A próxima temporada da NBA começa no próximo dia 24 e, hoje, vamos falar da previsão do Indiana Pacers. A equipe fez um dos investimentos mais ousados da agência livre e, assim, ganhou a concorrência para trazer Bruce Brown. Então, tirou um jogador importante do campeão Denver Nuggets. Mas o que isso quer dizer sobre o 11º colocado do Leste na campanha passada.
No entanto, apesar da contratação de impacto, o time ainda está em processo de reconstrução. É um elenco majoritariamente jovem e não existe uma intenção de “queimar etapas”. Tentar ser mais competitivo, na verdade, é uma reação diante dos resultados da campanha passada. Afinal, até a metade da temporada, essa equipe brigava por uma vaga direta nos playoffs.
A derrocada na classificação teve um marco bem definido: a lesão do astro Tyrese Haliburton. O time “despencou” para o fim da tabela por causa de uma sequência de só três vitórias em 20 jogos. E essa série, antes de tudo, começou com a ausência do armador. Sem o seu “motor” e referência, a produtiva ofensiva de Indiana simplesmente travou.
Os números, aliás, provam isso. Com o jovem craque em quadra, o time anotou quase 117 pontos por 100 posses de bola na última temporada. No entanto, em sua ausência, o índice caiu para 109,5 pontos. É a maior diferença, com folgas, de todo o elenco da campanha passada.
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O elenco
Mas a equipe liderada por Haliburton não tem Bruce Brown como única novidade. Selecionou o novato Jarace Walker com a oitava escolha do último draft e, em seguida, adquiriu o ala-pivô Obi Toppin em transação com o New York Knicks. O “ex-nova-iorquino” deve ser titular, aliás, no início da temporada. Enquanto isso, Haliburton e Myles Turner seguem com os seus postos no quinteto.
Além disso, Brown chega com o status de titular. A dúvida fica na posição de ala-armador. Bennedict Mathurin começa a campanha no alinhamento inicial, mas, se não for trocado, Buddy Hield tende a lutar pela vaga.
G | 11 | Brown, Bruce | 1.93 m | 92 kg | ||
G | 0 | Haliburton, Tyrese | 1.96 m | 84 kg | ||
G | 24 | Hield, Buddy | 1.93 m | 100 kg | ||
F | 22 | Jackson, Isaiah | 2.08 m | 93 kg | ||
G | 8 | King, Mojave | 1.96 m | 88 kg | ||
G/F | 00 | Mathurin, Bennedict | 1.98 m | 95 kg | ||
G/F | 10 | Brown, Kendall (TW) | 2.01 m | 93 kg | ||
G | 9 | McConnell, T. J. | 1.85 m | 86 kg | ||
G | 2 | Nembhard, Andrew | 1.91 m | 87 kg | ||
G/F | 23 | Nesmith, Aaron | 1.96 m | 98 kg | ||
F | 13 | Nwora, Jordan | 2.06 m | 102 kg | ||
G | 26 | Sheppard, Ben | 1.98 m | 86 kg | ||
F/C | 25 | Smith, Jalen | 2.08 m | 98 kg | ||
C | 27 | Theis, Daniel | 2.06 m | 111 kg | ||
F | 1 | Toppin, Obi | 2.06 m | 100 kg | ||
C | 44 | Tshiebwe, Oscar (TW) | 2.06 m | 118 kg | ||
C | 33 | Turner, Myles | 2.11 m | 113 kg | ||
F | 5 | Walker, Jarace | 2.03 m | 109 kg | ||
G | 21 | Wong, Isaiah (TW) | 1.93 m | 84 kg |
Movimentações na offseason
Quem chegou?
Bruce Brown, Ben Shepard, Jarace Walker, Obi Toppin, Oscar Tshiebwe e Isaiah Wong
Quem saiu?
Oshae Brissett, Chris Duarte, George Hill, James Johnson e Gabe York
O técnico
Rick Carlisle é um dos mais experientes e respeitados treinadores da liga. Mais do que isso, é um profissional acostumado a situações vitoriosas e competitivas. Não se trata do seu típico técnico de uma equipe em reconstrução. É difícil entender a sua parceria com o Pacers nesse momento da carreira. Afinal, estamos falando de um comandante de 63 anos à beira da 900ª vitória na carreira.
É possível ver algumas marcas do trabalho de Carlisle em sua segunda passagem por Indiana, apesar da juventude do elenco. As formações com dois armadores – com Haliburton, Andrew Newbhard e TJ McConnell – são um dos grandes pontos positivos do seu trabalho. Mas a defesa, que sempre foi o “carro-chefe” dos seus trabalhos, ainda precisa ser bem mais afiada.
