Nem Nerlens Noel, nem Alex Len. O Cleveland Cavaliers surpreendeu torcedores e analistas ao selecionar o ala-pivô Anthony Bennett com a primeira escolha do draft 2013. O atleta da Universidade de Nevada-Las Vegas se aproveitou da falta de um consenso sobre o melhor prospecto disponível para superar uma cirurgia no ombro esquerdo e tornar-se o primeiro canadense a ser escolhido como número 1.
“Eu estou tão surpreso quanto todos aqui. Não tinha a menor ideia de quem seria a primeira escolha e ouvi que estava tudo indefinido. Estou realmente surpreso, honrado por ter essa oportunidade e só tenho a agradecer a Deus por tudo”, disse o jogador de 20 anos, que, horas antes do draft, era considerado um dos prospectos que poderiam ser selecionados abaixo do que se imaginava.
O consenso entre especialistas era que o Cavs tinha feito um bom trabalho durante a semana “escondendo” quais seriam as suas intenções no recrutamento. Mas, na verdade, a estratégia não foi pensada. De acordo com o gerente-geral Chris Grant, a escolha de Bennett foi definida apenas horas antes do evento.
“Anthony sempre foi um jogador que esteve bem avaliado por nós durante o ano inteiro. E, no decorrer do processo, nós tivemos grandes discussões internamente. Na noite de quarta, fomos obrigados a cortar nossa lista para alguns atletas. E, na manhã de quinta, já parecia claro que o iríamos fazer”, lembrou o dirigente, sem revelar quem eram os outros atletas que estavam em consideração.
Com 2.03m, Bennett é considerado baixo para um ala-pivô profissional. O jovem convive com a avaliação pessimista em relação a sua estatura há muito tempo e se diz acostumado a provar que os críticos estão errados. “Diziam isso de mim no basquete colegial e universitário, mas sempre consegui fazer meu jogo. Tenho braços longos para me ajudar. Eu não presto atenção aos comentários que estou preso entre duas posições. Sou apenas um jogador de basquete”, afirmou o primeiro selecionado.
A direção de Cleveland teve muitas dúvidas para realizar sua escolha. No entanto, passada a tensão do momento, Grant não tem dúvidas de que a decisão foi certa. “Com sua condição atlética e inteligência dentro de quadra, compreensão do jogo e habilidades, ele realmente pode se tornar um grande jogador. Estou empolgado para que nossa equipe de desenvolvimento de atletas comece a trabalhar com Anthony”, finalizou o gerente-geral.