Os maiores nomes do esporte, assim como os fãs em casa, também têm os seus ídolos e inspirações na carreira. Afinal, eles são gente como a gente. Um dos maiores treinadores da história do futebol, por exemplo, tem uma de suas influências mais notáveis na NBA. O técnico Pep Guardiola confidenciou que, mesmo que isso comprometesse a sua rotina de treinos como jogador, não perdia uma partida de Michael Jordan.
“Nos anos 1990, quando Michael ainda jogava, eu acordava de madrugada em Barcelona para assistir às suas partidas. Estava lá na frente da televisão enquanto a minha esposa dormia só para vê-lo em quadra. Tinha a sensação de que precisava assistir porque não veria mais aquele nível de carisma, técnica e competitividade em uma pessoa com tantos títulos”, contou o treinador do Manchester City.
Guardiola nasceu em 1971 e, assim, vivia o começo de carreira como jogador de futebol no auge de Jordan. A lenda do Chicago Bulls, aliás, faz parte do imaginário da geração que acompanhou esportes nas décadas 1980 e 1990. Mas o técnico espanhol também tem referências mais recentes. Tênis e golfe são duas modalidades esportistas que agradam muito e inspiram o treinador.
“Michael está no nível de atletas como Tiger Woods, Rafael Nadal e Roger Federer, por exemplo. São esportistas que eram o pacote completo, em síntese. Você nunca sabe quando vai ver alguém assim de novo, então não quer perder uma oportunidade de testemunhar a história. Tiger pode jogar 18 buracos em quatro dias que verei cada tacada”, completou o ícone do futebol mundial.
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Maior de todos
Uma discussão que envolve Pep Guardiola e Michael Jordan “esbarra”, certamente, nos debates sobre os maiores de todos os tempos. O espanhol é um dos treinadores mais marcantes da história do futebol, em particular, para torcedores mais jovens. Jordan, por sua vez, é considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos. LeBron James “ameaça” esse posto nos últimos anos, mas é uma missão bem difícil.
“LeBron está com os pés cimentados na segunda posição desse ranking, em síntese. Não há ninguém que vá ameaçá-lo tão cedo nesse lugar. Mas, ao mesmo tempo, não existe nada que possa fazer para alcançar Michael. Mais um título poderia causar mais debate, mas acho que todos estão muito fincados em suas opiniões. Então, vai ser duro mudar isso”, refletiu o ex-jogador e analista da ESPN, Tim Legler.
A opinião de Legler é compartilhada, em parte, por Dwyane Wade. O lendário craque do Miami Heat reconheceu a importância da experiência pessoal e memória afetiva nesse debate. “O meu melhor jogador de todos os tempos sempre vai ser Michael porque é o ídolo com quem cresci. Afinal, era quem queria ser quando comecei a jogar. Sempre tentei emular o seu jogo”, relembrou o ex-parceiro de time de James.
Ajuda à comunidade
A última aparição pública de Jordan aconteceu por causa de uma questão nobre. O ex-jogador participou da inauguração da terceira unidade da “Novant Health Michael Jordan Family Medical Clinic” na semana passada. Trata-se de uma rede de clínicas que oferece, em síntese, assistência médica para famílias desamparadas na Carolina do Norte. Além disso, o complexo proporciona assistência social e bem-estar para a comunidade.
“Quando as famílias não têm o que é preciso para viver, estaremos aqui para dar apoio. Não importa se você não tem dinheiro, pois nós queremos fazer tudo o que for possível para ajudá-lo. Isso é importante porque a minha família precisou disso quando eu era criança. Foi assim que comecei e, por isso, esse lugar faz parte de quem sou”, discursou Jordan, sem conter as lágrimas.
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