Seguindo a análise que iniciei nesta terça-feira, vamos falar sobre outros movimentos que foram fechados durante o verão norte-americano.
– Jason Richardson irá para Phidelphia, ainda na troca que levou Dwight Howard para o Lakers. O veterano saltador não tem mais a forma do passado e isso o limitou bastante, uma vez que o drible nunca foi o forte de seu jogo. Ainda assim, para completar o elenco, é uma peça interessante.
– O atual Most Improved Player (MIP, atleta de maior evolução), Ryan Anderson, assinou com o New Orleans Hornets e deverá levar para o time o seu bom arremesso de três pontos. Fora isso, é um atleta com problemas na marcação, mas que ainda tem utilidade por abrir as defesas.
– Jamal Crawford vai atuar em Los Angeles, no Clippers. O veterano pontuador conseguirá ser útil ao lado de Billups, Chris Paul, fazendo uma dupla (seja com quem for) de boa qualidade. O único ponto a se pensar em seu jogo é a seleção de chutes, que nunca foi sensata. Lamar Odom retorna à equipe em que começou a carreira profissional após a temporada horrorosa em Dallas.
– Raymond Felton, Jason Kidd, Marcus Camby, Pablo Prigioni e Kurt Thomas são os nomes que farão parte do Knicks nesta temporada. Apostando em alguns veteranos longe do auge – o caso dos últimos quatro nomes acima – os nova-iorquinos deverão ter mais tranqüilidade e paciência em quadra, algo que em vários momentos faltou na temporada anterior. Camby e Thomas ajudam o garrafão defensivo, que ficou a cargo somente de Tyson Chandler (um bom pivô defensivo, mas que, sozinho, não faz milagre).
– Ramon Sessions e Ben Gordon irão reforçar o Bobcats. O primeiro é um armador razoável que não consegue criar vinculo em nenhuma franquia, pipocando de lá pra cá em toda temporada. Gordon parece que esqueceu o basquetebol em algum lugar do vestiário e nunca mais o achou. Difícil pensar que o basquetebol voltará em um time tão ruim quanto Charlotte.
– Kirk Hinrich retorna ao Bulls para ajudar a suprir a falta de Derrick Rose, lesionado e que tem previsão de retorno para 2013. Conhecido por sua boa defesa individual e comando de ataque, ele não conseguiu tanto destaque depois que saiu de Chicago. Uma peça boa para ter no elenco.
– C.J. Miles, eterna promessa do Utah Jazz (25 anos e sete temporadas), terá de provar que pode jogar em alto nível em uma equipe que não tem laterais competentes para o início da temporada. O israelense Omri Casspi é um ala com problemas na seleção de chutes, visão de jogo, drible e defesa – sendo facilmente marcado se não tiver a opção do arremesso. Se CJ não “vingar” neste Cavs, precisa repensar a vida dentro da NBA. Pode ser sua última oportunidade em uma franquia da liga.
– Dallas refez praticamente todo time. Darren Collison, OJ Mayo, Elton Brand e Chris Kaman chegam para ajudar a Dirk Nowitzki, Vince Carter, Shawn Marion e outros a recuperarem o título perdido. De certa forma, as contratações motivam a pensar que Dallas pode surpreender: ganha uma armação mais nova, o garrafão terá um bom pivô (Chris Kaman) para suprir a monstruosa falta que Tyson Chandler fez no pós-título e Elton Brand também chega para trazer pontos próximos do aro por alguns minutos.
– Pesa contra Andrew Bogut as questões relacionadas ao físico. Se conseguir terminar a temporada em quadra, o Warriors ganha um pivô após longos anos sem ter alguém de confiança na posição. Jarrett Jack e Brandon Rush (que retorna ao time) vão formar a dupla reserva da armação – com ponto especial para o armador, que, pelos problemas de Stephen Curry (tornozelo), poderá iniciar alguns jogos. O elenco desta temporada promete algum barulho, porém confiar em atletas com tantos problemas de lesão é algo questionável.
– Houston mudou bastante em alguns setores. Na armação, Jeremy Lin, sensação da ultima temporada, chega ao Texas para comandar o ataque. Com ele, chega Toney Douglas, um pontuador mediano. O restante do time é composto por jovens, que terão de correr bastante para provar valor.
– A principal alteração no Pacers se deu na armação, com a saída de Darren Collison (Dallas) e a chegada de DJ Augustin, ex-Bobcats. Outro reforço é o pivô Ian Mahimi, que chega para compor elenco e ser uma opção ao titular, Roy Hibbert. Em sua quinta temporada, Augustin deverá concorrer com George Hill pela posição de titular. De toda forma, o Pacers está razoavelmente servido na armação. Nenhum dos dois são talentos excepcionais, mas também não deixam a desejar e fazem o serviço com qualidade. Gerald Green, após renascer no Nets, terá chance de demonstrar seu amadurecimento.
– Jarryd Bayless e Wayne Ellington chegam para suprir à saída de OJ Mayo de Memphis. O primeiro fez boa temporada em Toronto e pode ser uma surpresa. O segundo é um chutador irregular que terá de melhorar se quiser ser aproveitado por mais tempo.
– Samuel Dalembert é o grande reforço da temporada do Milwaukee Bucks. O veterano pivô haitiano, que tem na defesa o grande valor de seu jogo, irá suprir a saída de Bogut. O resto do elenco é o mesmo que terminou a última temporada – com a saída de Carlos Delfino, que não renovou com a equipe.
– A dupla russsa, Andrei Kirilenko e Alexey Shved, tem a missão de colocar o Wolves nos playoffs pela primeira vez em várias temporadas. AK tem tudo para fazer uma boa temporada, pois jogará para Rick Adelman, um grande treinador com um sistema ofensivo de ponta. Brandon Roy foi uma surpresa da lista de contratações e, se estiver apto para atuar, deverá cooperar mesmo que com minutos contados.
Na terceira e última parte deste artigo, que será postada neste sábado, continuarei fazendo comentários sobre outros movimentos das franquias. Então, aguardem e deixem suas opiniões na caixinha. Por ora, essa é a minha leitura de jogo.
