O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com Kyshawn George. O ala suíço não era um jovem talento comentado, mas foi uma das surpresas do processo com a Universidade de Miami. Então, confira a análise do site para a possível escolha de primeira rodada do recrutamento.
Kyshawn George
Idade: 20 anos
País: Suíça
Time: Universidade de Miami (EUA)
Posição: ala
Altura: 6’8.25″ (2,03m)
Envergadura: 6’10.25’’ (2,08m)
Peso: 94,7 kg
Médias nesta temporada (NCAA): 7,6 pontos, 3,0 rebotes, 2,2 assistências, 0,9 roubo de bola, 0,4 toco, 1,5 turnover, 42,6% nos arremessos de quadra, 40,8% nas bolas de três pontos (com 4,2 tentativas por jogo) e 77,8% nos lances livres (com 0,9 tentativa) em 23,0 minutos por jogo
Atributos físicos e atléticos
– George, para começar, possui ótima combinação de estatura e envergadura para um ala profissional. É provável que possa atuar como ala-pivô em formações mais ágeis e móveis na liga;
– Embora seja um jogador de movimentação fluida e coordenada, a condição atlética do prospecto para por aí. É visível que possui velocidade, explosão ou impulsão abaixo do padrão dos alas da NBA;
– Ainda é muito franzino e esguio para um atleta de 20 anos do seu tamanho, o que se revela na falta de fisicalidade do seu jogo. Então, necessita de um trabalho específico assim que chegar ao novo time.
Ataque
– Apresenta uma combinação de estatura, mobilidade e controle de bola fluida incomum para o seu tamanho. Por isso, sempre que pega um rebote ou recebe a bola na quadra defensiva, tenta sair em transição;
– Gosto muito da tomada de decisão quando acelera o jogo em quadra aberta, pois não tenta complicar as ações. Tende a ser uma virtude no próximo nível, onde as partidas são mais ditadas pela transição e espaçamento;
– Excelente arremessador de longa distância, que converteu quase 41% das tentativas em Miami com bom volume. Além disso, teve um índice de acerto perto dos 80% nos lances livres;
– George já mostrou a capacidade de arremessar depois de poucos dribles e saindo de bloqueios no pick-and-roll. Ainda não é um recurso recorrente, mas seria importante para colocar pressão nas defesas;
– Pode iniciar o ataque e dinamizar as ações ofensivas com a bola nas mãos em meia quadra. Afinal, ele é um armador de formação que teve um crescimento inesperado, rápido, nos últimos anos;
– É um passador bem disposto e voluntarioso que, assim, mantém a movimentação de bola no ataque. Não é o prospecto mais criativo, mas faz leituras simples e objetivas com competência;
– Arremesso e capacidade de criação para outros são dois dos recursos ofensivos mais procurados em um ala na NBA atual. George, certamente, está em um bom ponto de partida nesse sentido.
Defesa
– Defensor que luta bastante contra as suas limitações físico-atléticas nas ações de um contra um. Tem dificuldades, em particular, contra alas mais fortes – o que deve ver com mais frequência na NBA;
– Apesar da estatura e braços longos, não se trata de um marcador impositivo. Não vejo grande potencial como um quebrador de linhas de passe ou protetor de aro secundário, por exemplo;
– George é um marcador bem subestimado em trocas de marcação no perímetro. Ele se provou muito eficiente marcando armadores em nível universitário por causa de boa noção de ocupação de espaço e uso da envergadura;
– Como qualquer prospecto de 20 anos, ele comete erros de leitura e atenção defensivos aqui e ali. Eu acho, no entanto, que o seu engajamento e esforço lhe conferem um potencial bem interessante.
Leia mais sobre o Draft 2024
- DaRon Holmes – NBA Draft 2024
- Boletim de rumores do Draft da NBA (21/06/2024)
- Carlton Carrington – NBA Draft 2024
Pontos fracos
– Trata-se de um prospecto pouco provado no basquete universitário, pois não foi nem titular em boa parte da temporada de Miami. Acumula experiência “discreta” também pelas seleções suíças de base;
– Pisa muito pouco dentro do garrafão e não oferece grande ameaça como infiltrador. Esse é o aspecto, aliás, em que a sua falta de condição atlética e imposição física fica mais evidente;
– E, quando consegue infiltrar na área pintada, também se revela um finalizador abaixo da média. George não lida bem com contato, em particular, o que se prova na (pífia) média de 0,9 lance livre por jogo em Miami;
– Não sinaliza potencial para ser um criador de arremessos para si próprio. Possui um controle de bola mais funcional do que avançado e, além disso, não projeta ser um chutador dinâmico;
– George é um reboteiro anêmico para o seu tamanho. Os três rebotes por partida na NCCA são produto de um atleta não só sem imposição física, mas que também exibe pouco engajamento na tábua;
– Vários analistas apostam na evolução do jovem para ser um armador alto. Para mim, no entanto, a sua visão de quadra e leituras mais simples sugerem só um ballhandler secundário;
– Mais do que ser lento, George passa a impressão de jogar lento. Eu acho que, muitas vezes, ele acelera e apressa certas ações simplesmente porque não se sente veloz o bastante para fazê-las.
Conclusão
Arremesso é o recurso ofensivo mais requisitado da NBA atual. Por isso, por si só, pode ser capaz de manter um jogador na liga por alguns anos. George possui esse chute em alcance e, assim, já projeta ter um piso bem definido. No entanto, a sua capacidade de conduzir o ataque e ser um ballhandler secundário “encorpam” o seu potencial. Ele só precisa de mais trabalho do que o típico prospecto de 20 anos.
Comparações: Kyle Anderson (Timberwolves) e Joe Ingles (Magic)
Projeção: TOP 40
Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Kyshawn George
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