Bulls e Pacers deviam abraçar as trocas na NBA

Times precisam se mexer, mas por motivos diferentes

Bulls Pacers trocas NBA Fonte: Emilee Chinn / AFP

Chicago Bulls e Indiana Pacers começaram a nova temporada da NBA com problemas e precisam pensar seriamente em trocas. Enquanto o Pacers possui três vitórias em seis jogos e é o sétimo no Leste, o Bulls é o penúltimo na Conferência com dois triunfos em sete partidas. São situações diferentes e não tanto pela classificação, pois a campanha começou há menos de duas semanas.

Mas o que acontece é que as duas equipes entraram em 2023/24 pensando em coisas grandes e o que se vê em quadra é a necessidade de mudanças. De novo, os times estão em patamares distintos. Enquanto o Pacers precisa de alguns ajustes, o Bulls precisa de trocas para abraçar o tank e ter uma boa posição no Draft da NBA.

Mas por que tão cedo?

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Bem, o mercado da liga é feito de oportunidades. Vão esperar até fevereiro com qual justificativa?

Para o Pacers, quanto mais cedo, melhor. O elenco está cheio de jogadores que não saem do banco e podem render em outros lugares. Ficar com um grupo muito profundo não resulta em muita coisa, a não ser em uma boa negociação. E se não o faz, por que deixam Tyrese Haliburton jogar sozinho?

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Por partes, o Pacers tem como melhorar muita coisa. Uma delas é mandar Bennedict Mathurin de volta para o banco de reservas. Apesar de ser um cestinha, Mathurin não faz um bom início de temporada. Após fazer 16.3 pontos em seu ano de estreia, o ala vem decepcionando com 11.2 pontos e aproveitamentos bem questionáveis (39.3% nos arremessos gerais e 25% em três pontos).

E mesmo com Bruce Brown, Myles Turner e Haliburton, Indiana tem a pior eficiência defensiva de toda a NBA: 119.9.

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Para resolver o problema, por exemplo, por que não utilizar mais o calouro Jarace Walker? Conhecido por ser um defensor versátil, ele também sabe arremessar do perímetro. Então, por que Obi Toppin é o titular ali? Só para agradar Haliburton? Não faz sentido algum.

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Mas quando falamos de trocas, seja para o Pacers ou para o Bulls na atual temporada da NBA, é porque os dois times precisam de movimentações certeiras. Olha lá o Daniel Theis sem pisar em quadra. E seu contrato é uma maravilha para qualquer equipe, pois tem uma team option em 2024/25 de US$9.5 milhões. Fora o que defende e ajuda no garrafão. Mas com Myles Turner no elenco, não tem necessidade de o alemão ficar “mofando” ali.

TJ McConnell virou terceiro armador, atrás de Andrew Nembhard e, claro, de Haliburton. Com um contrato de US$8.7 milhões em 2023/24 e parcialmente garantido em 2024/25, o bom defensor e organizador poderia virar moeda de troca. Assim, para ser o reserva do reserva, o Pacers pode “pescar” alguém na G-League.

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Buddy Hield com um expirante de US$19.3 milhões pode sair. O que tem de time ligando atrás dele há anos…

Por fim, o Pacers ainda tem Isaiah Jackson, sonho de consumo de meia NBA, mas que não joga justamente porque Turner está ali. Vá lá, até dá para entender o Pacers, pois o titular costuma se machucar e perder cerca de 20 jogos por temporada.

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Bulls

Olha, o Bulls está com duas vitórias porque ganhou uma de presente, contra o Toronto Raptors. Quem viu o jogo sabe o que aconteceu. O Raptors ia vencer, mas cometeu tantos erros no fim que “deu” o triunfo para Chicago. Faltando 13 segundos para o fim, Scottie Barnes cometeu um dos erros mais bizarros da temporada quando Toronto vencia por três e tinha a posse. Depois, Barnes foi juvenil (de novo) e fez falta em DeRozan com menos de um segundo para o fim.

Na prorrogação, Pascal Siakam desperdiçou a posse restando dez segundos para acabar e com o Raptors na frente por 103 a 101. Aí, Alex Caruso, livre, virou em 104 a 103. Siakam ainda teve a chance da vitória, mas “sabotou” mais uma vez.

