A NBA está de luto pela morte do ex-jogador e técnico Paul Silas. O profissional de 79 anos faleceu nesse domingo, de acordo com a família, por causa de um ataque cardíaco. Ele estava aposentado desde 2013, mas trilhou uma carreira de mais de cinco décadas na liga em múltiplas funções. Além disso, é o pai do atual treinador do Houston Rockets, Stephen Silas.
“As contribuições de Paul para o jogo são extremamente duradouras. Podemos vê-las, afinal, nos vários jogadores e técnicos que inspirou durante a carreira e vida. Esse diverso grupo inclui o seu filho, Stephen. Enviamos as nossas mais sinceras à família do grande Paul”, lamentou o comissário da NBA, Adam Silver, por meio de nota oficial.
Silas começou a carreira na NBA em 1964, depois de ser escolha de segunda rodada do draft. Foi uma lenda na Universidade de Creighton anteriormente, onde teve a camisa aposentada (#35). Ele disputou 16 temporadas e quase 1300 jogos como jogador profissional, com médias de 9,4 pontos e 9,9 rebotes. Foi conhecido como um firme reboteiro e, além disso, role player exemplar.
O veterano ganhou três títulos da liga já na segunda metade da carreira, enquanto atleta do Boston Celtics e Seattle Supersonics. Foi eleito para um dos times ideais defensivos da NBA em cinco oportunidades e, por fim, participou de dois Jogos das Estrelas. Ele aposentou-se em 1980, aos 36 anos, como o jogador mais velho em atividade na Associação.
A sua espetacular carreira em Creighton rendeu-lhe a eleição para o Hall da Fama do basquete universitário, em 2017. “Estou triste com a morte de nossa lenda, Paul. A sua ilustre trajetória como jogador e treinador, certamente, vai ser igualada por poucos”, declarou o atual técnico da universidade, Greg McDermott.
Leia mais
- NBA aposenta camisa #6 em homenagem a Bill Russell
- Fã e amigo, Magic Johnson lamenta morte de Maradona
- Michael Jordan: “O mundo perdeu uma lenda em Bill Russell”
Técnico
Paul Silas teve uma grandiosa carreira como atleta, mas deixou uma marca ainda maior como técnico na NBA. Ele começou a carreira assim que saiu das quadras, enquanto comandante do San Diego Clippers. Foi só o início de uma trajetória de quatro décadas por sete franquias diferentes. Tornou-se um ícone no Charlotte Hornets, em particular, onde trabalhou por quase 10 anos.
“Paul combinou a sabedoria de uma longa carreira na NBA com a compreensão de como ‘dosar’ disciplina e interminável otimismo. A sua carismática personalidade acompanhava-o dentro e fora de quadra, pois sempre possuía alguma história ou anedota a contar. Paul foi um dos grandes homens do nosso jogo e, por isso, vai fazer muita falta”, lamentou o dono do Hornets, Michael Jordan.
À beira das quadras, Silas ficou conhecido por uma abordagem bastante sincera com os seus comandados. Passou essa virtude, como resultado, para os vários treinadores com quem trabalhou e para quem deu espaço em suas comissões. Monty Williams e Steve Clifford, por exemplo, são alguns dos técnicos mais conhecidos. Isso sem contar, obviamente, o próprio filho.
“O meu pai, certamente, foi o meu mais importante mentor. Era alguém para quem podia fazer perguntas, mas, ao mesmo tempo, fazia perguntas para mim. Eu ficava surpreso porque ele realmente valorizava a minha opinião, mesmo ainda sendo tão jovem. Não tinha muita experiência, mas ele ouvia o que dizia”, contou Stephen, em entrevista concedida em 2021.
LeBron James
Uma das passagens mais importantes de Silas como treinador aconteceu em 2003, quando foi contratado pelo Cleveland Cavaliers. Ele foi selecionado a dedo, afinal, para ser o primeiro técnico de LeBron James na NBA. O que poderia revelar-se um trabalho difícil, no entanto, foi um dos mais prazerosos para o veterano. Só teve elogios para definir a experiência com o craque.
“Eu treinei LeBron nos primeiros dois anos de sua carreira e, certamente, foi uma experiência inacreditável. Ele é um jogador inacreditável, em síntese. Com só 18 anos, por exemplo, ele já conhecia Bill Russell e todas as grandes lendas dessa liga. A maioria dos jogadores de sua idade não fazem ideia sobre quem eles são. Além disso, ele já entendia o jogo muito bem”, contou Silas.
James também lamentou a notícia do falecimento de Silas, que definiu como um dos melhores seres humanos com quem já trabalhou. “Tentava achar Paul nos ginásios todas as vezes que jogava em Charlotte, pois era uma pessoa incrível. Saber de sua morte foi triste não só para mim, mas para todos os atletas que atuaram sob seu comando em Cleveland”, desabafou o ídolo.
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA