Fonte: Ezra Shaw / AFPO Golden State Warriors, por enquanto, não tem muito a celebrar nessa temporada. Em primeiro lugar, a franquia sofre para garantir uma vaga no play-in. Além disso, fica cada vez mais claro que o elenco vai precisar de mudanças para competir no mais alto nível do Oeste. Para o pivô Kevon Looney, a evolução de Jonathan Kuminga tem sido uma dessas poucas boas notícias recentes do Warriors.
“Jonathan, certamente, melhorou nos últimos meses. Sempre foi talentoso, mas acho que a sua abordagem, mentalidade e clareza em quadra estão bem melhores. Merece muito crédito por isso, aliás, porque vejo o seu trabalho duro e como estuda o jogo, o nosso time. Entende mais quando ser agressivo ou passar a bola, por exemplo. A sua evolução tem sido especial”, elogiou o reserva, em entrevista ao site HoopsHype.
Kuminga, a princípio, é um dos candidatos a jogador que mais evoluiu na temporada. Ele foi titular em 44 jogos do Warriors da campanha. Registra as maiores médias da carreira em pontuação (16,3), rebotes (4,8), assistências (2,1), aproveitamento de arremessos (52,9%) e minutos (26,3). Looney acredita que o jovem só precisava de espaço e equilíbrio para tornar-se o que vemos em quadra hoje.
“Dava para ver que Jonathan estava diferente assim que iniciou a pré-temporada, pela maneira como se comportava. O resultado não apareceu logo no começo do ano, pois todos tivemos que fazer sacrifícios pelo coletivo. Mas, quando entrou em seu ritmo, o seu basquete atingiu outro nível. O seu crescimento foi incrível e, por isso, mal posso esperar para ver o que ainda vem por aí”, contou o veterano.
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Mudança de postura
É claro que existe uma evolução de Jonathan Kuminga em relação às duas primeiras temporadas no Warriors. Mas esse pode não ser o grande fator por trás do maior crescimento no basquete do ala-pivô. O modo de atuação, afinal, é tão importante quanto o jogo em si. Looney também vê a situação dessa forma. O experiente pivô avalia que o crescimento do jovem se deu mais por uma questão de postura do que técnica.
“Eu acho que a mudança foi mais mental do que técnica, pois o jogo sempre esteve ali. Sempre foi um grande talento e uma aberração atlética, além de bom arremessador de média distância. Mas o nosso sistema ofensivo não é dos mais simples de aprender. Eu acho que ele tem feito um ótimo trabalho deixando o nosso ataque mais dinâmico. Mais do que isso, tirando pressão das nossas referências”, reconheceu o pivô.
A mudança de comportamento reflete-se na forma como Kuminga, por exemplo, reage ao que acontece em quadra. “Às vezes, as coisas não ocorriam como queria e Jonathan ficava nervoso. Eu lhe dou muito crédito, então, por sua paciência e não forçar nada em quadra. Para resumir, ele está deixando o jogo vir até si de maneira bem mais natural”, completou Looney.
Colega de reserva
Uma das grandes reviravoltas do Warriors na temporada foi a passagem do astro Klay Thompson para o banco de reservas. Mas Looney já vive essa realidade há tempos. O pivô entra e sai do quinteto inicial, afinal, a depender da situação do time e desfalques. Ele revelou que deu conselhos para o colega quando a notícia “estourou”. A questão, acima de tudo, é aceitar o papel pelo bem coletivo.
“Eu sempre digo para que Klay só abrace essa nova função. Nós sabemos quem ele é, então não temos dúvidas de que se trata de um jogador especial. E, realmente, sinto que assumiu o papel. Ele subiu de produção desde então e, com isso, o time cresceu. Não mostra frustração no dia a dia. É um jogador que faz sacrifícios o ano inteiro e a equipe como um todo ganha”, concluiu o reboteiro.
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