Não deu. Com Devin Booker inspirado do perímetro, os EUA atropelaram o Brasil por 122 a 87, nesta terça-feira (6), e avançaram às semifinais do basquete nas Olimpíadas. O astro do Phoenix Suns terminou o confronto com 18 pontos e cinco bolas de três pontos em sete tentativas. Com o resultado, a seleção brasileira está eliminada dos Jogos de Paris, mas termina entre as oito melhores seleções do mundo.
Além de Devin Booker, os EUA contaram com outros quatro jogadores pontuando acima de dez pontos na eliminação do Brasil no basquete olímpico. Com grande primeiro tempo, Joel Embiid se destacou pelo time americano. Isso porque ele anotou 14 pontos e pegou sete rebotes, fazendo seu melhor jogo na competição. Mas o segundo principal cestinha foi Anthony Edwards, que converteu cestas no fim do jogo, terminando com 17 pontos.
A dupla do Los Angeles Lakers foi outro destaque. LeBron James fez 12 pontos e distribuiu nove assistências, enquanto Anthony Davis terminou com 13 pontos e oito rebotes.
Pelo lado brasileiro, Bruno Caboclo foi o grande destaque. Depois de uma partida de 33 pontos contra o Japão, pivô fez mais um ótimo jogo individual. Assim, terminou o duelo com 30 pontos, seis rebotes e 13 de 20 nos arremessos de quadra. O Brasil ainda contou com a melhor atuação de Georginho em Paris. Do mesmo modo que Caboclo, o armador do Franca foi o jogador mais a vontade em quadra.
Além de uma grande enterrada contra Anthony Davis, Georginho anotou 15 pontos, oito rebotes e duas bolas do perímetro. Em sua despedida da seleção, Marcelinho Huertas foi um dos principais nomes do Brasil na primeira etapa, com bolas importantes: nove pontos e cinco assistências para o veterano de 41 anos.
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Para avançar de fase, os Estados Unidos não tiveram dificuldades. Além disso, teve um ótimo aproveitamento nos arremessos. Os EUA contaram com Devin Booker inspirado no quesito contra o Brasil, mas o time todo teve bons números e jogou um bom basquete. Ao todo, foram 15 bolas convertidas do perímetro em 31 tentativas. Ou seja, mais de 48%. No geral, o time americano alcançou 57.7%. O time brasileiro acertou 12 bolas de longa distância em 37 tentativas (32%) e ficou abaixo dos 42% no total.
O time recheado de astros da NBA se impôs desde o início do confronto. No primeiro período, já abriu boa vantagem, vencendo por 33 a 21. O ritmo forte da seleção norte-americana seguiu no segundo quarto, com mais um triunfo por 30 a 15.
Então, o Brasil conseguiu vencer o terceiro quarto, que foi marcado por uma “trocação” franca de pontos. As defesas afrouxaram e os arremessos começaram a cair, resultando na vitória de 35 a 31. Em ritmo de treino, o último quarto serviu para consolidar o atropelo americano, que atingiu a maior pontuação em um jogo das Olimpíadas.
No entanto, o time comandado por Aleksandar Petrovic não conseguiu implementar seu plano de jogo. O objetivo era valorizar as posses de bola e permitir que o adversário ficasse muito tempo com a bola na mão. Mas, sem sucesso.
Agora, o Brasil encerra sua participação olímpica com o objetivo de avançar da fase de grupos concretizado. Por outro lado, os EUA vão encarar a Sérvia na semifinal. A partida acontece na próxima quinta-feira (8), ainda sem horário definido.
O jogo
O Brasil converteu a primeira bola do jogo com Gui Santos, mas logo os Estados Unidos tomou conta do jogo. Uma corrida de 16 a 4 impôs dez de vantagem com cinco minutos jogados. O plano era gastar o tempo das posses de bola, mas o time tentou acelerar o ritmo. Não deu certo. Assim, Petrovic pediu tempo e a seleção até voltou melhor conseguindo pontuar.
No entanto, o aproveitamento americano foi muito bom no primeiro quarto com quatro de sete do perímetro e 61% total. Por outro lado, o Brasil anotou duas bolas de três em sete tentativas e 36% nos arremessos de quadra. 33 a 21 EUA.
O segundo quarto seguiu com amplo domínio americano com uma corrida de 7 a 0. O ataque brasileiro não funcionava. Com Yago em quadra, o time perdeu armação e teve problemas defensivos. Então, Didi e Huertas entraram e o time melhorou, forçando o primeiro pedido de tempo dos EUA. Mas o Brasil teve o melhor momento na partida com uma corrida de 10 a 0 e encurtou a desvantagem.
Mas, no grande momento brasileiro na partida, a arbitragem paralisou o duelo para corrigir o relógio e esfriou o jogo. Dessa forma, os EUA voltaram a se impor e abriram a maior vantagem da partida, com 27 pontos de frente após uma corrida de 21 a 2. A partida, então, foi ao intervalo com 63 a 36.
Segundo tempo
Na volta do intervalo, os dois times apostaram nas bolas de longa distância e o duelo ficou equilibrado. Após cinco minutos disputados, o Brasil tinha vantagem de 15 a 11. Mas, o terceiro quarto foi de Devin Booker. O astro do Suns castigou o time brasileiro o perímetro e os EUA mantiveram a vantagem na casa dos 25 pontos. O quarto, aliás, foi marcado por uma troca de cestas constantes. Sobretudo na segunda parte. Com isso, a equipe comandada por Petrovic melhorou no ataque, mas sofreu pontos na mesma medida.
Georginho e Caboclo foram os principais nomes brasileiro no terceiro período. O pivô, então, aproveitou para inflar seus números ofensivos, enquanto o armador do franca era o atleta mais “a vontade” da seleção, buscando jogadas individuais. Assim, o Brasil venceu seu primeiro quarto na partida (25 a 21).
No último período, a partida tomou ritmo de treino e bastou para os Estados Unidos consolidarem a maior pontuação em um jogo nas Olimpíadas.
Brasil 87 x 122 EUA
Destaques
Brasil
Jogador | PTS | REB | AST | STL | BLK |
---|---|---|---|---|---|
Bruno Caboclo | 30 | 6 | 1 | 1 | 1 |
Georginho | 15 | 8 | 3 | 0 | 0 |
Marcelinho Huertas | 9 | 1 | 5 | 0 | 0 |
Lucas Dias | 8 | 2 | 0 | 1 | 0 |
Três pontos: 12-37 (32%) / Lucas Dias: 2-4
EUA
Jogador | PTS | REB | AST | STL | BLK |
---|---|---|---|---|---|
Devin Booker | 18 | 3 | 3 | 0 | 0 |
Anthony Edwards | 17 | 5 | 2 | 1 | 0 |
Joel Embiid | 14 | 7 | 1 | 0 | 1 |
Anthony Davis | 13 | 8 | 3 | 2 | 1 |
LeBron James | 12 | 3 | 9 | 3 | 0 |
Três pontos: 15-31 (48%) / Booker: 5-7 e Embiid: 3-3
Quartas de final
- Alemanha 76×63 Grécia
- Sérvia 95 x 90 Austrália
- Canadá 73 x 82 França
- Brasil 87 x 122 EUA
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