Na temporada passada da NBA, o Golden State Warriors mostrou a força de um elenco experiente e conquistou mais um título. A equipe levantou dúvidas durante a primeira fase da competição, mas cresceu nos Playoffs e acabou superando todos os rivais. Um resultado contundente que pode servir de exemplo até mesmo para o futebol brasileiro. A seleção nacional vai disputar o Mundial do Catar no final do ano, e chega no torneio em uma situação parecida com a dos Warriors. A esperança é que o resultado seja o mesmo.
Essa semelhança está na experiência do elenco, e nos altos e baixos antes do momento decisivo. Os Warriors começaram a temporada 2021/2022 como favoritos ao título, mas essa condição acabou diminuindo com os resultados em quadra. Com 53 vitórias e 29 derrotas na temporada regular, a equipe de Stephen Curry terminou na terceira posição da Conferência Leste, perdendo até mesmo a liderança na própria divisão. Uma situação parecida com a do Brasil no futebol. Em 2020, a Seleção Brasileira não apresentou bom rendimento na Copa América, e acabou perdendo a final para a Argentina.
No entanto, quando os Playoffs começaram na NBA, os Warriors mostraram que não esqueceram como se joga basquete. Os atuais campeões conseguiram desbancar várias equipes, inclusive o Dallas Mavericks e o Boston Celtics nas decisões, para ficar com o título mais uma vez. A grande diferença foi o quesito experiência dos jogadores, sobretudo de nomes como Stephen Curry, Draymond Green e Andrew Wiggins. Uma estratégia que pode ser usada também nos gramados do Catar.
A Seleção Brasileira tem vários jogadores experientes no elenco, como Thiago Silva, Neymar e Daniel Alves, e pode usar isso para crescer em momentos decisivos. Os três estão acostumados com decisões, inclusive já disputaram outras edições de Copa do Mundo. O camisa 10 ainda conta com números incríveis, tendo marcado 75 gols em 121 partidas com a amarelinha. Ou seja, tudo indica que é possível se inspirar na força que os Warriors demonstraram na temporada passada da NBA.
Favoritismo inicial
Assim como no início da temporada 2021/2022 da NBA com os Warriors, a Seleção Brasileira vai começar a Copa do Mundo com grande favoritismo. A campanha invicta nas Eliminatórias, e a liderança no Ranking da FIFA, são apenas alguns motivos dessa vantagem diante dos rivais. Os números comprovam isso, como mostram as cotações de apostas para o Mundial de futebol da KTO. O Brasil surge com 20,4% de probabilidade de título, deixando para trás a atual campeã França e a rival Argentina. Ou seja, é um favoritismo consolidado.
Isso inclui até mesmo as vantagens nos jogos iniciais. As cotações mostram que a Seleção Brasileira deve ter facilidade no Grupo G, ao lado de Sérvia, Suíça e Camarões. Isso ajuda a definir o caminho ao título, mas será preciso concentração para transformar tudo isso em uma campanha vitoriosa. A lição do Golden State Warriors vem exatamente dessa posição, com a experiência fazendo a diferença em momento de maior pressão. Se inspirar nos atuais campeões da NBA pode ser algo importante para conseguir o tão sonhado hexa.
Durante a temporada passada, os Warriors sofreram com críticas e algumas crises, mesmo em sequências de vitórias. Os torcedores reclamam da falta de competitividade, sobretudo contra os grandes rivais. O Brasil tem passado por isso no futebol, principalmente depois da derrota na Copa América de 2020. São caminhos parecidos, podendo ser repetidos, se tudo der certo no Catar.
Mais futebol e menos mídia
Algo que ajudou na NBA foi o silêncio dos jogadores, sobretudo com as críticas, para tentar focar no rendimento em quadra. Essa é uma estratégia aplicada pelo Brasil, inclusive pelo treinador Tite. Os questionamentos são normais, e a ideia é usá-los para fortalecer o rendimento nos gramados. Um passo importante em busca de vitórias contra rivais complicados.
Isso pode parecer simples, mas a Seleção Brasileira completou recentemente 20 anos do último título mundial. É uma pressão forte, por isso a experiência precisa falar mais alto. Os Warriors não tinham um grande jejum, mas ainda podem ser usados como referências, justamente por mostrar que com bons jogadores é possível reverter uma pressão e sair com o título de melhores do mundo.