Primeiro, foi JJ Redick como técnico. Depois, Bronny James no Draft. O Los Angeles Lakers faz tudo o que LeBron James pede na NBA, mas isso é realmente um problema? Após a seleção de seu filho na segunda rodada, o time californiano recebeu duras críticas. A questão, no entanto, vai muito além do que algumas pessoas não gostaram.
Sim, falaram sobre nepotismo. Só falou usarem a palavra da moda: nepo baby. Mas é algo como se nunca tivesse acontecido na NBA, né? O Los Angeles Clippers teve pai e filho juntos. Um pouco diferente, pois Doc Rivers era o treinador, enquanto Austin Rivers era o jogador. No entanto, era claro que Austin tinha talento para estar ali.
Thanasis Antetokounmpo teria espaço na NBA caso não fosse irmão de Giannis? Tudo bem que ele representa a Grécia, mas alguém já o viu realmente jogando?
Veja bem. Não estamos cravando que Bronny James merecia estar na NBA. Longe disso. O ponto é: nepotismo acontece há várias décadas na liga. Entretanto, o que o Lakers faz por LeBron é algo a ser analisado.
Mas vamos por partes.
É bom entender que LeBron James é um dos melhores jogadores de todos os tempos da NBA e o Lakers ainda o quer por perto. Caso ele não estivesse produzindo ou não fizesse diferença, seria fácil de entender que o time estaria apenas cuidando de alguém que não merecesse. Só que o tratamento se justifica por vários sentidos.
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Primeiro, o Lakers entraria em uma situação muito difícil se não fosse atrás de Redick e Bronny. Com a opção no contrato, LeBron deve optar por sair e tornar-se agente livre. E o que não faltou foi rumor sobre uma eventual saída. Dallas Mavericks, Golden State Warriors, Cleveland Cavaliers… todos os times apareceram como destino. Mas com os “agrados”, dificilmente ele vai sair e sua presença no mercado torna-se mera formalidade.
Ele vai estender.
Mas e se ele não estendesse? Aí entram os problemas.
O Lakers não possui as escolhas de primeira rodada de 2025 (New Orleans Pelicans) e 2027 (Utah Jazz). Como faria uma reconstrução sem a própria pick? Não tem como. Teria que fazer algo similar ao que o Brooklyn Nets aprontou nesta offseason. Sem nada para trabalhar para o futuro, o Nets volta a ter controle de seu destino.
Então, seria muito difícil a direção com apenas uma escolha própria nos próximos três anos (2026).
E vamos lembrar que, por onde passa, LeBron James deixa “terra arrasada”. Foi assim no Cleveland Cavaliers após suas saídas e Miami Heat. Os times ficaram sem escolhas de Draft para fazerem trocas a pedido de James por um elenco mais forte. Afinal, ele queria ser campeão.
Até aí, tudo bem. Todo mundo quer ser. Mas LeBron James coloca pressão nas diretorias, mesmo aos 39 anos. Não foi do nada que o Lakers resolveu adicionar Redick e Bronny, por mais que seu agente minta.
Futuro?
Bem, LeBron James não está ficando mais jovem, enquanto pressiona o Lakers para fortalecer elenco por novo título na NBA. De acordo com rumores, James vai estender seu contrato por mais três anos. Possivelmente, dois garantidos e opção para o terceiro.
Enquanto isso, vai dar tempo de seu outro filho, Bryce, entrar no Draft da NBA. É que o mais jovem está com 17 e estará disponível para o recrutamento de 2026. Como existe a chance de LeBron assinar por três anos, ainda é possível atuar com os dois filhos.
Mas uma coisa de cada vez.
Tudo bem, tem o ineditismo. Um filho nunca jogou ao lado do pai na NBA. Agora, vai acontecer.
Mas quais as chances de o Lakers tornar-se apenas “o time que em que pai e filho jogam juntos”?
Pois é. Pode até fazer todo o barulho no começo da temporada, mas o Lakers vai querer lutar pelo título. Por isso, é provável que a equipe fala trocas na agência livre para tornar o elenco mais forte. Nem que tenha de abrir mão de escolhas de Draft e sacrificar o futuro.
Como sempre aconteceu com LeBron.
Reforços
No Draft da NBA, o Lakers fez um bom papel além de cumprir o desejo de LeBron James. Com a escolha 17, o time selecionou o especialista em arremessos Dalton Knetch. Mas ainda é pouco.
Os rumores apontam para três jogadores do Atlanta Hawks: Trae Young, Dejounte Murray e De’Andre Hunter. Não serão todos, claro. Mas um deles pode chegar.
Além deles, tem Lauri Markkanen, do Utah Jazz, é uma opção que o time estuda. O ala tem um contrato expirante e de valor baixo (cerca de US$18 milhões). Então, pode acontecer.
O fato é que o Lakers quer um terceiro astro. Com a possibilidade de o Chicago Bulls “implodir” e partir para uma reformulação, DeMar DeRozan vira opção.
Por fim, é necessário dizer que Bronny James não é um cara qualquer que estava de uniforme na torcida e o Lakers mandou chamar. Ele é bom jogador. Claro que ainda não chega em nível de atuar na NBA, pois não está pronto. Simples assim. Bronny passou por problemas graves de saúde, não fez a pré-temporada de USC e, quando voltou às quadras, não foi a mesma coisa.
Mas vale ressaltar que Bronny era um prospecto cinco estrelas antes de ir para a faculdade. Vai ter de aprender a jogar em alto nível. Se tem alguém que se viu forçado a algo ali foi o garoto, que poderia passar mais um ou dois anos no basquete universitário e ser lapidado de forma natural.
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