Ninguém falava em Victor Oladipo no início da temporada universitária. O ala-armador, filho de imigrantes nigerianos, não passava de um especialista defensivo no time da Universidade de Indiana. No entanto, tudo virou de cabeça para baixo em questão de meses. Com o estilo agressivo que sempre o marcou e um arremesso muito melhorado, o garoto passou a dividir atenções com Cody Zeller e levaram a equipe até as quartas de final do Torneio da NCAA.
Seu trabalho foi recompensado nesta quinta-feira, ao ser selecionado pelo Orlando Magic na segunda escolha do draft. “Para ser sincero, tudo isso é uma experiência maluca. Eu sonhei com esse dia por tanto tempo e ter chegado até aqui é um sentimento surreal. Estou ansioso para entrar em quadra e ajuda o Magic a vencer. Sou abençoado”, afirmou Oladipo, que não era considerado um dos 100 melhores atletas colegiais do país ao ser recrutado por Indiana.
O gerente-geral da franquia, Rob Hennigan, reconheceu que o espírito competitivo e reputação de trabalhador incansável pesaram na escolha do ala-armador. “Nós seguimos Victor de perto nesta temporada inteira e, quanto mais sabíamos sobre sua pessoa, mais o respeitávamos. O modo como aborda o basquete e a vida são ingredientes que servirão para construirmos uma base realmente forte pensando em nosso sucesso futuro”, analisou o dirigente.
O técnico Jacque Vaughn era um dos que queriam a escolha de Oladipo dentro da organização e não poderia ter ficado mais satisfeito com o resultado final. Para o ex-armador, ele é o tipo de profissional que engrandece um elenco jovem. “Minha impressão sobre ele era excelente e não mudou durante o processo. Sua paixão pelo jogo é algo especial. Para sermos uma boa equipe por muito tempo, nós precisamos de indivíduos como Victor em nosso vestiário”, elogiou.
O ala-armador de 21 anos sabe que nem todos ainda estão convencidos de que mereça ser o segundo escolhido do draft e está pronto para fazê-los mudar de opinião. “Tem, certamente, gente dizendo que não sabe se eu tenho qualidade para estar aqui. Fui subestimado minha vida inteira, então isso não é novidade. Estou agradecido, mas nunca satisfeito. Não há nada melhor do que provar que os outros estão errados”, finalizou.
