Por Henrique Lima
Finalizando a análise que iniciei nesta terça-feira e continuei na quinta, vamos falar sobre mais alguns movimentos que foram concretizados nos últimos.
– O New Orleans Hornets recrutou Anthony Davis no draft 2012, mas não parou por aí. Adicionou Ryan Anderson (que analisamos anteriormente) e Robin Lopez, pivô que veio do Suns. Além de Davis, Austin Rivers – filho do técnico Doc Rivers (Boston Celtics) – fará sua estreia na liga profissional norte americana. Outro reforço considerável vai ser Eric Gordon, que sofreu grave lesão na temporada passada e atuou em poucos jogos. O ala-armador é esperança de pontos e boa presença ofensiva para a franquia.
– A Era Dwight Howard acabou em Orlando com um vice-campeonato e muita bagunça na saída. O Magic mandou embora de uma vez o gerente-geral Otis Smith, o técnico Stan van Gundy e a estrela da companhia. É evidente que o elenco vai perder força e sabe Deus o que fará o novo treinador, o ex-armador Jacque Vaughn. Terá algumas partes daquele elenco finalista, como Jameer Nelson e Hedo Turkoglu, mas um garrafão sem presença ofensiva ou defensiva confiável com os recém-adquiridos Gustavo Ayon, Nikola Vucevic, Al Harrigton e Josh McRoberts. O bom marcador Aaron Afflalo chega para o lugar de Jason Richardson. Ainda assim, parece muito pouco e a temporada tem tudo para ser longa e dolorosa para Orlando.
– Goran Dragic, Wes Johnson, Michael Beasley, Luis Scola e Jermaine O´Neal. Um quinteto inteiro chegou ao Phoenix Suns para a era pós-Steve Nash. No entanto, mesmo com estes reforços, as ambições passam longe do candidato ao título de meados dos anos 2000. Para Beasley e Johnson, que vieram do Wolves, a ideia é tentarem “explodir” – pois, até hoje, são apenas promessas. Scola está nos dias finais da carreira como atleta de elite, enquanto O’Neal passou do seu auge há tempos. Dragic parece que se firmará como o novo armador titular. De toda forma, não tendem a ser dias fáceis para o Suns.
– Outra franquia mutilada é o Portland Trail Blazers. A saída de nomes como Jamal Crawford e Raymond Felton deixou o elenco vazio na armação. Agora, conta apenas com LaMarcus Aldridge, Wesley Matthews e Nicolas Batum como referências das últimas temporadas. Fora isso, uma leva de novatos que deverão ser a aposta da equipe. Nomes como Damian Lillard e Meyers Leonard vão se juntar ao espanhol Victor Claver e ao inglês Joel Freeland para tentar fazer vingar uma campanha que tem tudo para ser a pior dos últimos anos para o Blazers.
– Aaron Brooks e James Johnson são os parcos reforços entre os veteranos que chegaram ao Kings. A bagunça, marca registrada das últimas temporadas de Sacramento, deverá persistir. Thomas Robinson, recrutado pelo time, poderá dar mais força ao garrafão. De toda forma, é improvável que a equipe melhore drasticamente. O elenco é cheio de atletas limitados e alguns dos melhores nomes (Tyreke Evans está completamente perdido) perdem valor de mercado por não se adaptar ao sistema e aos novos companheiros.
– O Toronto Raptors terá uma linha com Kyle Lowry, Landry Fields e o talento lituano Jonas Valanciunas. Este trio pode melhorar muito a vida do time canadense, que ainda conta com o bom trabalho de Jose Calderon, DeMar DeRozan e Andrea Bargnani. É pouco para sonhar com voos mais altos, mas, para fazer um papel digno, talvez seja o suficiente. No momento, o Raptors está mais do que satisfeito em não ser saco de pancada.
– Utah Jazz se moveu para reforçar duas posições carentes do elenco – a armação e ala. Os armadores Mo Williams (que retorna ao Jazz vários anos após atuar em Salt Lake City há quase uma década) e Randy Foye (que realizou uma boa campanha com o Clippers) poderão ajudar a equipe a melhorar o desempenho lastimável da armação comandada pelo mediano Devin Harris em 2011-12. Marvin Williams, eterna promessa do Hawks, também chega como reforço para lateral. Com um garrafão poderoso, o Jazz pode sonhar em ir aos playoffs mais uma vez, mas, a partir daí, as chances são remotas.
– Nenê Hilário foi trocado na última temporada para a capital dos EUA e o Wizards não parou no seu nome como reforço. Neste verão, Emeka Okafor e Trevor Ariza, dois veteranos ainda úteis, desembarcaram em Washington para ajudar o projeto em torno de John Wall. Bradley Beal foi recrutado com a promessa de ser o ala-armador que completará com competência o jogo de Wall. No mais, a limpa do elenco terminou com as saídas de Rashard Lewis (Miami), Andray Blatche (anistiado), Brian Cook e Mo Evans (ambos não renovaram). Nesta última semana, ainda conseguiu fechar contrato com Martell Webster – que vive em torno de lesões, mas, saudável pode cooperar.
– Atual vice-campeão da liga, Oklahoma City Thunder não teve nenhuma mudança significativa no elenco, assim como o San Antonio Spurs.
Estes foram os principais movimentos da NBA no verão. Esqueci de algum? Deixe na caixinha seu comentário para discutirmos.
Esta é a minha leitura de jogo, qual é a sua?