O sonho da cidade de Seattle voltar a ter uma equipe na NBA está muito próximo do fim. Em decisão surpreendente, o comitê de realocações da liga recomendou, de forma unânime, a permanência da franquia Kings em Sacramento, na tarde dessa segunda-feira. O conselho é composto por 12 donos de times e, agora, os outros 17 mandatários deverão também votar contra a mudança de sede na próxima reunião do comitê dos diretores, no dia 13 de maio, quando uma decisão definitiva vai ser tomada.
A recomendação é uma vitória em especial para o prefeito de Sacramento, Kevin Johnson. Nos últimos três meses, o ex-jogador iniciou uma verdadeira cruzada para evitar a venda do Kings para um grupo de investidores de Seattle. No curto período, ele conseguiu reunir empresários para construir uma proposta competitiva pela organização (liderado por Vivek Ranadive, um dos donos minoritários do Golden State Warriors) e aprovar o projeto de uma nova arena na cidade, que ficará pronta até 2017.
“Nós não vamos comemorar antes do tempo, mas nunca estive mais orgulhoso dessa cidade. Gostaria de agradecer nosso grupo de investidores, líderes locais e aos melhores fãs da NBA”, declarou Johnson, em tom de vitória, ao saber da decisão. O prefeito ainda afirmou que Seattle merece uma equipe na liga tão cedo possível.
O dilema agora passa a estar nas mãos dos atuais donos da franquia, os irmãos Maloof. Eles apoiaram abertamente a aprovação da ida do time para Seattle e há rumores de que possuem divergências com alguns dos integrantes do grupo de Sacramento. No entanto, com o provável veto da realocação, a tendência é que se vejam obrigados a negociar com os investidores da capital da Califórnia.
O comissário da NBA, David Stern, admitiu surpresa com o caráter unânime da recomendação e acredita que o histórico de Sacramento, na liga desde 1985, pesou na decisão. “A proposta de Seattle foi muito forte, mas é preciso dar certo benefício a uma cidade que nos apoia por tanto tempo e tem se esforçado para a construção de um novo ginásio”, afirmou.