Fonte: Divulgação / FIBAO “Big 3” esteve muito perto de atrair os holofotes do mundo do basquete nos últimos dias. No entanto, infelizmente, a federação que organiza o esporte frustrou uma ideia interessante. A FIBA vetou um desafio da competição dos EUA à seleção da Holanda, campeã olímpica do basquete 3×3. Os medalhistas de ouro em Paris enfrentariam os eleitos all-stars do torneio no último domingo.
“Eu dou crédito para os holandeses, pois aceitaram o nosso desafio. Mas o problema é a FIBA. Ela está com medo do ‘Big 3’, então vetou que os seus jogadores participassem do nosso All-Star Game. Não vai acontecer por causa disso. É realmente lamentável quando os interesses políticos viram obstáculos para o avanço da modalidade. E, acima de tudo, o entretenimento da torcida”, lamentou o presidente do “Big 3”, Ice Cube.
O “Big 3” é uma competição profissional de trios composta por vários aposentados e ex-atletas da NBA. Alguns dos eleitos para o Jogo das Estrelas desse ano que entraram em quadra foram Jeff Teague e Jordan Crawford, por exemplo. É verdade que as partidas do torneio e das competições oficiais é diferente demais. Ice Cube, no entanto, está pronto para jogar dentro dos padrões internacionais.
“Se necessário, nós vamos jogar na Europa e sob as regras da FIBA. Não temos nenhum problema com isso porque estamos confiantes. O nosso torneio tem os melhores atletas de basquete 3×3 do planeta. Nós estamos preparados, por isso, para atuar em qualquer estilo e da forma como quiserem fazer. E, mais do que isso, eu garanto que vamos vencer”, cravou o artista e dirigente.
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Chance perdida
A operação para trazer os campeões olímpicos do basquete 3×3 FIBA para os EUA estava até montada já. Ice Cube revelou que pagaria as viagens e estadia de toda a comitiva da Holanda. Além disso, ele estipulou uma premiação de US$150 mil em caso de vitória dos medalhistas de ouro. Mas federação internacional alegou que não foi notificada sobre o evento com três semanas de antecedência e “melou” o negócio.
“Eles perderam uma grande oportunidade não só para os seus jogadores e fãs, mas para a modalidade como um todo. O desafio é uma chance desperdiçada porque pode atrair muita atenção para o esporte. Posso dizer que, por enquanto, a nossa oferta segue de pé. O dinheiro está na mesa e podemos organizar alguma coisa em breve”, afirmou o fundador da liga.
Ice Cube, aliás, até sinalizou o interesse em expandir essa proposta e fazer um evento maior. Esse é o seu nível de confiança nos jogadores norte-americanos que estão em sua liga. “A FIBA poderia mandar alguns dos seus times para fazermos uma grande copa, por exemplo. Podemos realizar uma competição e, assim, conferir quem é realmente o melhor do mundo”, concluiu.
Sem interesse
Apesar da hegemonia olímpica no basquete tradicional, os EUA penam quando o assunto é a modalidade 3×3. Os homens, em particular, não têm resultados relevantes. A equipe masculina acabou em sétimo lugar entre oito seleções em Paris. Isso acontece porque, a princípio, a FIBA impede que os jogadores da NBA participem da competição. Segundo o jornalista Brian Windhorst, da ESPN, esse impedimento é uma estratégia da federação.
“Nós não somos bons entre os trios porque a FIBA simplesmente não se interessa nisso. Ela quer que a modalidade ‘contemple’ times que não são bons no basquete tradicional. Por isso, criam vários critérios de elegibilidade que tornam a participação difícil. Existe uma série de regras para participar das Olimpíadas. Alguém como Kyrie Irving, por exemplo, não pode simplesmente ser convocado e jogar”, explicou o jornalista.
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