Anthony Edwards começou uma polêmica depois de falar que Michael Jordan era o único atleta habilidoso do seu tempo. Esse comentário, afinal, causou uma reação forte entre as lendas do passado do jogo. E até ídolos da história bem recente da liga contestaram essa visão. Kevin Garnett não só discordou do jovem jogador, mas disse que ele não conseguiria jogar na NBA de 20 anos atrás.
“Para ser sincero, eu acho que ninguém dessa geração poderia jogar nessa liga há uns 20 anos. Isso não é sobre Anthony, mas qualquer um. E eu digo isso porque, naquela época, você não podia simplesmente arremessar um step back para três. Se tentasse, era bom que caísse. A cobrança por eficiência quando nós jogávamos era bem difícil”, explicou o ícone do Minnesota Timberwolves.
A visão de Garnett é curiosa porque a noção de eficiência está bem mais ligada ao jogo atual. A “substituição” dos arremessos de média distância por tiros de três pontos, em particular, tem a sua justificativa nesse princípio. Mas o ex-ala-pivô não parou por aí. Outro aspecto que transforma o basquete do início do século em algo mais duro seria uma permissividade física muito maior.
“A liga era muito mais física, certamente, naqueles tempos. Eles tiveram que aumentar a liberdade de movimentação, reduzir a permissividade de contato, para que os jogos tivessem mais pontos. Esse foi o processo que culminou na corrida de gato e rato que virou o jogo atual. Por isso, a garotada pode jogar correndo de um lado a outro hoje”, concluiu o integrante do Hall da Fama.
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Era diferente
Garnett argumenta que a NBA do início desse século era mais física e desafiadora. Ok, mas e sobre o ponto principal levantado por Edwards? Como o nível de habilidade dos atletas da época se compara à atualidade? É bem comum que os jogadores passem a ser mais habilidosos com o passar das gerações. No entanto, para o campeão da liga, as defesas de antigamente exigiam mais habilidade para serem superadas.
“O nível não só de força física, mas habilidade que um jogador precisava para bater um defensor antes era enorme. Esse pessoal nunca teve alguém como Dennis Rodman os marcando, por exemplo. E todos sabiam as suas tendências antigamente, pois estava nas pesquisas pré-jogo de cada time. A gente sabia a mão que cada atleta dessa liga, caso livre, tentaria usar”, argumentou o veterano.
Por fim, Garnett também via menos senso de “corporativismo” na NBA de um passado recente. Ninguém fugia do contato, enquanto ninguém ‘aliviava’ também. “A maioria dos jogadores não ‘afinavam’ quando o viam atacar o garrafão. Você poderia quebrar o nariz tentando uma enterrada. Dwyane Wade quebrou o nariz de Kobe Bryant durante o Jogo das Estrelas. Então, tudo era muito diferente antes”, concluiu.
Não fala comigo!
Kevin Garnett, como citado, não foi o único ex-jogador da NBA a se irritar com a visão reducionista de Edwards. Os icônicos Isiah Thomas e Magic Johnson, por exemplo, se sentiram obrigados a comentar o assunto. O ex-armador do Detroit Pistons sinalizou, nas redes sociais, que se tratava de um olhar ignorante da história da liga. A lenda do Los Angeles Lakers, por sua vez, adotou um tom mais irônico.
“Eu nunca respondo algum comentário de alguém que nunca ganhou um título, para começar. Anthony não tem nada a dizer sobre isso. Ele não venceu um campeonato da NBA. Nunca venceu no basquete universitário. E, aliás, acho que também não ganhou nada como colegial”, disparou o um dos melhores jogadores de todos os tempos.
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