada. Caso consiga, tem mercado.
9. Brian Butch
Eleito para o quinteto ideal da última temporada da D-League, Butch é o “pivô moderno” que equipes da NBA estão priorizando recentemente. É um bom reboteiro com a capacidade de sair do garrafão para arremessar até para três pontos. O atleta de 28 anos, porém, já teve algumas chances contra jogadores de NBA e nunca conseguiu chamar a atenção.
Interesse? Pelo andar da carruagem, é melhor se preparar para ser o melhor pivô da D-League mais uma vez.
10. Hilton Armstrong
Armstrong teve uma sofrível carreira de cinco anos na NBA entre 2006 e 2011. É o típico caso do jogador cujos “truques” que funcionavam no basquete universitário não dão certo contra os profissionais. Mas, desde então, o pivô emplacou ótimas temporadas na China e D-League. É um nome que, vira e mexe, ainda se vê em rumores por aí.
Interesse? Até agora, nada. E que continue assim.