O chefe executivo Utah Jazz, Danny Ainge e o gerente geral de basquete, Justin Zanik realizaram uma entrevista coletiva na última segunda-feira, para explicar aos fãs para onde vai a equipe e os motivos pelos quais que eles trocaram as estrelas Rudy Gobert e Donovan Mitchell. E o que eles disseram não foi exatamente um elogio aos antigos jogadores da equipe – eles parecem muito mais animados com o que está por vir do que com o que já passou.
Danny Ainge começou ao dizer que, quando se juntou ao time, em dezembro estava “curioso e otimista” sobre as chances do Jazz com suas estrelas.
“Mas o que eu vi durante a temporada foi um grupo de jogadores que realmente não acreditavam uns nos outros”, afirmou. “Acho que individualmente eles têm determinação. Eu só não acredito que coletivamente eles funcionaram. Então, vimos muitos jogadores tentando jogar por conta própria, já que a crença um no outro era quase inexistente”.
Ainge diz que deu ao grupo uma última chance nos playoffs.
“Então, quando chegamos aos playoffs, pensei, bem, este é um time que teve alguns playoffs decepcionantes e, talvez, eles estejam apenas esperando o grande palco para se provar”, disse. “E então eu dei a eles o benefício da dúvida. Mas ficou claro que a equipe não teve um bom desempenho nos playoffs novamente”.
Zanik concordou: “Os resultados anteriores meio que nos disseram quem éramos. Não foi apenas uma coisa de um ano. Este é um bom período de três anos em que vencemos muitos jogos, tivemos muito sucesso, mas fomos eliminados rapidamente nos playoffs“.
O recomeço
Sem ter como melhorar era hora de recomeçar. Assim, o Jazz trocou Gobert e Mitchell por vários jogadores e escolhas. Ochai Agbaji, Malik Beasley, Leandro Bolmaro, Talen Horton-Tucker, Stanley Johnson, Walker Kessler, Lauri Markkanen, Jarred Vanderbilt e Collin Sexton. Além disso, também receberam uma escolha de primeira rodada de 2023, duas escolhas de primeira rodada de 2025, duas escolhas de primeira rodada de 2027 e duas escolhas de primeira rodada de 2029 – juntamente com o direito de trocar escolhas de draft com os Cavaliers ou Timberwolves em 2026 ou 2028.
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Os pacotes recebidos pelo Jazz em ambas as trocas surpreenderam outros executivos da NBA. Mas talvez a parte mais surpreendente das duas trocas não tenha sido o retorno, mas sim os envolvidos. Em particular, o Cleveland Cavaliers raramente foi mencionado entre os possíveis destinos de Mitchell. No entanto, o Jazz acabou fechando negócio com o Cavs.
No entanto, ainda há negociações a serem feitas. Dado que o Jazz está claramente de olho no futuro, três jogadores nascidos antes de 1990 talvez estajam próximos de serem trocados. Portanto, ainda estão por lá: Rudy Gay, Mike Conley e Bojan Bogdanovic.
Entretanto, Zanik também disse que esses veteranos podem acabar nesta equipe jovem nesta próxima temporada.
“Nosso trabalho é colocar a organização na melhor posição possível, e isso pode incluir esses caras veteranos jogarem para auxiliarem os jovens”, disse o General Manager. “Vai ser uma cultura de trabalho duro. Todos eles têm qualidades de liderança, orientação, capacidade. Estamos felizes em tê-los e continuar a ajudar nossa equipe a crescer”.
Em seguida, a equipe precisa descobrir o que fazer com todos esses ativos que receberam. A equipe tem mais escolhas desprotegidas do que qualquer outra franquia da NBA, o que significa muitas chances de adquirir novos jogadores. Eles também podem ser ferramentas em uma reconstrução mais rápida.
“Essas escolhas não significam que temos que usa-las. Podemos troca-las e acelerar a reconstrução, nos colocar em uma posição melhor. Ainda é muito cedo para falar, mas estamos animados com o que pode vir daqui pra frente”, concluiu.
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