Fonte: Reprodução / XA primeira experiência de Chauncey Billups como técnico principal na NBA tem sido uma montanha russa no Portland Trail Blazers. Ele assumiu um time veterano e competitivo, que tentava voltar a vencer séries de playoffs. Mas, dois anos depois, se viu à frente de um dos elencos mais jovens da liga. Ele reconhece que a reviravolta o colocou em uma situação que não planejava para a sua carreira.
“Quando eu aceitei o cargo, todos sabem que o elenco era bem experiente. Carmelo, por exemplo, ainda estava na equipe. Realmente pensei que o treinaria, assim como Damian Lillard e CJ McCollum. Então, era uma situação perfeita para mim. Pensava que faríamos um ou outro ajuste e estaríamos na briga. No entanto, as coisas mudaram bem rápido”, contou o ex-armador, no podcast de Carmelo Anthony.
Billups nunca pensou em pedir demissão, mas precisou reavaliar as suas prioridades na carreira. A expectativa de estar nos playoffs e competir por títulos reduziu a cada troca que a equipe fechou nos últimos tempos. Ele precisou adaptar os seus planos pessoais ao passo em que a equipe mudava. No entanto, com o passar do tempo, o processo conquistou o ex-jogador.
“Eu assinei para treinar uma equipe e, logo depois, era outro. O executivo que acertou a minha contratação foi demitido três meses depois. Ainda assim, esse é o meu trabalho. Temos um elenco jovem agora e, certamente, há uma beleza nisso. Eu adoro ensinar o jogo, afinal. Reunimos alguns garotos ótimos e posso ver a excelência em cada um deles”, exaltou o recém-eleito integrante do Hall da Fama.
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Identificação
Ser técnico de um Blazers em reconstrução, de certa forma, tem sido uma experiência icônica para Chauncey Billups. É algo que remete ao início da sua carreira. Ele foi uma escolha alta de draft, mas não se revelou um sucesso imediato. Precisou de um tempo considerável para “decolar” na NBA. Tudo o que superou para alcançar o topo da liga faz com que se identifique com os seus comandados.
“Quando você comanda um time jovem, o desafio é como fazer todos entenderem como atuar da forma certa. Ou seja, jogar uns pelos outros e serem competitivos. Uma coisa que me ajuda nisso é a experiência da minha carreira, pois passei por tudo que envolve ser um jogador. Posso compreender a situação de todos, os altos e baixos. Por isso, sei como posso ajudá-los”, explicou o treinador.
Treinar jovens, além disso, levou Billups a uma lembrança maior. Trouxe uma conexão renovada do veterano com o seu propósito quando começou na nova profissão. “Eu amo ensinar o jogo e competir em alto nível. Essas são as razões pelas quais, antes de tudo, decidi ser técnico. E são duas coisas que não mudam, não importa a sua idade e experiência”, completou.
Mentor
Billups, em particular, se tornou uma referência para o Blazers após a chegada de Scoot Henderson. Assim como a terceira escolha do draft de 2023, o ex-atleta também era um armador envolto de altas expectativas. O atleta de 20 anos, no entanto, passou longe de correspondê-las como novato. O técnico sabe que, entre tantos jogadores, Henderson é quem mais pode auxiliar.
“Eu posso me identificar com todos esses jovens do elenco, pois estive lá dentro assim como eles. Scoot é um bom exemplo. Ele foi a terceira escolha do draft e teve alguns problemas no ano de novato. Também fui uma terceira escolha de recrutamento e fiz uma temporada ruim de estreia. Então, sei a situação em que está. Estou pronto para fazer o que for possível para ajudá-lo”, concluiu Billups.
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