O Sudão do Sul faz história em Paris com sua primeira participação em Olimpíadas e o ex-jogador do Chicago Bulls, Luol Deng, tem grande participação no feito. Isso porque ele se tornou presidente da federação de basquete do país mais jovem do mundo em 2020. Desde então, investiu muito no basquete do país que, agora, colhe frutos do incentivo do ex-atleta.
Quando nasceu, o território ainda fazia parte do Sudão, país vizinho do qual o Sudão do Sul conseguiu sua emancipação. Declarado como país em 2011, a nação tem tido a ajuda do ex-atleta em todos os níveis. E isso inclui, até mesmo, financiamento. Isso foi revelado pelo treinador da equipe, Royal Ivey, que, aliás, também jogou na NBA.
Ele, atualmente, está no Houston Rockets como assistente técnico de Ime Udoka.
“A realidade é que nós devemos muito a ele. Não sei se vocês sabem, mas é Luol Deng quem financia tudo isso, quem nos possibilita ter uma chance de vir aqui e competir. Ele paga academias, hotéis, passagens de avião, tudo do próprio bolso. Então, parabéns para ele e a equipe. Eu tenho certeza de que nós não seríamos capazes de competir sem seu brilhante trabalho”, afirmou o técnico.
Ivey citou Deng justamente na entrevista coletiva após o triunfo sobre Porto Rico, na rodada inaugural do Grupo C dos Jogos Olímpicos. Essa foi a primeira vitória de um africano no evento de basquete desde 1996. Portanto, um momento histórico para o Sudão do Sul, o time e o continente em geral.
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O peso do investimento de um ex-jogador do Bulls como Luol Deng para o Sudão do Sul é impressionante. Afinal, a seleção jamais havia disputado uma competição oficial. Entre 2011 e 2020, a equipe só participava de amistosos. Entretanto, isso mudou em 2021, quando disputou a Copa Africana.
O sucesso, então, só aumentou. A campanha para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2023 foi quase perfeita. Afinal, foram 11 vitórias em 12 partidas de classificação. Com o melhor desempenho de uma seleção do continente no mundial, ganhou a vaga para as Olimpíadas. Nesta quarta-feira, o time enfrenta os Estados Unidos em um jogo importante na busca pela classificação que seria ainda mais histórica.
Ainda assim, as dificuldades existem. Ivey falou sobre como os problemas são reais em todo o cenário. Muitas pessoas ainda não entendem a realidade logística que eles enfrentam, mesmo com as vitórias recentes em vários torneios.
“Nós não temos o prazer de ter uma quadra coberta para jogar e treinar em nosso país. Uma estrutura de treinos com dormitórios e academias? Não temos. Trabalhamos em Ruanda, e foi difícil. Depois, fizemos uma longa viagem para a Espanha, com assentos apertados para caras altos como nós. Não vamos de primeira classe ou de fretado. Então, vai muito além do que as pessoas falam. Ninguém nos vê em Ruanda ou outro lugar. Portanto, ter Deng nos ajudando é incrível”, concluiu.
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