Fonte: Reprodução / InstagramLeBron James está em Paris para conquistar a terceira medalha de ouro olímpica da sua carreira. Mas, sem surpresas, o craque arrasta recordes por onde passa. Durante a fase de grupos, o ala se tornou o terceiro atleta da história da seleção dos EUA a anotar 300 pontos em Olimpíadas. Igualou-se aos amigos Carmelo Anthony e Kevin Durant. É uma marca expressiva, histórica, mas que empalidece diante do seu objetivo principal.
“Isso não significa muita coisa para mim porque, no fim das contas, simplesmente quero vencer. Eu não estou aqui pelos recordes, mas para conquistar a medalha de ouro. É só isso que quero. Esse é o meu único foco nessa viagem. Por isso, tudo não gira em torno da quantidade de pontos que vou fazer. Não é sobre estatísticas, mas algo bem maior”, garantiu o astro da seleção dos EUA.
LeBron registrou médias de 14,3 pontos, 6,7 rebotes e 7,3 assistências na primeira fase da competição. Ao lado do pivô Nikola Jokic, ele é o único atleta do torneio a anotar 6,0 rebotes e 7,0 assistências por partida. São estatísticas que saltam aos olhos e possuem impacto na produção em quadra, mas não impressionam o próprio ala. Afinal, outras estatísticas menos “visíveis” são mais importantes para o seu objetivo final.
“Há muitas estatísticas que chamam a atenção, mas, para vencermos, são aquelas que não aparecem que pesam muito mais. Não vamos saber quantas hockey assists fiz ou quantas infiltrações evitei, por exemplo. É sempre uma honra saber que o meu nome está em algum recorde, certamente. Mas estou atrás de algo muito mais importante”, reforçou o ídolo do Los Angeles Lakers.
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Quem joga?
A primeira fase da seleção dos EUA teve resultados tranquilos em quadra, mas também embalada por algumas polêmicas. Steve Kerr, por exemplo, foi alvo de intensas críticas entre analistas do país depois de não colocar Jayson Tatum em quadra contra a Sérvia. O tempo de quadra, aliás, é um drama comum dentro do elenco da seleção. LeBron, no entanto, garante que esse problema só existe para o público.
“Nós sabemos que fazer mudanças ao longo da competição, a princípio, é o trabalho dos técnicos. Todos entendemos, então, que qualquer um pode ser importante em qualquer partida. O seu nome pode ser chamado e você precisa estar preparado. Cada jogo é um jogo. Não faz diferença para ninguém aqui quem começa jogando, quanto joga ou até mesmo se você está em quadra nos minutos finais”, cravou o veterano.
O astro sabe que o público foca bastante em quem joga e quem não joga. Mas, dentro do vestiário de uma seleção olímpica estadunidense, isso nunca é o mais importante. “Você precisa jogar no mais alto nível nos minutos em que está dentro de quadra, pois só isso que importa. Acho que temos que pensar mais em quando se está em ação do que quem está fora, em síntese”, completou.
Segunda unidade
LeBron James faz parte do quinteto inicial dos EUA que compete pela medalha de ouro. Mas, mesmo assim, consegue admitir que o maior diferencial da seleção não está em quem começa os jogos. A segunda unidade norte-americana, afinal, foi quem de fato atropelou os adversários durante a primeira fase. Isso não surpreende o ala, com a experiência anterior de três Olimpíadas com o time nacional.
“Eu não estou surpreso, pois o nosso banco é ótimo. Nós temos 12 jogadores que podem entrar em quadra e resolver um jogo em qualquer noite. Então, muitas vezes, é a nossa segunda unidade que faz o trabalho por nós. Qualquer vitória começa pela defesa. Mas, no ataque, esse grupo que vem do banco é espetacular também”, exaltou o futuro integrante do Hall da Fama.
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