Zach Edey

O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com o pivô Zach Edey. O gigante dominou o basquete universitário nas últimas duas temporadas e, assim, levou os dois prêmios de melhor jogador do ano na NCAA. Confira a análise do site para o atleta de 22 anos.

Idade: 22 anos
País: Canadá
Time: Universidade de Purdue (EUA)
Posição: pivô
Altura: 7’5″ (2,26m)
Envergadura: 7’10.75’’ (2,40m)
Peso: 135,6 kg

Médias nesta temporada (NCAA): 25,2 pontos, 12,2 rebotes, 2,0 assistências, 0,3 roubo de bola, 2,2 tocos, 2,3 turnovers, 62,3% nos arremessos de quadra, 50% nas bolas de três pontos (converteu uma de duas tentativas na campanha inteira) e 71,1% nos lances livres (com 11,2 tentativas) em 32,0 minutos por jogo

Atributos físicos e atléticos

– Edey, antes de tudo, é um legítimo gigante dentro de quadra. Ter 2,26m de altura com 2,40m de envergadura simplesmente dispensa comentários, pois é desproporcional até para jogadores de basquete;

– Uma pessoa desse tamanho, a princípio, não vai ter a mobilidade que se espera de um atleta. É um prospecto que luta contra limitações atléticas óbvias e, por isso, apresenta mobilidade e agilidade limitadas;

– Seria normal, da mesma forma, que um jovem dessa estatura tivesse um corpo ainda franzino. Nesse sentido, porém, ele é muito bem composto e usa o seu físico de maneira bem funcional em quadra.

Ataque

– É uma presença física imponente e dominante por si só dentro do garrafão em nível universitário. Mas também sabe usar o físico para atuar como screener ou operar em handoffs para abrir espaço para os companheiros;

– Excelente finalizador próximo do aro, que mostra mais do que exploração da vantagem física. Entende como ser mais enfático concluindo a partir de pick-and-rolls e, ao mesmo tempo, mais refinado com ganchos e fintas;

– Apresenta um trabalho de pés bastante subestimado em espaço curto, muito melhor do que se espera de alguém do seu tamanho. Como resultado, é um jogador eficiente demais operando no poste baixo;

– Edey vem tentando provar que pode ser um arremessador durante o circuito pré-draft. O seu lance livre sinaliza uma esperança nesse sentido, pois acertou mais de 70% deles em altíssimo volume na NCAA;

– A produtividade na tábua é uma prova de sua presença física e ocupação de espaço no entorno do aro. É um reboteiro dominante nos dois lados da quadra por causa de seus atributos físicos descomunais;

– Passador muito inteligente para alguém da sua estatura, que, assim, conseguiu punir as constantes dobras de marcação no universitário. Tem qualidade de passe bem sólida para seu tamanho;

– Jogadores desse tamanho costumam ter problemas físicos ou cansar com frequência. Edey, então, é uma clara exceção: atuou nos 39 jogos de Purdue na última temporada, com média de 32 minutos por noite.

Defesa

– Trata-se de uma presença física absurda, que domina garrafões e espaços curtos de forma natural. É um grande protetor de aro e intimida infiltradores, além disso, por causa de seus braços muito longos;

– Embora tenha melhorado em termos de mobilidade, Edey simplesmente não vai ser um defensor para trocas no perímetro. Dá espaço demais para alas e armadores quando é obrigado a sair do garrafão;

– Vai ter problemas, da mesma forma, tentando defender pivôs arremessadores na NBA. Não tem capacidade de recuperação para fazer closeouts longos e voltar a proteger a cesta como o jogo profissional exige;

– Edey é um jogador inteligente na defesa, que faz boas leituras e entende o que ocorre. Mas, assim como em outras áreas, luta contra as limitações óbvias impostas pelas suas dimensões físicas.

Pontos fracos

– Purdue jogava em um sistema muito específico, mais lento e baseado em post ups, para aproveitar os pontos fortes de Edey. A NBA é muito mais rápida, então não sei se ele vai conseguir acompanhar a velocidade do jogo;

– Pode até arremessar bem em treinos abertos, mas isso não muda o fato de que nunca foi um espaçador na carreira. Só tentou dois arremessos de três pontos em quatro anos na NCAA;

– O oásis do ataque da NBA atual, em síntese, é um garrafão aberto e quadra espaçada. Edey é um jogador que ocupa espaço demais dentro do garrafão e vai ser simplesmente ignorado se jogar aberto;

– Atleta lento em algumas tomadas de decisões e realizando alguns movimentos. Outro problema comum em jogadores da sua altura que, como resultado, leva a desperdícios de bola;

– É certo que vai ter um volume ofensivo muito menor na NBA do que em Purdue. Por isso, a grande questão que surge é: ele consegue ser tão produtivo e impactante com uma participação menor?;

– Edey ainda vai ser mais forte do que a maior parte dos seus adversários, mas essa vantagem vai diminuir. Quase todos os rivais na NBA, além disso, vão ser mais bem atléticos. Será que ainda vai ser produtivo sem esse trunfo?;

– Há um bom motivo para não existirem tantos jogadores do padrão de Edey na NBA atual. O basquete hoje é disputado em espaço e velocidade, ou seja, sentido totalmente contrário do estilo do prospecto;

Conclusão

É comum resumirmos gigantes como Edey como “grandalhões” que colocam a bola na cesta e bloqueiam arremessos. Mas isso seria simplista nesse caso. O pivô de Purdue não foi duas vezes jogador do ano na NCAA por acaso. Afinal, é um jogador técnico e inteligente. E, assim, tenta aproveitar as vantagens e combater as dificuldades de ter um tipo físico tão incomum. A NBA exige adaptação, mas não aposto tudo contra ele.

Comparações: Ivica Zubac (Clippers) e Boban Marjanovic (Rockets) mais técnico

Projeção: TOP 25

Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Zach Edey

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Zach Edey – NBA Draft 2024

Duas vezes melhor jogador do ano na NCAA é projetado como escolha de primeira rodada no recrutamento