Phoenix Suns (25-57) – 15º na conferência Oeste
Time base
Goran Dragic
Jared Dudley
P.J. Tucker
Luis Scola
Marcin Gortat
Reservas
Kendall Marshall
Shannon Brown
Wesley Johnson
Michael Beasley
Marcus Morris
Markieff Morris
Jermaine O’Neal
Hamed Haddadi
Líderes
Pontos: Goran Dragic (14.7)
Rebotes: Marcin Gortat (8.5)
Assistências: Goran Dragic (7.4)
Roubadas: Goran Dragic (1.6)
Bloqueios: Marcin Gortat (1.6)
Agentes livres irrestritos: Jermaine O’Neal (liberado), Wesley Johnson (liberado)
Agentes livres (player option ou qualifying offer): Hamed Haddadi (liberado), P.J. Tucker (permanece no time)
Pela terceira temporada seguida, o Phoenix Suns não conseguiu a classificação para os playoffs. O time do Arizona iniciou a temporada sem os veteranos Steve Nash e Grant Hill, dando continuidade ao processo de reconstrução do elenco. Além da dupla de “velhinhos”, o Suns trocou o pivô Robin Lopez e o ala-pivô Hakim Warrick e anistiou o ala Josh Childress. Por causa de um problema cardíaco, a equipe não contou com o ala-pivô Channing Frye por toda a temporada.
Para reforçar o time, a direção da franquia de Phoenix trouxe de voltar o armador esloveno Goran Dragic, contratou os veteranos Luis Scola e Jermaine O’Neal, o desconhecido P.J. Tucker e assinou com o problemático Michael Beasley. O então GM, Lance Blanks, teve a coragem de dar um contrato de 18 milhões de dólares/três temporadas a Beasley. Além disso, o ala Wes Johnson chegou ao Suns na troca tripla que envolveu as saídas de Lopez e Warrick para o New Orleans Pelicans (na época, ainda era Hornets). No draft de 2012, o time de Phoenix selecionou o armador Kendall Marshall, da Universidade de North Carolina.
A temporada começou e, com ela, vieram os maus resultados. Nada de anormal, já que ninguém em sã consciência pensava que o time menos atlético da Liga iria disputar uma vaga nos playoffs. Por causa das sucessivas derrotas, o técnico Alvin Gentry foi demitido, depois de quatro anos à frente da equipe. Com apenas 13 vitórias em 41 jogos, o Suns tinha o seu pior início de temporadas em 28 anos.
Quando muita gente achava que um dos assistentes (Dan Majerle ou Elston Turner) iria assumir o cargo, a direção do Suns surpreendeu ao anunciar que Lindsey Hunter, então Coordenador de Desenvolvimento de Jogadores, comandaria o time interinamente até o final da temporada. Obviamente, Majerle e Turner pediram o boné e deixaram a franquia.
A mudança de treinador não adiantou muita coisa. O Suns continuava sendo um saco de pancadas na conferência Oeste. Em fevereiro, a equipe ainda trouxe o jovem ala Marcus Morris, do Houston Rockets, em troca de uma escolha de segunda rodada. O time do Arizona reviveu a parceria entre os irmãos gêmeos Markieff e Marcus, que formavam uma ótima dupla na Universidade de Kansas, Outra negociação finalizada em fevereiro foi a troca com o Toronto Raptors: vai o armador Sebastian Telfair e vem o pivô iraniano Hamed Haddadi e uma escolha de segunda rodada.
O Suns fechou a temporada de forma melancólica, com uma campanha de 25 vitórias e 57 derrotas. E pensar que, em 2010, o time de Phoenix havia chegado à final do Oeste. O mau planejamento puniu a franquia. Contratar Beasley? Renovar com Telfair e limar os minutos do calouro Marshall? E teve mais. Para que contrataram Scola? Nada contra o argentino, mas a chegada dele prejudicou o desenvolvimento do jovem Markieff Morris. Scola seria um bom reforço em outra ocasião. A direção do Suns acreditou que a chegada de Scola iria fazer com que o time almejasse a pós-temporada. Pior, ela acreditou em Beasley. A bola pune.
O que deu certo
Praticamente nada. Menção honrosa ao ala P.J. Tucker. De ilustre desconhecido, ele caiu nas graças da torcida por atuar sempre com “sangue nos olhos”. Provou, em quadra, ser o melhor defensor da equipe. E por um salário inferior a um milhão de dólares por temporada.
O que deu errado
Michael Beasley. A direção do Suns acreditou na recuperação do problemático ala e aceitou pagar $18 milhões de dólares por um contrato de três anos. Beasley tem muito talento, mas seu cérebro é do tamanho de uma azeitona. Em sua passagem pelo time de Phoenix, ele já coleciona uma acusação de estupro, uma detenção por dirigir em alta velocidade e com a habilitação vencida, além, é claro, de mais uma prisão por posse de maconha. Em quadra, seu desempenho foi fraquinho: 10.1 pontos, 3.8 rebotes e 40.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra, em 20.7 minutos por jogo. As quatro médias foram as piores de sua carreira profissional.
Futuro
Apesar da franquia nunca ter conquistado um anel de campeão da NBA, a torcida do Suns não está acostumada com temporadas medíocres como foi a última. Foram 19 participações em playoffs (incluindo seis finais de conferência e uma decisão da Liga), nos últimos 25 anos.
O torcedor do time de Phoenix tem que se contentar com a ideia de que vai demorar a ver um Suns competitivo novamente. Com o time reconstruindo seu elenco, não é do dia para a noite que os resultados irão aparecer. Nesta offseason, a franquia deu mostras que, desta vez, o rebuild será bem conduzido. Lance Blanks foi demitido, Lindsey Hunter não foi efetivado, Wes Johnson não permaneceu na equipe.
Um dos poucos acertos da direção da franquia nos últimos anos foi a contratação de Ryan McDonough para o cargo de gerente-geral. Ele é considerado um dos melhores nomes entre os jovens executivos da Liga. Foi a sua capacidade de identificar jovens talentos que trouxe para o Boston Celtics nomes como Rajon Rondo e Avery Bradley.
Logo no início de trabalho de McDonough, o Suns anunciou Jeff Hornacek, ex-jogador da equipe e que estava trabalhando como assistente técnico no Utah Jazz, como novo comandante do time. O contrato dele com a franquia é válido por três anos, com o Suns tendo a opção de estende-lo por mais uma temporada.
A equipe do Arizona foi muito bem no draft ao selecionar o pivô ucraniano Alex Len e o ala-armador Archie Goodwin, na primeira rodada do recrutamento. Além disso, o Suns está fechando boas negociações neste período de intertemporada. A primeira delas foi a troca tripla tripla com Los Angeles Clippers e Milwaukee Bucks. O Suns abriu mão do ala Jared Dudley e de uma escolha de segunda rodada, e trouxe o armador Eric Bledsoe e o veterano Caron Butler. Bledsoe tem muito talento e chega para ser uma peça importante do futuro da franquia. Já Butler foi envolvido na troca por causa de seu atrativo contrato expirante de 8 milhões de dólares.
A segunda troca fechada até o momento foi a que envolveu a ida de Luis Scola para o Indiana Pacers. Em contrapartida, o time de Phoenix recebeu uma escolha de primeira rodada do draft de 2014, o ala Gerald Green, que vai trazer atleticismo ao perímetro da equipe, e o jovem ala-pivô Miles Plumlee, que não deverá ter muitos minutos em quadra. Com a saída de Scola, Markieff Morris deverá ser o titular e ganhar mais tempo de quadra. Além disso, o Suns agora tem duas escolhas de primeira rodada garantidas no recrutamento do ano que vem. É fundamental para uma franquia em reconstrução acumular picks, principalmente de primeira rodada.
Outra notícia que deve animar a torcida do Suns é sobre a provável dispensa de Michael Beasley, detido pela enésima vez com maconha. O ala possui contrato até junho de 2015 e 9 milhões de dólares garantidos. Mas caso a franquia dispense o jogador até o fim do mês, a quantia a ser paga pode ser dividida em sua folha salarial pelas próximas cinco temporadas (1.8 milhão de dólares anual até 2018).
Enfim, o Suns novamente deverá ficar de fora dos playoffs. No entanto, desta vez o planejamento da direção da franquia inspira confiança. O time montado para 2013/2014 é jovem e a temporada vai servir para o técnico Jeff Hornacek avaliar quem tem condições de seguir no elenco para os próximos anos. Com a provável campanha ruim, o Suns terá mais chances de se dar bem na loteria do próximo draft. E o time ainda tem boas moedas de troca, como Marcin Gortat e Caron Butler, que têm contratos expirantes. A expectativa é que o time de Phoenix volte a figurar entre as principais forças do Oeste daqui a dois, três anos. O fato é que a franquia está em boas mãos com Ryan McDonough.