Cinquenta e quatro porcento. É o índice de jogos de temporada regular que Lonzo Ball disputou até aqui em sua turbulenta carreira, que inclui um pai polêmico, uma grande lesão e um futuro incerto.
Ball jogou basquete universitário por UCLA, e registrou números impressionantes em seu único ano por lá: 14,6 pontos, 6 rebotes e 7,6 assistências por jogo. O armador mostrou grande QI de basquete logo cedo, além de boa defesa e arremesso de três pontos. Por isso, foi nomeado para a equipe ideal do Pac-12 e foi finalista do prêmio de melhor atleta universitário da temporada.
Los Angeles Lakers
Já em 2017, o Los Angeles Lakers selecionou o jogador com a segunda escolha geral no Draft da NBA. Em um processo bastante tumultuado às vésperas do Draft, o pai de Lonzo Ball foi frequentemente à imprensa para encher a bola do filho, antes de qualquer lesão. Ele chegou a participar de programas na ESPN e Fox Sports, além de falar que ele próprio teria sido profissional.
A primeira temporada de Ball, contudo, não foi tão boa. Com médias de apenas 10,2 pontos, 6,9 rebotes e 7,2 assistências, era claro que precisava trabalhar muito em seu arremesso. Dessa forma, com aproveitamento de apenas 30,5% de três pontos, 42% de quadra e incríveis 45,1% do lance livre, Lonzo foi o pior arremessador da liga naquele ano. Além disso, já mostrou indícios da falta de saúde física que o assombra na carreira: perdeu 30 partidas.
A chegada do rei
Em 2018/19, porém, boas notícias: LeBron James chegaria à equipe. O rei vinha de oito finais consecutivas da NBA, e prometia levar o Lakers para outro patamar.
Com uma equipe renovada, a organização começou bem a temporada, chegando a ocupar a terceira posição da Conferência Oeste no Natal. Entretanto, uma lesão de LeBron colocou o Lakers em uma posição ruim, e mesmo quando James voltou, em meados de fevereiro, a temporada já parecia perdida.
Além disso, outro fator importante foi o rumor de Anthony Davis chegando em Los Angeles. O pivô já havia pedido para sair do New Orleans Pelicans. Então, era claro que, para o Lakers fazer a troca acontecer, teria que abrir mão de pelo menos três de seus jovens jogadores: Josh Hart, Lonzo, Brandom Ingram e Kyle Kuzma.
Ao final da temporada, o armador teve médias de apenas 9,9 pontos, 5,3 rebotes e 5,4 assistências. Seu arremesso de dois e três pontos melhorou ligeiramente, mas o lance livre piorou: 41,7%.
A franquia de Los Angeles não foi aos playoffs, e ficou claro que, caso quisessem deixar LeBron feliz, teriam que se movimentar no verão. Por isso, negociaram Brandon Ingram e Josh Hart, junto de Lonzo. Os jogadores desembarcaram em New Orleans e eram os novos reforços do Pelicans.
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New Orleans Pelicans
E aqui houve uma melhora substancial no jogo de Ball. Sem os holofotes de Los Angeles e a pressão de jogar com LeBron, o jogador teve a temporada mais saudável de sua carreira. Em 19-20, participou de todos os 63 jogos da equipe na temporada mais curta, e registrou médias de 11,8 pontos, 6,1 rebotes e 7 assistências por jogo. Além disso, seu aproveitamento de três pontos subiu para 37,5%. Por fim, apresentou melhora também em criar seus próprios arremessos e agredir a cesta.
Parecia que tudo ia continuar melhorando. Em 2020/21 foi a melhor temporada da carreira do armador, com médias de 14,6 pontos, 4,8 rebotes e 5,7 assistências, além de finalmente melhorar seu arremesso nos lances livres: 78,1%. Ball já era um dos melhores jovens armadores da liga. Entretanto, algo parecia continuar incomodando: Mais 17 partidas perdidas por lesão.
Chicago Bulls
E com essa melhora ano a ano, parecia que o Pelicans ia manter o jogador, certo?
Errado. A equipe decidiu que Lonzo não valia o salário de US$80 milhões por quatro anos que o Bulls o ofereceu, e deixou o armador ir para Chicago.
Lá, Ball teve o melhor período de sua curta carreira: foram 13 pontos, 5,4 rebotes e 5,1 assistências por jogo em 35 partidas, com 42,3% de aproveitamento de três pontos e quase dois roubos de bola por jogo. O Bulls era o primeiro colocado da conferência Leste até a lesão do atleta.
Ah, a lesão…
Em janeiro de 2022, foi noticiado que o jovem jogador teve uma ruptura no menisco que o deixaria de fora por seis a oito semanas. Médicos da equipe realizaram a cirurgia oito dias depois do anúncio, no final do mês.
Em 11 de março, circulou um vídeo nas redes sociais onde o atleta aparecia treinando com bola. Entretanto, a equipe anunciou que seguraria a reabilitação do jogador por complicações no processo pós-operatório. Em abril, fomos informados que Lonzo estava fora da temporada. Chicago caiu para a sexta colocação geral sem o armador e foi eliminada na primeira rodada dos playoffs.
Com um verão inteiro para se recuperar, era esperado que Ball voltasse logo no começo da temporada 2022/23. Porém, no começo de setembro, Jamal Collier, da ESPN, noticiou que o atleta ainda era dúvida para o início dos jogos, e que ainda sentia dor ao fazer movimentos bruscos. Posteriormente, o próprio Chicago Bulls informou que faria outra cirurgia no jogador, e que ele ficaria fora por mais seis semanas.
Prazos adiados e tempo perdido
Ademais, tudo só parecia piorar. Em 30 de novembro, o técnico Billy Donovan admitiu que a recuperação estava sendo muito lenta. Além disso, Lonzo veio a público dizer que não conseguia correr ou pular.
E em fevereiro veio a confirmação. O armador não jogaria basquete nessa temporada. Três semanas depois, outra má notícia: Ball passaria pela terceira cirurgia no joelho cerca de um ano. No último mês, Dan Bernstein, do The Score, soltou uma bomba: o Bulls acredita que, talvez, o atleta nunca mais entre em quadra.
Por fim, outra bomba: Doug Gottlieb, da Fox Sports, disse que o Lakers acreditava que a lesão de Lonzo Ball era culpa de seu pai… Especificamente, dos tênis da Big Baller Brand, que Lonzo usou no início de sua carreira. Não existe a confirmação, mas a falta de informações e pronunciamento tanto da organização quanto do resto da família Ball abre suposições. Por hora, resta esperar e torcer para a recuperação do armador.
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