Fonte: Jeff Bottari / AFPO Indiana Pacers ganhou vários elogios de torcedores e analistas depois da troca de Domantas Sabonis por Tyrese Haliburton. Mas o Sacramento Kings viu o resultado positivo mais rápido do negócio. A equipe voltou aos playoffs com o pivô e, assim, deu fim a um jejum de quase duas décadas. O pivô Myles Turner, no entanto, crava que o time de Indianápolis foi quem “venceu” a transação.
“Eu sei que sou imparcial, mas nós vencemos a troca. Eu diria que ela beneficiou todos, a princípio. Acredito que Sacramento conseguiu algo que De’Aaron Fox precisava para ter um salto de produção. Recebemos, enquanto isso, o armador que precisávamos em Tyrese. Todo mundo teve o que queria. Mas, no fim das contas, eu acho que a gente se saiu melhor”, avaliou o titular do garrafão do Pacers.
A análise de Turner, antes de tudo, carrega a empolgação da equipe com a classificação para a final da Copa da NBA. Haliburton anotou 27 pontos e 15 assistências e nenhum desperdício de bola para liderar a vitória sobre o favorito Milwaukee Bucks na etapa anterior. Mas a sua visão também passa por uma questão pessoal. Ele reconhece que não estava confortável na parceria com Sabonis.
“O tempo em que atuei mais como um ala-pivô aberto, ao lado de Domantas, não foram bons porque não estava feliz. Não gostava do meu papel na equipe. Disparavam críticas e eu não encarava bem aquelas opiniões destrutivas, pois ninguém entendia que jogava fora de posição. É claro que nem tudo foi um inferno, mas, definitivamente, não foi um bom momento para mim”, desabafou o experiente pivô.
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Especial
Não há dúvidas de que, nesse momento, a troca rende mais para Haliburton e o Pacers do que Sabonis e o Kings. Os dois times ganharam 12 de 20 jogos na temporada, mas Indiana está uma posição acima de Sacramento em sua conferência. Isso, obviamente, sem contar a final da Copa da NBA. No entanto, a questão vai além. Buddy Hield, por exemplo, vê um legítimo superastro e candidato a MVP no armador.
“Tyrese vive bravo comigo quando digo que não antevi um passe que me daria. Mas ele é assim: um cara que pensa dois passos à frente de todos. E, além disso, ele joga com muito espaço porque também arremessa para três pontos muito bem. Quando se tem esse tipo de visão e capacidade de antecipação, você impacta o jogo. Ele é especial”, exaltou o veterano arremessador.
Bruce Brown chegou ao Pacers nessa temporada, vindo do campeão Denver Nuggets. Mas, assim como Hield, já percebeu o brilhantismo do novo companheiro. “Esse garoto tem tudo o que é preciso para controlar uma partida. É bem inteligente, antes de tudo. E, ainda por cima, faz esses jogos de 15 assistências sem nenhum erro. É um negócio que só tinha visto com Nikola Jokic”, apontou o ala.
Surpresa
É verdade que o Pacers é o azarão na final desse sábado. Pouca gente apostava, afinal, que a equipe estaria em Las Vegas. E, se está, muito passa pela qualidade do basquete de Haliburton. O armador é a aposta mais popular para MVP da Copa da NBA e aparece em todos os TOP 10 de jogador mais valioso da temporada. No entanto, ele deixa claro que não está satisfeito só com isso.
“Eu acho que nós estamos jogando para chocar o mundo do basquete nesse momento. Ninguém esperava que chegássemos tão longe, mas os caras dentro desse vestiário nunca duvidaram que era possível. Sei que muitos jogadores estão animados com o prêmio em dinheiro. No entanto, para mim, é outra coisa. O mais importante é vencer, pois é para isso que jogo”, concluiu Haliburton.
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