O perímetro
O Pacers possui um elenco de perímetro bastante sólido, a princípio, para um time em reconstrução. Tem várias opções para cada função e posição, se incluirmos os seus novatos, além de uma boa combinação de juventude e experiência. Carlisle pode combinar dois criadores com a bola nas mãos por causa da gama de opções que acumula. A rotação inclui jogadores como Haliburton, Newbhard, McConnell e Mathurin.
Mas também apresenta uma boa dose de espaçamento. A lista de arremessadores é encabeçada por Buddy Hield, mas ele ainda pode ser negociado. Outros atletas, no entanto, se apresentam como ótimas alternativas para espaçar a quadra: Aaron Nesmith, Jordan Nwora o novato Ben Shepard. Haliburton, por fim, também é um excelente chutador quando atua sem a bola.
O grande problema do perímetro de Indiana é o outro lado da quadra. A equipe teve a segunda pior defesa em eficiência da liga, em grande parte, por causa do perímetro. Jogar com esse máximo espaçamento custa a marcação. Falta, além disso, defensores mais dinâmicos que possam oferecer versatilidade e cobertura. Nesse sentido, Brown chega com status de titular como um reforço cirúrgico.
A modelagem da rotação do Pacers ainda depende muito de Hield, por mais que seja reserva no início da campanha. Ele não é só um ala-armador titular na liga, mas também um dos melhores chutadores da NBA. O time passa a depender mais dos quintetos com vários armadores, além do arremessos de Shepard traduzindo de cara, com a possível saída.
O garrafão
A rotação de garrafão do Pacers tem sido um ponto de interrogação no Pacers por causa de razões diferentes. Em primeiro lugar, a franquia acostumou-se com uma lacuna na posição de ala-pivô. Na última temporada, por exemplo, utilizou-se por muitos minutos atletas como Nwora e Nesmith improvisados na posição. Enquanto isso, entre os pivôs, Myles Turner era um constante alvo de rumores.
Os dois pontos, a princípio, parecem muito mais resolvidos nessa nova campanha. A posição de ala-pivô, em particular, ganhou muito mais clareza. A equipe trouxe dois atletas para suprir a lacuna com Toppin e o novato Walker. O calouro, como citado anteriormente, foi uma escolha TOP 10 de draft. Não são soluções certas, mas são ótimas apostas.
Brown, aliás, também pode ser uma alternativa na posição com alinhamentos mais baixos. Ele é uma opção de improviso muito melhor, por exemplo, do que Nesmith e Nwora. Entrega a versatilidade defensiva que o time tanto necessita.
Entre os pivôs, Turner está com uma extensão assinada e livre das especulações pela primeira vez em muito tempo. A sua proteção de aro e mobilidade são as chaves para que a defesa do Pacers seja decente em algum momento. No banco, Carlisle possui duas opções bem diferentes para a reserva. Isaiah Jackson traz juventude e imposição física, enquanto Daniel Theis é mais experiente e versátil.
Análise geral
O Pacers foi um time superior na última temporada do que os números mostram. A 11ª posição não condiz com uma equipe que estava em sexto lugar até o meio da campanha. A quantidade de vitórias, como resultado, é menor do que poderia. Só ter o 24º melhor ataque em eficiência é um produto, por sua vez, de um final de temporada em que o elenco desmanchou.
É seguro dizer que, se Haliburton tivesse feito uns dez jogos a mais, Indiana estaria firme na disputa pelo play-in. Evitaria a pior sequência de derrotas da campanha e, mais do que isso, faria com que o time não “largasse mão” da temporada.
A franquia trouxe reforços para agregar ao elenco que soam pontuais. Preenchem, afinal, posições (ala-pivôs) e funções (versatilidade defensiva) estratégicas. Mas isso não exime o elenco de uma evolução interna para confirmar o potencial da temporada passada. É preciso, em particular, ser melhor defensivamente. Indiana foi a segunda equipe que mais tomou pontos na campanha passada, por exemplo.
Há pontos interessantes, no entanto, para se construir. O Pacers é um time jovem que, de fato, consegue jogar rápido. É a equipe que teve a maior média de pontos de contra-ataque na última temporada, por exemplo. Tem um elenco encorpado e excelente espaçamento. Não tem a cara de Rick Carlisle, mas é o que a NBA pede hoje.
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