Boston Celtics (41-40) – 7º na conferência Leste
Time Base
Rajon Rondo
Avery Bradley
Paul Pierce
Brandon Bass
Kevin Garnett
Principais reservas
Jeff Green
Jason Terry
Courtney Lee
Jordan Crawford
Terrence Williams
Shavlik Randolph
Crhis Wilcox
Líderes
Pontos: Paul Pierce (18.6)
Rebotes: Kevin Garnett (7.8)
Assistências: Rajon Rondo (11.1)
Roubadas: Rajon Rondo (1.8)
Bloqueios: Kevin Garnett (0.9)
Agentes livres irrestritos: Terrence Williams e Chris Wilcox
Com a contusão de Rajon Rondo no dia 25 de janeiro, muitos esperavam que a temporada do Boston Celtics estivesse acabada. Àquela altura a equipe tinha um recorde de 20 vitórias e 23 derrotas e corria riscos de não se classificar para os playoffs, mas o cenário pessimista não se concretizou.
Mesmo sem um dos seus principais atletas, o Celtics conseguiu sete vitórias consecutivas logo após a contusão no joelho do armador. A campanha de 21 vitórias e 17 derrotas sem Rondo foi o suficiente para garantir o sétimo lugar na conferência Leste com alguma tranquilidade. No entanto, nos playoffs a equipe não foi páreo para Carmelo Anthony e o New York Knicks, que eliminou o Celtics em seis jogos.
Antes do início da temporada já não eram grandes as expectativas sobre a equipe, já que Paul Pierce e Kevin Garnett tinham um ano a mais nas costas. No entanto, o fato de terem levado a final da conferência Leste anterior a sete jogos contra o Miami Heat fazia acreditar que a dupla de veteranos mais o armador Rajon Rondo poderiam ainda ter mais uma sequencia vitoriosa.
Em sua última temporada como jogador do Celtics, Paul Pierce seguiu liderando o Boston Celtics em pontuação. O ala teve 18,6 pontos de média, além de um aproveitamento de 43,6% nos arremessos de quadra.
No entanto, o que impressionou mais no jogo de Paul Pierce nesta temporada foi como ele se portou durante a ausência de Rajon Rondo. Sem o armador, era ele quem mais conduzia a bola na equipe, puxando contra-ataques e ajudando a organizar as jogadas na quadra ofensiva, cumprindo um papel importante para garantir a vaga do Celtics nos playoffs.
Kevin Garnett também não decepcionou com médias de 14,8 pontos e 7,8 rebotes, mas foi exatamente no garrafão onde o Celtics encontrou mais dificuldades. Os adversários de Boston pegaram 4.3 rebotes a mais que Boston por jogo, a pior marca da NBA durante a temporada.
No final das contas, apesar da ausência de Rondo ter dado início a uma série de vitórias que garantiu o time nos playoffs, o Celtics precisava de seu principal armador se quisesse ir mais longe. O time mudou um pouco seu estilo de jogo, apostando mais em contra-ataques, mas os passes decisivos de Rondo seriam fundamentais para o jogo de meia-quadra da pós-temporada.
O que deu certo
Após ficar um ano parado por conta de uma cirurgia no coração, Jeff Green também se destacou, especialmente no final da temporada regular, criando a expectativa de que ao menos no futuro próximo ele possa carregar a responsabilidade de ser o principal pontuador do time.
No dia 18 de março, no jogo entre Miami Heat e Boston Celtics, Green alcançou a sua maior pontuação na temporada, com 43 pontos. A partir desta data até o final da temporada regular o ala teve uma média de 19,3 pontos, em 16 jogos disputados.
Apesar das estatísticas, ainda é difícil avaliar por quanto tempo ele consegue cumprir o papel de cestinha da equipe numa consistência diária, no entanto, os seus jogos finais da última campanha, incluindo uma média de 20,3 pontos nos playoffs, podem deixar o torcedor do Celtics com esperanças.
O que deu errado
O banco do Boston Celtics contribuiu pouco durante a temporada e Jason Terry representa bem o problema que a equipe teve nesse quesito. O armador veio do Dallas Mavericks para cumprir o papel de arremessador do perímetro decisivo que ele foi nos anos anteriores, inclusive na campanha do título recente da franquia do Texas.
Terry não correspondeu às expectativas, somando uma média de apenas 10,1 pontos por jogo na temporada regular, marcando a primeira vez desde a sua segunda tmeporada na NBA que ele ficou abaixo dos 15 pontos de média.
As contusões deixaram ainda mais escassas as opções de Doc Rivers no banco, fazendo a equipe ir atrás de jogadores como Jordan Crawford e Terrence Williams, que saiu de um clube na China para aumentar o número de jogadores à disposição em Boston.
Futuro
O que é possível garantir sobre o futuro do Celtics é que ele será muito diferente do que foi o seu passado recente. A franquia perdeu sua cara com a saída de Paul Pierce e agora busca uma nova identidade sob o comando de Brad Stevens. O treinador que teve sucesso na Universidade de Butler agora vê seus desafios crescerem exponencialmente à frente do Boston Cletics.
A tendência é que Rajon Rondo assuma definitivamente o papel principal dentro do elenco. Gerald Wallace, Kris Humphries e Keith Bogans não tem nem de perto o mesmo poder de decisão de Kevin Garnett e Paul Pierce. Sem as duas estrelas ao seu redor, os passes decisivos do armador vão ser ainda mais necessários.
Com a troca realizada com o Brooklyn Nets, o Celtics recebeu escolhas de primeira rodada nos drafts de 2014, 2016 e 2018, deixando ainda mais claro que Danny Ainge visa um futuro a longo prazo para a franquia. Por outro lado, o gerente-geral deve esperar resultados mais imediatos do ala-pivô Kelly Olynyk, selecionado na 13ª escolha do draft e que deve suprir a carência da equipe dentro do garrafão.
Se em 2012-13 as dúvidas em torna a classificação da equipe para os playoffs eram grandes, esse objetivo está ainda mais distante para a próxima temporada. Com um novo time sob o comando de um treinador inexperiente, pode ainda levar mais de um ano até que Boston reencontre o caminho da pós-temporada.