Por Eduardo Ferreira
Hoje cedo acordei normalmente para mais um dia de trabalho. Tudo estava dentro do normal até que, já no trabalho, um colega me flagrou olhando os boxes scores da rodada anterior e puxou assunto me contando que havia visto jogos do Wilt Chamberlain e Karren Abdul Jabbar.
Não deu outra: cada um com as suas histórias e o papo nostálgico estava tomando forma. Dei-me conta então de quão antigo sou, pois comecei a assistir NBA em 1989 na Rede Bandeirantes, vendo jogos esporádicos nas sextas feiras à noite. Comecei a entender realmente como a coisa funcionava em 1992, quando assisti minha primeira final de NBA. Na ocasião tive o prazer de ver a série entre Chicago Bulls de Michael Jordan contra o Phoenix Suns de Charles Barkley em uma TV preto e branco de cinco polegadas. Foi o que bastou para me fidelizar como torcedor do Bulls até hoje, mesmo passando pela péssima fase “pós Jordan”.
O papo em si foi demais. Lembramos de coisas que hoje em dia pouco se fala. Comentamos dos “Bad Boys de Detroit”, a geniosidade e o carisma de Magic Johnson, a boa e velha tradição do Celtics comandados por Larry Bird e Robert Parish e é claro o início da carreira do maior jogador de todos os tempos; Michael Jordan.
Vendo NBA hoje, nota-se um abismo de diferenças: egos inflados, atletas que além de jogadores são super estrelas fora das quadras, as equipes bilionárias e todo o glamour em torno da liga, um jogo extremamente físico e atlético, entre inúmeras outras diferenças. Não cito isso como algo ruim, muito pelo contrário, sou apaixonado por cada detalhe dentro e fora das quadras da NBA e jamais vou querer comparar uma fase com a outra, pois ambas foram e são deliciosas de se assistir. Afinal, os anos passam e precisamos nos adaptar aos novos tempos. E, no fim das contas, estamos tratando de uma paixão maior: o basquete.