Chegou a hora de Russell Westbrook sair do Los Angeles Lakers. Na verdade, passou da hora, mas a situação vai se agravando a cada dia. Apesar de o técnico Darvin Ham dizer que tinha planos para o armador, não existe mais clima, não há o que fazer além de ele ir embora o mais rápido possível.
E nem é só por Westbrook demonstrar toda irritação diante de seus colegas antes da derrota para o Minnesota Timberwolves. A situação já vem desde a última temporada, quando ele se isolou (ou foi isolado). Aquela coisa de união por um objetivo comum, esqueça. Ficou no primeiro mês de 2021/22, quando descobriram que seu estilo de jogo não casava com o de LeBron James.
Ora, como são gênios. Foram descobrir isso com a “bola rolando”.
Quem conhece basquete sabe que LeBron demanda muito a bola nas mãos. Mas não que James monopolize a posse, pois já atuou com Kyrie Irving e funcionou muito bem.
Sabe qual é a diferença?
Um sabe arremessar de três e o outro, não. Portanto, seja lá quem for jogar ao lado dele, precisa receber a bola para definir.
Mas o Lakers só entendeu que não funcionava depois que a temporada começou…
Tentativas de troca
Na última temporada, o Lakers tentou trocar Russell Westbrook, mas não bastava ele simplesmente sair. Era necessário entender como ficaria o teto salarial da equipe. Durante a campanha 2021/22, depois que a equipe finalmente entendeu que não dava certo, a diretoria ofereceu o armador para diversos times.
Obviamente, não encontrou parceiros para uma troca.
Mas na última offseason, houve uma proposta do Indiana Pacers. O que o Lakers fez? Rejeitou.
A ideia do Pacers envolvia Myles Turner e Buddy Hield por Westbrook e escolhas de Draft, mas o Lakers não quis porque, com o contrato do atleta expirando ao fim da temporada 2022/23, daria para abrir espaço na folha salarial e, assim, contrataria um astro para o seu lugar.
Embora seja uma ideia válida, é bom lembrar que o time tem uma temporada toda pela frente e Westbrook no elenco só vai piorar as coisas, tumultuando ambiente ou, até mesmo, jogando.
Na derrota para o Timberwolves, Westbrook fez isso aqui…
Inexplicável… #Westbrook pic.twitter.com/Y3syhdAQGr
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Rapaz, que clima hein… 👀 pic.twitter.com/Xl2TxOigpA
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Dispensar, encostar, o que fazer?
Tudo o que Rob Pelinka, GM do Lakers, precisa fazer agora, é tentar entender o mercado. Vale fazer aquela troca com o Pacers ou é melhor só encostar o jogador no elenco, como o Houston Rockets fez com John Wall? Ou, ainda, será que dispensar é a melhor solução?
Porque uma coisa é fato: Westbrook não pode mais jogar pelo Lakers.
E a culpa nem é dele, é de quem contratou. É de LeBron, por forçar a diretoria a trocar pelo jogador e é de Pelinka por aceitar.
Se encostar Westbrook até fevereiro, período da trade deadline, a direção vai causar um tumulto no começo, mas ele ficará longe dos treinamentos, longe dos jogos e o time vai poder trabalhar em paz.
Se dispensar, também funciona e até seria melhor, pois não teria mais rumores de troca, o objetivo do Lakers já estaria traçado (abrir espaço na folha salarial) e Westbrook poderia assinar com outra equipe por mínimo para veteranos até o fim de 2022/23.
Seria o ideal.
Mas, sinceramente, não sei se o Lakers vai fazer isso agora. Não sei se a diretoria quer abrir mão de uma possível revolta de Irving no Nets, de um outro astro querendo troca no meio da temporada.
Por isso, o ideal seria afastar o jogador por uma ou duas semanas até que todo mundo respire. Depois, sim, tomar uma decisão, se o time quer algo para a atual temporada ou se é só para o próximo ano.
Russell Westbrook vai sair do Lakers
A partir de agora, não é mais uma questão de “se”, mas quando vai acontecer. Para a temporada 2022/23, o Lakers recebeu dois novos armadores: Patrick Beverley, em troca com o Utah Jazz e Dennis Schroder, como agente livre. Além deles, o time já conta com Kendrick Nunn. Ou seja, a conta já está feita. A equipe não precisa de quatro armadores, embora Nunn possa atuar como um ala-armador.
Só não faz sentido manter todo mundo, então quem “roda” é Westbrook.
Na prática seria perfeito, mas vai acontecer?
Westbrook tem um contrato expirante de US$47 milhões e seu valor despencaria caso fosse dispensado. Próximo de completar 34 anos, como seria para ele se estivesse livre no mercado não por desejo dele, mas de um time? Na próxima offseason, quanto alguém pagaria a ele? Mas mais que isso, qual seria a sua importância em um novo elenco, depois de uma dispensa?
O resultado disso tudo seria, no máximo, para ser reserva em um time com chances de título ou, eventualmente, pegar um ano de contrato em equipe que está reconstruindo.
Portanto, seja como for, Westbrook não parece ter vida longa como um astro na NBA. No momento, ele já nem é, mas seu salário diz o contrário.
Westbrook fora do Lakers. E agora?
Bem, aqui é tudo uma suposição, tá? Então, vamos imaginar que a direção afastou ou dispensou Westbrook.
Fim do climão.
Agora, o que o Lakers pode realmente fazer na temporada que começa na próxima terça-feira?
Imagino que Patrick Beverley é o titular ideal para jogar com LeBron James e Anthony Davis. Primeiro, porque ele é um excepcional defensor. Depois, Bev tem aproveitamento de 37.8% em três pontos na carreira, superando a marca em seis das últimas sete temporadas.
Então, Dennis Schroder viria do banco de reservas, função que desempenhou em boa parte da carreira.
Portanto, seria possível Darvin Ham escalar o Lakers com Beverley, Nunn, James, Davis e um pivô, que hoje parece ser Damian Jones.
Apesar de não ser um quinteto capaz de lutar por título imediatamente, tem mais encaixe e versatilidade defensiva do que com Westbrook.
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