Poucas pessoas podem dizer a Victor Wembanyama o que significa ser um pivô na NBA com mais propriedade do que Shaquille O’Neal. O veterano, afinal, é um dos jogadores mais dominantes da história da liga. Então, todo mundo já deve imaginar que ele se vê como um bom mentor para o jovem, né? A própria lenda admite que não é bem assim.
“Victor é uma categoria de jogador bem diferente da minha. Ele pode dominar jogos no garrafão, mas também pode pontuar longe da cesta e arremessar de longa distância. É um tipo de talento bem único e, por isso, não sei se a minha mentoria seria o caminho. Na verdade, acho que não teria como ajudá-lo”, disse o membro do Hall da Fama.
As palavras de Shaquille O’Neal sobre Victor Wembanyama, a princípio, chegam a surpreender. O ex-jogador, antes de tudo, ficou conhecido pela postura muito crítica com os pivôs atuais e atletas mais jovens em geral. Além disso, é raro vê-lo ter uma opinião que, de alguma forma, “desmerece” a sua qualidade como jogador.
“Eu fiquei sabendo que, no último verão, ele foi treinar com Hakeem Olajuwon. Foi a coisa certa. Digamos que houvesse universidades de pivôs. Ele não viria para a minha instituição, pois não tenho currículo para lidar com alguém tão versátil. Ele iria para a escola de Hakeem porque é alguém que pode ajudá-lo”, reconheceu o ícone da NBA.
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Mudança de visão
Mas vale lembrar que nem sempre O’Neal teve uma opinião lá tão positiva e empolgada sobre Wembanyama. Há alguns anos, por exemplo, o ídolo defendeu que o francês não poderia ser eleito melhor defensor do ano por um San Antonio Spurs que não iria aos playoffs. Isso sem contar que nunca foi um dos maiores fãs do seu estilo de jogo.
“Victor é um ótimo jogador, certamente. Mas eu não acho que você possa ser dominante quando arremessa muito de longa distância. Se ele usasse o fato de ser um atleta tão alto dentro do garrafão, mais perto da cesta, então estaria bem mais convicto sobre a sua dominância. Mas teria que mudar isso”, avaliou o ídolo, em março desse ano.
O’Neal, no entanto, ressalta que não faz uma crítica a esse estilo. Só acha que não é um bom proveito dos recursos físicos do astro. “Quando você depende dos arremessos de longe, o seu desempenho sempre vai ter oscilações. Está mais sujeito a noites ruins. Mas Victor é um grande jogador e desejo tudo de bom para ele”, completou.
Armador grande
Wembanyama procurou Olajuwon na última offseason, logo depois de ser liberado pelos médicos para voltar a treinar. Foi uma das várias atividades que buscou nas férias para crescimento técnico, físico e mental. O ícone do Houston Rockets já trabalhou com vários astros, mas, para o francês, criou uma abordagem diferente e especial.
“Eu já sabia como Victor era habilidoso. Então, o nosso trabalho não mirava um pivô. A gente trabalhava como se fosse um armador grande. Eu quero vê-lo jogando nas cinco posições, com liberdade para operar em qualquer ponto da quadra. Você não vai gastar energia contra ninguém porque tem vantagem sobre todos”, contou o lendário pivô.
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Fonte: Reprodução / X

