Vincent Collet: “Pessoas pensam que Victor Wembanyama já é Michael Jordan”

Astro do Spurs comandou virada da equipe da casa em estreia nas Olimpíadas, contra o Brasil

victor wembanyama michael jordan Fonte: Reprodução / Instagram

A seleção da França teve uma estreia mais complicada do que muitos imaginavam nas Olimpíadas, contra o Brasil. Mas, sob pressão, contou com o seu principal talento para conseguir a virada. É um jovem jogador incrível, mas que encara uma expectativa tão grande quanto o seu potencial. Para o técnico Vincent Collet, Victor Wembanyama lida com um público que espera ver um novo Michael Jordan em quadra.

“Eu senti que Victor estava um pouco nervoso nos últimos dias. Afinal, aqui na França, todos o esperam. Não sei a palavra certa para usar, mas todos estão aqui para vê-lo. Existem pessoas que conhecem basquete e, por isso, entendem que é só um menino. Tem 20 anos apenas. Mas quem não entende e só vê a NBA pensa que já é como um Jordan. Tudo leva tempo”, destacou o veterano treinador.

Depois de um primeiro quarto quase perfeito, o Brasil chegou a abrir dígitos duplos de vantagem sobre a França. Wembanyama, então, assumiu o comando. O jovem astro dominou o garrafão nos dois lados da quadra, enquanto explorou a rotação brasileira combalida pelas faltas. Ele terminou a estreia francesa como o líder do jogo em pontuação (19), rebotes (nove) e tocos (três).

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“Apesar da pouca idade, obviamente, Victor já é o nosso líder. Então, o mais importante para nós é que ele jogue dentro do garrafão e domine sempre. Pois, se operar mais no perímetro, se torna muito mais parecido com qualquer outro atleta. Há noites em que vai acertar os arremessos. Mas, em outros dias, a bola simplesmente não vai cair”, apontou Collet, após a vitória por 78 a 66.

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Pressão

É evidente que Victor Wembanyama ainda não é Michael Jordan. A maior probabilidade, aliás, é que nem venha a ser. Só esse status, no entanto, já cria uma pressão enorme sobre um dos jogadores mais jovens da seleção. O jovem pivô é o foco de uma França que ganhou a medalha de prata em Tóquio. Collet revelou que, nos últimos dias, precisou dedicar uma atenção especial ao novo líder da equipe.

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“Pela primeira vez, eu vi Victor um pouco estressado durante a semana. Todos entramos em ação, então, para ajudá-lo a lidar com esse momento. Ele é bem maduro, mas é um humano também. Só queria que o torneio começasse logo, assim como qualquer atleta. Esse é o problema da estreia: todos querem que inicie o mais rápido possível, mas nós temos que esperar”, contou o experiente técnico.

Mas é preciso ressaltar que Wembanyama não foi uma exceção. Todos os jogadores, de certa forma, sentiram a ansiedade pela estreia em casa. “Quando você pensa no cenário inteiro, tudo depende das expectativas. Aguardar é mais difícil conforme todos esperam mais de você. E, na França, existe uma expectativa muito alta com esse time”, reconheceu Collet.

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Entrosamento

A vitória sobre o Brasil mostrou uma França mais resiliente do que pronta para competir por medalhas. É provável que a recuperação fosse bem mais difícil se os nossos pivôs, por exemplo, não estivessem “carregados” de faltas. Collet, por isso, reconhece que a sua seleção ainda tem muito a melhorar. Wembanyama é incrível, mas tudo em torno dele pode e precisa funcionar melhor.

“Na França, todos conhecem Victor. No entanto, mesmo um talento de sua excelência não pode vencer sozinho. Ele precisa envolver os colegas e, ao mesmo tempo, todos nesse elenco têm que ajudá-lo para sermos fortes. Nós não vamos alcançar o nosso melhor enquanto não acharmos a ‘química’ ideal”, concluiu o treinador francês.

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