Jumper Brasil discute – Analisando a offseason

No próximo domingo, a offseason entra em seu terceiro mês. Ou seja, os elencos estão quase fechados e a pré-temporada se aproxima. As contratações de grande porte já aconteceram. O que o mercado reservava de mais importante passou. Decisões importantes foram tomadas e, agora, o trabalho é refletir sobre tudo o que foi feito. No […]

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No próximo domingo, a offseason entra em seu terceiro mês. Ou seja, os elencos estão quase fechados e a pré-temporada se aproxima. As contratações de grande porte já aconteceram. O que o mercado reservava de mais importante passou. Decisões importantes foram tomadas e, agora, o trabalho é refletir sobre tudo o que foi feito. No fim das contas, quem fez o esperado? Quem surpreendeu? Quem ganhou problemas? E quem encontrou as soluções? Convidamos cinco integrantes da equipe do Jumper Brasil para analisar o que aconteceu nesses quase dois meses de mercado reaberto. Vamos lá!

 

1. Para você, qual foi a franquia que melhor trabalhou nesta offseason até o momento?

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Ricardo Stabolito Jr.: Portland Trail Blazers. O time tinha dois problemas evidentes (defesa de garrafão e falta de banco) e conseguiu contorná-los sem fazer loucuras. Não se desfez da base do elenco e fechou aquisições pontuais. Neil Olshey elevou o patamar de sua equipe fazendo o básico, sem tentar dar uma de “Professor Pardal”.

Gustavo Lima: Golden State Warriors. Trouxe Andre Iguodala por contratos expirantes e escolhas de draft. Tudo bem que perdeu Jarrett Jack e Carl Landry, mas agora Harrison Barnes assume como sexto homem. Além disso, a franquia também contratou Marreese Speights, Toney Douglas e Jermaine O’Neal para reforçar o banco. Menções honrosas a Portland Trail Blazers, Brooklyn Nets e Indiana Pacers.

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Luiz Fernando Teixeira: Warriors. Conseguiram manter a boa base do ano passado, incluindo os calouros promissores, adicionaram o ótimo Andre Iguodala e se livraram dos contratos horríveis de Richard Jefferson e Andris Biedrins. Agora, eles têm um elenco mais flexível para poder trabalhar durante os playoffs. Infelizmente, Jarrett Jack deixou o time, mas sua saída deve ser contrabalanceada por Iguodala e Toney Douglas.

Gustavo Freitas: Houston Rockets. O time contratou Dwight Howard, que vai melhorar o garrafão substancialmente. Ou ainda o Atlanta Hawks, que trouxe jogadores para as posições carentes e parece ter montado um bom elenco. Mas foi do New Orleans Pelicans quem mais me agradou: Tyreke Evans mostrou grande talento quando calouro, Jrue Holiday foi all star em 2013 e o banco de reservas melhorou muito. Tem chances reais de chegar aos playoffs.

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Vinicius Donato: Pensando no agora, Nets e Warriors. A equipe do Brooklyn conseguiu o trio de peso do Boston Celtics e Andrei Kirilenko, do Twolves. Já o time de Oakland fez uma ótima jogada ao trazer Iguodala por contratos expirantes altos. Pensando no futuro, o New Orleans Pelicans fez transações que podem torná-lo interessante nas próximas temporadas.

 

2. No outro extremo, que time se saiu pior neste período?

Ricardo Stabolito Jr.: Denver Nuggets. Havia algo errado lá, mas não era grande. Nenhuma equipe que conquiste 57 vitórias no Oeste está quebrada. Longe disso. O time precisava ser lapidado, mas se deixou desmontar sem reação. Perdeu técnico (George Karl), gerente-geral (Masai Ujiri), dois titulares (Iguodala e Kosta Koufos) e um dos principais reservas (Corey Brewer). Pior: é provável que não tenha trazido uma reposição imediata sequer a altura.

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Gustavo Lima: Los Angeles Lakers. Perdeu Dwight Howard, anistiou Metta World Peace e trouxe só jogadores medianos (o menos pior é Chris Kaman). O que mais preocupa no time são as alas. Vieram só Nick Young e Wesley Johnson – que, comprovadamente, não ajudam em quase nada.

Luiz Fernando Teixeira: Boston Celtics. Complicado cravar um só, porque várias trocas “ruins” são perdoáveis pelo – nunca oficial – tank, mas Boston parece estar na pior situação. Fizeram negociações que não deixaram a equipe ruim o bastante para brigar pelas últimas posições e nem bom o bastante para conseguir uma vaga nos playoffs. Se for para tankar, então chuta logo o balde.

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Gustavo Freitas: Utah Jazz. O time perdeu o garrafão titular e o principal armador, que serão substituídos por jogadores muito jovens – o que não quer dizer, necessariamente, talentosos. Entrou em modo de reconstrução total e não espero grandes coisas para o momento. Menção desonrosa ao Celtics, que ficará dependente demais de Rajon Rondo.

Vinicius Donato: Denver Nuggets, provavelmente. Trocou técnico, gerente-geral e perdeu Iguodala. Parece um time que não está pensando em reconstruir o elenco, mas também não mostra força para chegar longe com o grupo que tem.

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3. Qual foi a troca/contratação que mais te surpreendeu nesta offseason?

Ricardo Stabolito Jr.: Andre Iguodala no Warriors. A franquia de Oakland não tinha qualquer flexibilidade financeira para investir em agentes livres e, caso tivesse, todos apostariam que gastariam nas renovações de Jarrett Jack e Carl Landry. Às vezes, equipes fortes precisam “tirar da cartola” formas de melhorar. Foi isso que Golden State fez.

