O jogador camisa 0 do Charlotte Hornets foi proibido de entrar no Canadá para enfrentar o Toronto Raptors. A partida terminou em derrota para a sua equipe, por 114 a 99. De acordo com Adrian Wojnarowski, da ESPN, a proibição aconteceu em razão da liberdade condicional do ala-pivô, após ser preso por violência doméstica.
Antes da partida diante do Raptors no Canadá, o treinador do Charlotte Hornets, Steve Clifford, evitou dar detalhes sobre a ausência do jogador. A franquia, aliás, só confirmou a proibição do camisa 0 uma hora antes do confronto.
“A única coisa que vou dizer é que nem ele nem Nathan Mensah estarão conosco esta noite”, disse Clifford. “Isso é tudo o que vou dizer”, completou.
As polêmicas com o atleta começaram na offseason do ano passado, quando o prenderam por violência doméstica. Por isso, o ele, que era agente livre restrito, não jogou a última campanha.
O jogador do Hornets recebeu três anos de liberdade condicional e, assim, evitou uma punição severa. Caso condenado, ele poderia ficar mais de 11 anos na prisão. A sua reação à pena não sugeriu uma pessoa inocente. Afinal, ele aceitou a punição da Justiça sem recorrer da condenação.
No entanto, o atleta deverá completar 52 semanas de aconselhamento doméstico, cumprir 100 horas de serviço comunitário. Além disso, deve obedecer aos termos de uma medida protetiva de dez anos.
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Além da cadeia, o jogador de 25 anos levou um gancho de 30 jogos da liga. Como cumpriu dois terços da suspensão no último ano, o camisa 0 não atuou nas dez primeiras partidas desta temporada.
Recentemente, aliás, ele foi preso novamente por violar a condicional, mas liberado sob fiança. Uma das condições impostas pela Justiça era a de evitar qualquer contato com sua ex-namorada, vítima das agressões em 2022. Ela alegou que o atleta violou os termos da ordem por meio das redes sociais e dispositivos de comunicação.
Relembre o caso
O camisa 0 do Hornets foi preso em junho do ano passado por agredir Mychelle Johnson, mãe de seus dois filhos. Ele pagou fiança de US$130 mil e, assim, foi solto de imediato.
Nas redes sociais, a mulher revelou que o relatório médico atestou um intenso abuso físico. Ela sofreu, por exemplo, estrangulamento, concussão, fratura no nariz, hematomas e até uma contusão nas costelas. A promotoria também incluiu a acusação de abuso infantil. Afinal, o caso assustador aconteceu diante dos dois filhos do casal.
Como resultado, o jogador foi suspenso pela NBA. Mas, no fim das contas, a liga e a franquia de Charlotte deram uma segunda chance ao atleta. Assim, o ala-pivô comemorou o seu retorno ao basquete.
“Eu quero me desculpar com todos, antes de tudo, pela dor e vergonha que causei. Peço perdão, em particular, à minha família. Priorizei, durante esse ano afastado, fazer terapia e tratamento para me tornar o melhor ser humano que posso. Quero ser, no fim das contas, alguém que os meus familiares e todos nessa franquia tenham orgulho”, declarou o atleta, em entrevista coletiva.
“Compreendo que algumas pessoas não acham que eu mereça uma segunda chance. Muitas pessoas, aliás, nem têm uma segunda chance. Então, eu preciso usar esta temporada para mostrar quem sou. Não quem todos pensam que Miles é, mas quem sou de verdade. E, para resumir, quero provar que sou aquele mesmo garoto draftado cinco anos atrás”, finalizou.
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