Poucas coisas poderiam surpreender mais a NBA na temporada 2011-12 do que o surgimento estelar de um jogador de origem asiática vindo da Universidade de Harvard. No entanto, a campanha seguinte ao aparecimento de Jeremy Lin e a ‘Linsanity’ parece ter trazido apenas desapontamentos para o armador do Houston Rockets.
“Eu fiquei tão obcecado em me tornar um grande jogador, tentando ser a ‘Linsanity’, ser esse fenômeno que tomou conta da NBA, que os treinadores perderam a confiança em mim”, desabafou Lin durante uma conferência que reuniu mais de 20 mil jovens na terra onde está a origem de sua família, Taiwan.
O armador confessou também que a mudança entre ser um coadjuvante no New York Knicks e um protagonista no Rockets pesou muito nas suas costas. “Eu estava pronto para revigorar toda a cidade de Houston. Eu deveria salvar o basquete de Houston”.
Jeremy Lin teve um desempenho ruim durante a última temporada regular. Apesar de começar os 82 jogos do Rockets antes dos playoffs como titular, ele alcançou médias de 13,4 pontos, 6,1 assistências e cometeu 2,9 erros de ataque.
Com o passar da temporada, as más atuações parecem ter minado a auto confiança do jogador. “Os fãs estavam fazendo brincadeiras sobre mim. Eu deveria ser alegre e livre, mas o que eu experimentei foi o contrário. Eu não tive alegria, eu não senti liberdade”, afirmou Lin.
Na pós-temporada, Lin contribuiu pouco para a equipe do Rockets. Por conta de uma contusão ele perdeu dois jogos da série contra o Oklahoma City Thunder e viu seus companheiros serem eliminados em seis jogos. Ele ainda tem dois anos para cumprir pelo seu contrato. Até o final do acordo ele deve ganhar cerca de 25 milhões de dólares.
Se por um lado o seu desempenho parece ter mexido com sua cabeça, o armador acredita que a religião pode trazê-lo de volta para o sucesso. Notadamente devoto do cristianismo, Lin também afirmou que ouvia mais a voz da ‘Linsanity’ do que a de Deus durante a última temporada. Ao lado de James Harden e Dwight Howard, ele terá mais uma chance de, com o apoio da fé ou não, mostrar um basquete de alto nível.