LeBron James chegou ao Miami Heat, em 2010, sob uma chuva de críticas e com um sonho de glória em mente. Três anos depois, o ala finalmente pode ver a imagem que existia apenas em sua cabeça se tornando real. Na noite desta quinta-feira, ele foi o destaque da vitória que deu o segundo título consecutivo à franquia da Flórida e teve o esforço recompensado com seu segundo prêmio de MVP das finais.
“A visão que tive quando cheguei aqui está se tornando realidade. Eu vim para cá para ganhar campeonatos e, ter conquistado dois seguidos, dois em três anos até agora, é o meu objetivo sendo alcançado. Tudo gira em torno disso. E inacreditável”, disse o astro do Heat, que deixou a quadra com 37 pontos, 12 rebotes e cinco bolas de longa distância convertidas em dez tentativas.
Os títulos e prêmios podem mudar a forma como LeBron se sente em relação a si mesmo, mas o próprio sabe que dificilmente fará com que seja menos criticado por algumas das decisões que tomou na carreira. Com o passar dos anos e as vitórias, porém, ele aprendeu a dar cada vez menos atenção a isso. “Não posso me preocupar com o que todos falam de mim. Sou LeBron James, da cidade de Akron (Ohio), e nem deveria estar aqui. Então, o que dizem sobre mim fora de quadra realmente não importa. Não tenho preocupações. Sou abençoado”, afirmou.
A grande atuação do ala no sétimo jogo contra o San Antonio Spurs foi motivo de elogios por parte dos adversários também. O veterano Tim Duncan, por exemplo, exaltou a forma como o MVP da temporada regular tornou o trabalho da marcação texana quase impossível. “Ele foi inacreditável. Converteu os arremessos e fez com que mudássemos nossa defesa lance após lance. Nós simplesmente não encontramos um modo de pará-lo”, admitiu o ala-pivô.
Aos 28 anos, LeBron conquistou quase tudo que um jogador poderia querer. Tem dois títulos da NBA, dois troféus de MVP das finais, quatro prêmios de MVP da temporada, duas medalhas de ouro olímpicas, nove convocações para o Jogo das Estrelas, sete seleções para o quinteto ideal da liga e por aí vai. Ele poderia parar de jogar amanhã e seria eleito para o Hall da Fama da modalidade assim que fosse elegível. Então, o que o motivará a voltar dentro de alguns meses e fazer tudo mais uma vez? “Eu quero ser, se não o melhor, um dos melhores da história do basquete”, explicou, sem rodeios.