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Gustavo Lima: Jrue Holiday no New Orleans Pelicans. O Philadelphia 76ers “chutou o balde”, ligou o modo tank e trocou seu melhor jogador por um prospecto de draft (Nerlens Noel) e uma futura escolha de primeira rodada. A troca pode ser boa para o Sixers a longo prazo, mas é uma aposta arriscada. Já o Pelicans tem tudo para chegar aos playoffs na próxima temporada.

Luiz Fernando Teixeira: Iguodala no Warriors. Além de conseguirem o ala, livraram-se de Jefferson e Biedrins no mesmo dia. Ainda tinham espaço na folha para oferecer um contrato para Dwight Howard, na época.

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Gustavo Freitas: Monta Ellis no Dallas Mavericks e Andrew Bynum no Cleveland Cavaliers. O que mais atrai nos dois casos é que são incógnitas. Não se sabe o que Ellis poderá fazer em um time que já conta com Dirk Nowitzki como principal astro e cestinha. Já Bynum passou o ano inteiro fora de ação por conta de uma lesão no joelho. Menção honrosa à aposta do Nets nos três veteranos do Celtics (Paul Pierce, Kevin Garnett e Jason Terry) e Andrei Kirilenko. 

Vinicius Donato: A grande troca entre Nets e Celtics foi surpreendente. A quantidade de peças e os altos valores envolvidos não são fáceis de serem ajustados. Surpreendeu-me o tamanho da negociação e a velocidade com que tudo foi resolvido.

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4. Quem é o melhor agente livre ainda disponível no mercado?

Ricardo Stabolito Jr.: Drew Gooden. Ele praticamente não entrou em quadra na temporada passada não por questões técnicas, mas por estar fora dos planos do Bucks. O ala-pivô pode pontuar dentro e fora do garrafão, sempre foi parte importante das rotações por onde passou e possui vasta experiência sem ter uma idade tão avançada (31 anos). Tem totais condições de ajudar qualquer equipe da liga – inclusive, candidatos ao título.

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Gustavo Lima: James Johnson. Essa é difícil, mas acho que Johnson mesmo. Ele ainda pode ser útil a uma equipe que deseja mais defesa no perímetro.

Luiz Fernando Teixeira: Drew Gooden e Rodrigue Beaubois são os melhores que sobraram. O primeiro tem tudo para ser um ótimo reserva em um candidato ao título e está com apenas 31 anos. Já Beaubois teve a carreira atrapalhada por lesões, mas mostrou ser razoavelmente bom. Podem apontar Lamar Odom aqui, mas, sinceramente, não confio mais nele.

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Gustavo Freitas: Richard Hamilton. O veterano não é mais o mesmo e isso não é segredo para ninguém. No entanto, quando foi necessário, conseguiu mostrar que ainda é capaz de fazer bons jogos. Nas duas últimas partidas contra o Heat, nos playoffs, ele obteve 11 e 15 pontos, respectivamente. Com precisão nos arremessos de longa distância, pode ser muito útil em algum candidato ao título – desde que tenha tempo de quadra para contribuir.

Vinicius Donato: Drew Gooden. Nenhum nome vem à cabeça rapidamente, mas apostaria em Gooden. Claro que estou pensando no que jogou há algumas temporadas atrás.

 

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5. Aposta ousada: que jogador você acha que será trocado até o início da temporada?

Ricardo Stabolito Jr.: DeMar DeRozan. Estou tentando ser arrojado aqui. Masai Ujiri gosta de flexibilidade financeira para montar seus elencos e o ala-armador teve seu contrato renovado por valores consideráveis (US$38 milhões por quatro anos) em uma das últimas apostas da antiga gerência do Raptors. O time já tem muito dinheiro comprometido em salários até 2015, precisará pensar na renovação de Kyle Lowry em breve e possui um substituto em potencial para DeRozan em Terrence Ross, um dos grandes prospectos da franquia para o futuro.

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Gustavo Lima: Marcin Gortat. É só Alex Len se recuperar inteiramente da lesão no tornozelo e começar a treinar que o Phoenix Suns deve utilizar sua melhor moeda de troca. O time está em reconstrução e sabe que precisa negociar o pivô polonês.

Luiz Fernando Teixeira: Luol Deng. Com o crescimento de Jimmy Butler e a seleção de Tony Snell, o bom ala pode ser trocado pelo Bulls por um reforço para a posição dois. Seu contrato expirante pode atrair interesse. Aposta ousada: trocado com o Pelicans por Eric Gordon. Chicago ganha um cestinha e o Pelicans recebe um excelente defensor de perímetro.

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Gustavo Freitas: Greg Monroe. Prevendo que o Pistons vai tentar utilizar seus três jogadores com características de garrafão juntos, ele pode “rodar” cedo se as coisas derem errado. Josh Smith, contratado para jogar como ala, não tem um estilo de jogo tão refinado para atuar ali. Já Drummond é a aposta do futuro e, com alguns ajustes, pode ser um grande jogador. Trocando Monroe, o Pistons poderia buscar um ala ou ala-armador e fazer seu elenco efetivamente um dos mais fortes do Leste para os próximos anos.

Vinicius Donato: Omer Asik. Se for para fazer uma aposta apenas, acho que o pivô do Rockets é o nome mais provável. Danny Granger (Pacers) e Gortat (Suns) também são nomes que merecem atenção.

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