Fonte: Tim Nwachukwu / AFPO Philadelphia 76ers iniciou a temporada como um candidato ao título, mas as coisas mudaram muito. O time está na oitava posição do Leste e, assim, teria que passar pelo play-in hoje. O retorno do principal astro da franquia, no entanto, aquele postulante ao campeonato pode voltar. Certo? Não é bem assim. Stephen A. Smith, por exemplo, não está animado com o Sixers nos playoffs mesmo com Joel Embiid de volta.
“Certamente, essa equipe é mais competitiva com Joel à disposição. No entanto, o fato é que ele não vai estar 100% fisicamente nos playoffs. Nem perto disso, na verdade. Não consigo, então, colocar fé em suas chances nos playoffs. Até acho que esse time é bom. Mas a questão é que realmente não confio na saúde de Joel nesse momento”, ponderou o polêmico comentarista da ESPN.
Até a lesão de Embiid, de fato, o Sixers vivia um outro momento competitivo. A equipe não só era vice-líder do Leste, mas também tinha o segundo melhor recorde da liga. O time da Pensilvânia venceu 27 partidas, enquanto sofreu oito derrotas, com o pivô em quadra. Com o astro em quadra, eles vencem os oponentes por quase 10 pontos por 100 posses de bola. Em sua ausência, por outro lado, perdem por 1,1 ponto.
“Para começar, o Boston Celtics já seria melhor do que Philadelphia de qualquer forma. Mas o problema não para por aí. O Milwaukee Bucks, mesmo com os seus problemas, é mais forte porque Joel não está totalmente saudável. E, aliás, aposto até que o New York Knicks saudável já teria o bastante para vencê-los em uma série hoje”, avaliou o experiente analista.
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Culpa do técnico?
Quando se vê um time que caiu muito na ausência de um astro, a princípio, a tendência é culpar o treinador. Afinal, foi ele quem não encontrou alternativas para superar esse desfalque. Mas, para Smith, pensar dessa forma no caso do Sixers seria uma injustiça enorme. Ele julga que o primeiro ano de trabalho de Nick Nurse, aliás, é digno de aplausos até o momento.
“Eu olho para esse time de Philadelphia e quero elogiar o trabalho de Nick Nurse. Acho que, apesar das circunstâncias complicadas, tem feito um ótimo trabalho no comando desse grupo. Eles vêm atuando com mais velocidade, enquanto a evolução de Tyrese Maxey foi espetacular. Há muito para se exaltar nessa temporada”, reconheceu a celebridade da crônica esportiva dos EUA.
A verdade é que qualquer equipe sente a ausência da sua referência, não importa a qualidade do elenco de apoio. Mas não se pode avaliar um coletivo pela forma como funciona sem a peça essencial. “Os resultados sem Joel, certamente, não são bons. Venceram só 14 de uns 40 jogos. Mas o fato é que estariam disputando o TOP 3 do Leste se não fosse por essa lesão”, concluiu Smith.
Físico e mental
O retorno de Joel Embiid, obviamente, é a grande aposta do Sixers para “bagunçar” os playoffs do Leste. Mas o próprio craque admite que não está em plenas condições. Do ponto de vista físico, todos já imaginavam que ele precisaria de tempo para retomar ritmo de jogo. O problema, no entanto, vai muito além. Ele reconhece que a ausência abalou-o em um nível mental e psicológico.
“Geralmente, quando sofro uma lesão, eu só penso em seguir em frente. Dessa vez, no entanto, senti um abalo mental. Foi um problema físico em um momento difícil e, por isso, fiquei um tanto depressivo. Aliás, até agora, eu acho que não estou em uma boa situação mental. Mas amo jogar basquete e competir. Sempre que tiver a chance de estar em quadra, lá eu vou estar”
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