Fonte: Kevork Djansezian / AFPA lista comemorativa dos 75 melhores jogadores da história da NBA trouxe um merecido reconhecimento para grandes craques. Poucas questões causaram mais comoção na comunidade da liga, no entanto, do que o caso de um “esnobado”. E mais um dos seus contemporâneos saíram em sua defesa agora. Dwyane Wade define a ausência de Dwight Howard entre os homenageados como absurda.
“Dwight deveria estar na lista, certamente. Ele foi o pivô dominante da nossa liga, afinal, por vários anos. Foram muitos anos. Sei que diversas pessoas não gostam dele por causa de sua personalidade e problemas pessoais. Mas o seu currículo é inegável. O seu mérito é inquestionável – e está acima de quaisquer diferenças”, cravou o ídolo do Miami Heat, em entrevista ao analista Shannon Sharpe.
O currículo de Howard, realmente, acumula vários feitos significativos. O pivô, em primeiro lugar, teve oito seleções para o All-Star Game e um dos times ideais da NBA. Ganhou três prêmios de melhor defensor da liga e liderou a liga em rebotes por cinco temporadas. Por fim, em 2020, teve um papel importante na campanha do título do Los Angeles Lakers.
“As votações são subjetivas, então você pode escolher os atletas que quiser para essa lista. Mas, nos últimos 25 anos, quantos caras estão à frente dele para que não entre? O homem levou Orlando para uma final da NBA, para resumir. Muitos astros poderiam estar lá, como Tracy McGrady, mas a ausência de Dwight é a pior”, completou o lendário ala-armador.
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Comando técnico
A eleição de Howard era tão evidente que até desafetos ficaram em seu favor. Ele viveu um relacionamento problemático e foi um dos causadores da demissão do técnico Stan Van Gundy no Orlando Magic. No entanto, o comandante mostrou-se revoltado ao comentar a ausência do pivô na lista comemorativa. É o relato de quem viu de perto o período de dominância do atleta.
“Quando eu comandei Dwight em Orlando, só LeBron James e Kobe Bryant eram regularmente tão bons na liga quanto ele. Foi três vezes melhor defensor do ano e, além disso, marcava mais de 20 pontos por noite. E isso porque nem era o foco do nosso sistema ofensivo. O jogo girava em torno dele, mas não era o pontuador e a bola não ficava em suas mãos”, elogiou o ex-treinador do Magic.
Para Van Gundy, a ausência de Howard só pode ser uma questão pessoal por parte dos votantes. “Você pode acreditar que Anthony Davis, por exemplo, é melhor do que Dwight. Mas, sinceramente, não tem como argumentar que Anthony teve uma melhor carreira do que Dwight. Simplesmente não dá para justificar”, sentenciou o técnico.
Surpresa
Se Dwyane Wade ficou surpreso com a ausência de Dwight Howard na lista dos 75 melhores, imagine o próprio pivô. Ele revelou que, a princípio, ficou devastado e colocou a sua trajetória no basquete em perspectiva. Tudo aquilo, afinal, valeu a pena? O jogador, que disputou a última temporada em Taiwan, explicou os seus sentimentos em entrevista recente a Sharpe.
“Eu fiquei bem surpreso quando vi que não fui escolhido. E, em seguida, chateado. Cheguei a considerar a aposentadoria, pois você começa a se questionar por que joga basquete. Eu fiz tudo isso em quadra, conquistei várias coisas e ainda fui um ótimo embaixador da NBA ao redor do mundo. E, como resultado, isso? Senti-me totalmente desrespeitado”, desabafou o veterano.
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