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Ou seja, não fosse tudo isso, Chicago teria uma vitória em sete jogos.

Agora, vamos isolar o jogo de 51 pontos de Zach LaVine e analisar sua temporada.

Na derrota para o Detroit Pistons (por 16), ele acertou sete das 13 tentativas do perímetro e anotou os 51. Assim, ele possui média de 22.3 pontos e apenas 31.5% de três. Certo.

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Sem aquela partida, ele ficaria com 17.5 pontos e 24.4% de aproveitamento de longa distância. Isso sem contar que em 2023/24, ele não está passando a bola: 2.1 assistências (quinto no time).

Desde então, LaVine não consegue acertar nem 41% dos arremessos de quadra e 30.8% do perímetro.

Eca.

Trocas?

Vamos repetir. Desde a lesão de Lonzo Ball, o Bulls não se encaixou. Até houve um momento em que o time realmente melhorou, mas não o suficiente para ir aos playoffs. Foi quando Patrick Beverley chegou. Ali, LaVine jogou muito e conduziu Chicago aos triunfos. Mas quando veio a offseason, cadê Beverley?

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Sabe? A diretoria faz escolhas ruins há muito tempo e não esconde de ninguém que é ruim. Era só entender que a presença do veterano fazia o jogo de LaVine melhorar, DeMar DeRozan ser mais efetivo e até Nikola Vucevic defendeu bem. Aí, na agência livre, o Bulls fechou com Jevon Carter e Torrey Craig, como se fosse um candidato a alguma coisa.

Vamos ser sinceros, né? Os dois são ótimos reforços para times que vão brigar por coisas lá na ponta da tabela. Mas para o Bulls? Bem, não dá para negar que Chicago está em uma das pontas, né?

Então, Arturas Karnisovas precisa entender que o atual elenco já deu o que tinha de dar. Ficou na promessa de que seria um candidato ao título e, por conta da infelicidade de Ball, não deu mais liga.

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E é isso.

Abrir mão de veteranos

O Bulls tem que trocar LaVine, DeRozan, Caruso e encarar a realidade. Vucevic estendeu seu contrato em junho e só pode sair depois do dia 28 de dezembro. Seu acordo, entretanto, não é tão fácil de se negociar. Apesar de ser muito bom ofensivamente, o pivô vai receber cerca de US$20 milhões anuais até 2025/26, quando terá 35 anos.

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Então, é hora de partir para uma reformulação. Parece cedo (e até é), mas quanto antes a ideia de tank acontecer ali, melhor. Talvez não seja para venda de camisa ou de ingressos, mas não dá para adiar muito. Tem que aproveitar enquanto seus jogadores valem algo no mercado. DeRozan, por exemplo, tem expirante de US$28.6 milhões.

O problema de ficar levando de barriga a temporada é que o time não tem encaixe. Então, vai ficar iludindo o torcedor e Billy Donovan não vai conseguir o milagre de se tornar um bom técnico da noite para o dia.

Bulls e Pacers devem fazer trocas na NBA

Não é um chute, tá? É algo que vai acabar acontecendo na temporada. Enquanto o Bulls está cheio de veteranos em um time que não encaixa, o Pacers tem vários jogadores que podem virar moeda de troca. Um é para piorar o elenco. O outro é para ir aos playoffs.

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São situações diferentes, obviamente.

Mas Chicago está ruim no ataque (25° em eficiência ofensiva) e na defesa (24°). Tem o pior ritmo da NBA, o 28° em aproveitamento de três pontos, 25° em rebotes, 29° em assistências e é o quinto que mais permite passes decisivos. No entanto, não tem um cara que desfalca o time e vai voltar em breve. É o que tem ali. Claro, Lonzo Ball é outro papo e só volta na próxima temporada.

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Para o Pacers, entretanto, é mais uma questão de ajuste. Primeiro, dar tempo de quadra a Jarace Walker, dar titularidade a Aaron Nesmith e colocar Obi Toppin e Bennedict Mathurin para virem do banco. Depois, é negociar Buddy Hield, TJ McConnell e Daniel Theis. Não são tarefas tão difíceis assim.

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