Joel Embiid nasceu em Camarões e possui a cidadania francesa, mas pode jogar as Olimpíadas de Paris pela seleção dos EUA. O diretor da USA Basketball, Grant Hill, confirmou ter conversas em andamento para tentar recrutar o MVP da liga. Existe, então, uma declarada disputa nos bastidores entre os franceses e norte-americanos para contar com o astro do Philadelphia 76ers.
“Não posso responder com detalhes, mas tive conversas com Joel recentemente. Nós sabemos que é um espetacular jogador e, mais do que isso, tem opções. Há outros interessados. É um atleta, no entanto, com quem estamos em contato de olho nos Jogos Olímpicos. Então, vamos ver como a situação vai se desenrolar”, revelou o ex-ala, em entrevista à rádio SiriusXM.
Os EUA conquistaram as últimas quatro medalhas de ouro olímpicas, mas engana-se que acredita em uma hegemonia. O cenário mundial está mais acirrado do que esses resultados indicam. A seleção vai disputar a Copa do Mundo FIBA como o atual sétimo colocado do torneio, por exemplo. É um consenso que os melhores jogadores da NBA, hoje em dia, não são norte-americanos.
“A competição internacional não é nada fácil. Por isso, nós precisamos dos nossos melhores jogadores à disposição. E Joel, certamente, é um deles. Nós temos que, além disso, manter os nossos jovens talentos interessados e engajados em atuar pela seleção. O nosso trabalho é fazer com que todos queiram fazer parte desse programa e estar conosco”, alertou o executivo.
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Reforço duplo
Ter Joel Embiid na seleção dos EUA para as Olimpíadas seria, a princípio, um tipo de “reforço duplo”. Não se discute, para começar, o acréscimo técnico que o MVP da liga traz para uma equipe. Mas, além disso, representa o enfraquecimento do maior rival dos norte-americanos no momento. O recrutamento do pivô, assim, torna-se um movimento estratégico para o Team USA.
“A França foi o nosso adversário mais complicado no último ciclo. Eles derrotaram a seleção na estreia em Tóquio, por exemplo. Em seguida, ‘venderam caro’ a derrota no final. A nossa vitória foi muito difícil no confronto da medalha de ouro. E, agora, ainda vão ter Victor Wembanyama junto aos seus talentos. Ou seja, precisamos estar de olhos abertos”, reconheceu Hill.
O ex-jogador, no entanto, faz questão de ressaltar que as potenciais ameaças aos norte-americanos não param nos franceses. Há mais com o que se preocupar. “A Espanha já foi o nosso maior rival em ciclos passados e segue bem capacitada. O Canadá, além disso, possui um elenco cheio de jogadores da NBA. Então, vencer não é nada fácil”, avisou o integrante do Hall da Fama.
Otimismo
A concorrência norte-americana, por enquanto, não diminui o otimismo da França em contar com Embiid. O técnico Vincent Collet, por exemplo, revelou que teve o craque em uma pré-lista para o Mundial desse ano. Essa possibilidade não foi em frente porque o atleta do Sixers casou-se nos últimos dias. Evan Fournier, de qualquer forma, aposta que o pivô vai ser seu companheiro de seleção em breve.
“Vamos ver o que vai acontecer, mas é uma ótima perspectiva. Joel conseguiu a cidadania norte-americana também, mas não acho que vá defender os EUA. Se escolher a França, então, será muito bem-vindo. Vamos recebê-lo, certamente, com os braços abertos. Temos um programa especial e vamos ser ainda mais competitivos com mais um pivô desse porte”, afirmou o ala-armador.
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